Destaque para o aniversariante do dia 22/09/2024.
Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior 22/9/1945 Rio de Janeiro, RJ 29/4/1991 perto de Curitiba, PR lembra alguma coisa.
Em 11 de setembro, lembramos um dos maiores atentados terroristas da história: o Golpe de Estado com assassinato do então Presidente do Chile, Salvador Allende, a mando dos Estados Unidos.👆👆🚩🚩🚩🇧🇷🇧🇷 |
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(Viva Cazuza) !
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Monitoramento mostra que 99% dos incêndios são por ação humana
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Apenas uma parte ínfima dos incêndios florestais que se proliferam pelo país é iniciada por causas naturais. A constatação é da doutora em geociências Renata Libonati, coordenadora do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
“De todos os incêndios que acontecem no Brasil, cerca de 1% é originado por raio. Todos os outros 99% são de ação humana”, afirma.
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A pesquisadora é responsável pelo sistema Alarmes, um monitoramento diário por meio de imagens de satélite e emissão de alertas sobre presença de fogo na vegetação. Ao relacionar os dados com a proibição vigente de colocar fogo em vegetação, ela afirma que “todos esses incêndios, mesmo que não tenham sido intencionais, são de alguma forma criminosos”, disse em entrevista à Agência Brasil.
Com base em dados que ficam disponíveis a cada 24h, a professora constata que “a situação é muito crítica” nos três biomas analisados, sendo a pior já registrada na Amazônia. Em relação ao Cerrado e o Pantanal, ela ressalta que a presença das chamas está “muito próxima do máximo histórico”.
Renata Libonati associa o fogo que consome vegetação em diversas regiões brasileiras a atividades econômicas. “A ocorrência dos incêndios no Brasil está intimamente relacionada ao uso da terra”.
Com o olhar de quem acompanha cada vez mais eventos climáticos extremos, a pesquisadora percebe um ultimato: “Nosso estilo de vida atual é incompatível com o bem-estar da nossa sociedade no futuro”.
Acompanhe os principais trechos da entrevista:
Agência Brasil: A partir do monitoramento realizado pelo sistema Alarmes, é possível traçar um retrato de como está a situação no país?
Renata Libonati: O sistema Alarmes monitora atualmente os três principais biomas do Brasil: Amazônia, Cerrado e o Pantanal. Principais no sentido dos que mais queimam. No Pantanal, do início do ano até 18 de setembro, já teve cerca de 12,8% da sua área queimada. Fazendo um comparativo com 2020, o pior ano já registrado, 2020 queimou no ano todo cerca de 30% do bioma.
A média anual que o Pantanal queima é em torno de 8%. Então, 2020 foi muito acima e 2024 também ultrapassou a média de porcentagem diária atingida. Isso representa cerca de 1,9 milhão de hectares queimados em 2024 [para efeito de comparação, o estado do Sergipe tem quase 2,2 milhão de hectares]. Esse acumulado está abaixo do que queimou em 2020 no mesmo período, mas até o início de setembro, o acumulado era maior que o mesmo período de 2020.
A Amazônia já teve cerca de 10 milhões de hectares queimados [o que equivale a mais que o estado de Santa Catarina]. Como a Amazônia é muito grande, isso representa em torno de 2,5% da sua área queimada. A situação é muito crítica. Esse é o pior ano já registrado desde que a gente tem medição aqui no nosso sistema, em 2012.
O Cerrado já queimou cerca de 11 milhões de hectares, o que corresponde a quase 6% da sua área. Esse valor está ligeiramente abaixo do ano que mais queimou, que foi em 2012.
De uma forma geral, a situação é muito crítica nos três biomas. A Amazônia no máximo histórico; e nos outros biomas, muito próxima do máximo histórico.
Agência Brasil: Com os dados coletados, notam-se indícios de ações criminosas e/ou coordenadas?
Renata Libonati: O monitoramento por satélite não permite fazer distinção de que tipo de ignição originou determinado incêndio. O que posso dizer é que existem duas formas de iniciarmos um incêndio. A primeira é a forma humana, seja intencional ou criminosa. A segunda é a causa natural, que seriam os raios.
Percebemos um padrão que, de todos os incêndios que acontecem no Brasil, cerca de 1% é originado por raio. Todos os outros 99% são originados de ação humana. Desde maio até agora, não teve nenhuma ocorrência no Pantanal de incêndio começado por raio. Isso monitorado por satélite e com dados de descargas atmosféricas.
Isso nos indica que é fogo humano. Sabendo que existe decreto que tem proibido o uso do fogo em todas essas regiões devido à crise climática que a gente está vivendo esse ano, todos esses incêndios, mesmo que não tenham sido intencionais, são de alguma forma criminosos. Exceto quando é acidental.
Agência Brasil: São ligações com atividades econômicas, mais notadamente a agropecuária?
Renata Libonati: Existem vários fatores que estão relacionados a esses inícios de incêndio. Por exemplo, o desmatamento, um fator que fica muito ligado ao início de incêndio, porque, em geral, utiliza-se o fogo em algumas situações de desmatamento.
A ocorrência dos incêndios no Brasil está intimamente relacionada ao uso da terra, às atividades econômicas, principalmente, ligadas ao desmatamento para abrir áreas de pastagem e agricultura e, quando já está consolidado, muitas vezes se utiliza o fogo por várias razões, e isso causa os grandes incêndios que estamos observando.
Agência Brasil: O fogo, que já foi um grande aliado da humanidade, está cada vez mais se tornando um inimigo?
Renata Libonati: É muito importante não esquecer que o fogo nem sempre é ruim. Regiões como o Cerrado e parte do Pantanal, que são constituídas basicamente de regiões savânicas, são o que chamamos de dependentes do fogo. Precisam da ocorrência anual do fogo para manter a sua biodiversidade e padrão ecossistêmico. O que ocorre é justamente isso que você comentou, a ação humana alterou completamente o regime de fogo natural dessas regiões para um regime atual que é muito mais agressivo, no sentido que os incêndios são mais intensos, mais extensos e mais duradouros. Isso tem um efeito muito ruim mesmo em regiões que são dependentes do fogo.
É diferente da Amazônia e de qualquer floresta tropical, que a gente chama de ecossistemas sensíveis ao fogo. Quando ocorre, é altamente prejudicial. É sempre bom fazer essa distinção entre o Cerrado, Pantanal e Amazônia, porque as relações que cada ecossistema tem com o fogo são diferentes, e o uso do fogo precisa ou não ser tratado de forma diferente de acordo com o ecossistema.
Agência Brasil: Como o sistema Alarmes faz o monitoramento?
Renata Libonati: O sistema Alarmes foi lançado em 2020. Até aquela época, o monitoramento de área queimada por satélite era feito com atraso que podia chegar a três meses para a gente ter estimativas de quanto e de onde queimou. O sistema Alarmes veio para trazer uma informação que era muito requerida pelos órgãos de combate e prevenção, que era informação da área queimada de alguma forma rápida, em tempo quase real, para fazer as ações de planejamento do combate.
Nós utilizamos imagens de satélite da Nasa [agência espacial americana], aprendizado de máquina profundo [um método de inteligência artificial] e informações de focos de calor. Isso nos permitiu criar esses alertas rápidos. Enquanto antes nós precisávamos esperar de um a três meses para ter essas localizações do que queimou, nós temos essa informação no dia seguinte que queimou. Ele é atualizado diariamente com novas informações e vem sendo aprimorado através da colaboração com entidades públicas, privadas e até da sociedade. Nos ajudam a validar os nossos alertas e a qualidade dos nossos dados, por exemplo, através do sistema Fogoteca.
Brigadistas que estão combatendo tiram fotografias georreferenciadas e inserem isso no sistema como uma forma de saber que os nossos alertas estão corretos no tempo e no espaço. A Fogoteca vem crescendo desde então, nos auxiliando a melhorar essas estimativas com informação de campo, que é muito importante para validar e verificar a acurácia do monitoramento que fazemos por satélite.
Agência Brasil: Houve uma atualização esta semana no Alarmes, para aumentar a precisão.
Renata Libonati: Essa diferença de dar a área queimada com atraso de três meses ou de um dia vai fazer com que você tenha uma melhor precisão quando tem mais tempo para trabalhar aquelas imagens do que quando você tem que fazer uma coisa muito rápida, quando perde um pouco a precisão. É aquele cobertor curto, quando eu tenho um processamento rápido, eu perco qualidade, mas ganho agilidade. Quando eu tenho um processamento lento, eu perco em agilidade, mas ganho em qualidade.
Os nossos alertas, por terem essa capacidade de identificar rapidamente o que que aconteceu, têm uma qualidade mais restrita que um dado mais lento. O que fizemos para atualizar isso foi juntar os dados mais lentos com os mais rápidos, de forma a diminuir essas imprecisões: efeitos de borda e omissões em casos específicos
Agência Brasil: O sistema Alarmes é uma ferramenta. Para conter a proliferação de incêndios no país são necessárias ações da sociedade e governos. Como especialista no assunto, sugere caminhos?
Renata Libonati: A gestão do incêndio não passa apenas pelo combate. Muito pelo contrário, o pilar precisa ser a prevenção. Passa, por exemplo, por uma gestão da vegetação antes da época de fogo, fazer aceiros [terreno sem vegetação que serve como barreira para impedir a propagação do fogo], diminuir material combustível seco, muitas vezes através de queimas prescritas, quando se usa o que chamamos de “fogo frio”, antes da época de fogo, quando a área ainda está úmida. Fragmentar a paisagem para quando chegar a época de fogo, ele não ter para onde ir porque você já tirou aquela biomassa dali, contendo o incêndio.
Essas técnicas de prevenção também englobam maior conscientização e educação ambiental sobre o uso do fogo. Maior fiscalização. Ações que precisam ser feitas de forma continuada ao longo de vários anos.
Diante das condições climáticas que estamos vivenciando nas últimas décadas e, principalmente, nos últimos anos, observamos que esses eventos extremos, como grandes secas e ondas de calor estão cada vez mais frequentes, duradouros e persistentes e essas são as condições que levam a grandes incêndios. Então qualquer ignição vai se propagar de uma forma muito rápida, muito intensa, e o combate é muito difícil.
Mesmo que tenhamos um empenho muito grande, como está acontecendo este ano por parte dos governos federal e estaduais empenhados no combate, mesmo assim essas condições climáticas são muito desfavoráveis ao combate. É muito difícil combater, por isso que é preciso sempre priorizar a prevenção. O Brasil deu um primeiro passo para isso, que foi a lei do Manejo Integrado do Fogo, aprovada o final de julho, sancionada pelo presidente da República.
Essa lei vai permitir uma mudança de paradigma na forma em que o Brasil realiza a sua gestão de incêndios, permitindo um pilar muito forte na prevenção do que propriamente no combate. Já demos um primeiro passo.
Agência Brasil: Pode se dizer que mudanças climáticas são uma ameaça não para o planeta, e, sim, para a vida humana?
Renata Libonati: O que estamos vivenciando hoje é um resultado do que a humanidade vem fazendo ao longo de várias décadas. Realmente é preciso fazer uma mudança na forma que a gente utiliza o planeta porque o nosso estilo de vida atual é incompatível com o bem-estar da nossa sociedade no futuro.
Se continuarmos a emitir gases do efeito estufa na mesma faixa que estamos hoje, vamos ter, os modelos climáticos indicam, nos 2050 até 2100, ocorrências muito mais frequentes de ondas de calor, de secas, enchentes como a que a gente viu no Rio Grande do Sul. Isso vai impactar diretamente a vida humana. É importante chamar atenção que sempre as pessoas que vivem em maior vulnerabilidade são aquelas que vão ser as mais impactadas.
Agência Brasil: Voltando ao sistema Alarmes, é uma mostra de que a academia está centrada para as necessidades atuais da sociedade?
Renata Libonati: Essa ideia de que a universidade vive fechada nas suas quatro paredes já não procede. As universidades públicas, há algumas décadas, mudaram a forma de fazer ciência, passando por uma ciência que visa auxiliar na solução dos problemas que a nossa sociedade tem hoje. O Alarmes é, de fato, um bom exemplo de que todo o conhecimento gerado na academia pode ser utilizado na forma de trazer um benefício para a solução desses problemas. No caso, a gestão dos incêndios, que vai levar também a uma melhoria da qualidade do ar.
No caso do Alarmes, o desenvolvimento foi possível por conta de uma aproximação do Prevfogo [Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais] do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], que financiou um edital no CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico]. Foi um edital inédito e eles trouxeram os principais problemas que eles tinham. Um desses problemas era o monitoramento mais rápido da área queimada. Então é muito importante que haja investimentos públicos na universidade para que a gente possa ter condições de desenvolver e melhorar cada vez mais a inovação que podemos ter.
Nós tivemos também muitos investimentos de ONGs [organizações não governamentais], como Greenpeace, Wetlands Internacional, WWF, CEPF, Terra Brasilis. Uma série de ONGs preocupadas com a questão ambiental e que fomentaram algumas melhorias no sistema.
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Você sabia que na história do Brasil, já estivemos perto de ter uma República Islâmica? Talvez isso ocorresse caso a Revolta dos Malês fosse bem-sucedida, ocorrida no século XIX no estado da Bahia. | Os ambiciosos planos dos malês abaixo |
1 - Tomar a cidade de Salvador e engenhos de açúcar e fumo para libertar todos os escravos africanos;
2 - Acabar com o catolicismo, recolher as imagens das igrejas e queimá-las em praça pública;
3 - Assassinar as pessoas brancas por envenenamento e confiscar seus bens e incendiar suas casas;
4 - Além de tomar o poder do império, assumir o controle da cidade e encerrar o regime escravista local. Porém planejavam escravizar qualquer pessoa que não fosse muçulmana, consequentemente brasileiros negros e mestiços.
Eles reivindicavam por liberdade para expressar sua religião sem qualquer restrição. Pois no Brasil do século XIX, com exceção do cristianismo, todas as religiões eram consideradas profanas.
Cazuza tem razão. A burguesia fede!
São cegos aos Pobres.
Eleições 2024Desigrejar Já! Essas imagens ficarão até as nossas vitórias em 06/10/2024!
Obrigado Norte e Nordeste Brasileiro pelo Livramento!
Coronel Fernanda pediu ajuda ao bananinha e está me processando por denunciação caluniosa, dizer que não fez o que fez, gesto de saudação nazista, eu e mais dois que denunciaram. Não é uma questão subjetiva como a tiara de flores da Júlia mamata. Mas vai me dar oportunidade de levantar a ligação do bolsonarismo com o nazismo
👆🏼👆🏼👆🏼Uma das minhas 5 denúncias contra Pablo Marçal, por INJÚRIA, CALÚNIA E DIFAMAÇÃO contra PT e contra Lula, por chamar o PT de Organização Criminosa e contra Lula, por ter desviado 1 trilhão de reais e eu sendo do Conselho de Ética do PT, respondendo por mim e pelo PT, do qual faço parte, foi aceita e encaminhada para Ministério Público em São Paulo, que além dos danos morais, crimes eleitorais, injúria, calúnia e difamação, art.338, 339 e 340 CPP, além dos Art.324, 325 e 326A e 326B do CE - Código Eleitoral. Pedi multa por danos morais coletivo difuso de R$30 milhões de reais e cassação da chapa do PRTB.
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Tema: Revolta dos Malês A Revolta dos Malês (do iorubá "imalê": "muçulmano")[1][2] foi uma revolta popular de escravizados africanos que ocorreu durante o Império do Brasil, em Salvador, capital da Bahia, em 24 de janeiro de 1835. Considerado o maior levante de escravizados da história do Brasil.[3][4][5] O termo malê era uma designação dada aos negros muçulmanos,[1][6] e tem origem na palavra imalê, que significa muçulmano na língua iorubá.[1][2][1] Os malês também eram conhecidos como nagôs na Bahia, designação dada aos negros falantes da língua iorubá na antiga Costa dos Escravos, hoje parte litoral de Benim, Togo e Nigéria entre os séculos XV e XIX.[2][7] Os nagôs islâmicos tinham o costume de registrar os acontecimentos em árabe, a língua sagrada dos muçulmanos. Anotações encontradas servem para entender os motivos e antecedentes do levante.[8] Outros grupos étnicos, como os hauçás, também tomaram parte na batalha, mas em números menos significativo.[1] Os negros nascidos no Brasil por sua vez, os chamados crioulos, não participaram na revolta.[9] Contexto A época em que o levante acontece é conturbada no país em geral. Após a independência em 1822, muitos conflitos e divergências surgem.[10] Nas primeiras décadas do século XIX, a região da Bahia estava em destaque no plano nacional. A economia açucareira escravocrata do Recôncavo, região que circunda a Baía de Todos os Santos, era um dos motores do Brasil e concentrava muitos engenhos.[10] Em decorrência, Salvador tinha muitos negros africanos traficados, que chegavam ao Brasil para trabalhar nos engenhos de açúcar e produção de tabaco para exportação para a Europa.[10][1] No dia 7 de abril de 1831, D. Pedro I abdicou da coroa imperial em favor de seu filho, D. Pedro II, que tinha na época apenas 5 anos de idade, deixando o país nas mãos de regentes. Esse período foi nomeado por senadores como Regência Provisória.[11] Assim, até 1840, o jovem imperador não podia assumir o trono por conta da sua menor de idade. Por isso o governo estava sob a regência de outros, o que ocasionou muitos ataques anárquicos cujo objetivo principal era por um fim na monarquia e no trono imperial brasileiro.[11] A Revolta dos Malês não foi o único levante na Bahia. Desde que a escravidão começou no Brasil, muitos movimentos aconteceram, tendo em comum justamente o descontentamento de escravos com a situação que viviam.[12] No entanto, quando se trata do estado em específico, há um momento chave que determina uma mudança no comportamento dos cativosː a mudança de século do XVIII para XIX. O sentimento de revolta entre a sociedade se intensifica nesse período. Em consequência, vários movimentos armados aconteceram, por diversos motivos.[12] A identidade étnica e religiosa desempenhou um papel importante na criação do movimento.[1] A revolta foi marcada para o ramadã, mês consagrado ao jejum, segundo o calendário muçulmano.[1] E o dia da revolta foi o domingo de 25 de janeiro, que era para os cristãos baianos o dia de Nossa Senhora da Guia.[10] Em relação à Bahia, especificamente, a Revolta dos Malês, tida como a de maior importância, no entanto, não tinha apenas caráter político e social ou de conquista da liberdade, trazia também um caráter religioso muito forte em relação a todas as outras revoltas.[11] Além da liberdade de ir e vir, a revolta tinha como pano de fundo os conflitos político-religiosos enfrentados na África.[13] Entre os nagôs havia aqueles que eram devotos dos orixás, do Candomblé, embora tivessem proximidade com o Islã e em sua maioria fossem muçulmanos.[1] Ou seja, era uma mescla de crençasː os rebeldes, mesmo os que seguiam as diretrizes do candomblé, andavam com amuletos malês (muçulmanos) que eram uma espécie de proteção divina, por exemplo. Nesse encontro das duas religiões (do Candomblé e do Islã), os nagôs (malês e filhos de orixá) formavam um ponto de convergência que foi útil para a unidade da revolta, mesmo sem ter tido sucesso.[1] Malês e adeptos do Candomblé se misturavam como pessoas que tinham em comum o mesmo idioma, algumas histórias de vida e até divindades africanas.[1] Os nagôs que viviam em Salvador e participaram da revolta eram em sua maioria da região sudoeste da Nigéria e da parte leste de Benim.[1] Eles viviam em diversos reinos como Oió, Queto, Ebá, Iabá, entre outros, dentro desse território que considerava os dois países.[1] Durante anos, Oió dominava os outros reinos. No entanto, na década de 1830 uma série de guerras começou instituindo uma desintegração dessa federação que incluía várias dessas monarquias. Essas lutas e desentendimentos entre os impérios e suas lideranças transformaram milhares de pessoas que viviam nas regiões em prisioneiros, que eram vendidos como escravos aos traficantes do litoral, e a maioria deles eram exportados para a Bahia, chegando a Salvador.[1] Esse conjunto de fatores desencadeiam em um clímax em 1835, justamente na Revolta dos Malês. Circunstâncias sociais Além disso, os escravos desempenhavam uma variedade de atividades, muitos eram lavradores, pedreiros, sapateiros, alfaiates, barbeiros, entre outros ofícios.[1] Nos centros urbanos os escravos tinham mais liberdade de movimento enquanto cumpriam tarefas para seus senhores, o que ajudou a organizar a revolta, pois com acesso a vários locais podiam comunicar uns com os outros.[1] Além disso, parte dos escravos e dos libertos de Salvador trabalhavam e viviam juntos no dia a dia, nos chamados cantos de trabalho, associações nas quais se reuniam eventualmente.[1] Em meio a essa convivência, os laços se estreitavam, o que facilitava as conversas sobre os desdobramentos políticos da época e proporcionava uma oportunidade de aperfeiçoar as ideias do levante.[1] O levanteVista panorâmica de Salvador a partir do Forte de São Marcelo, entre 1859 e 1861. Benjamin Robert Mulock. Os rebeldes foram para as batalhas vestindo um abadá branco, tipicamente muçulmano, além dos amuletos malês no pescoço e nos bolsos. Alguns deles tinham rezas e passagens do Alcorão.[1] Os amuletos eram feitos por artesãos muçulmanos, em sua maioria líderes do levante, era uma forma de abençoar aqueles que iam à luta em busca da vitória.[1] Além disso, eles usavam colares de búzios, corais, miçangas e os anéis brancos.[11] A revolta estava planejada para acontecer durante o ramadã.[14] Foi marcada para o dia 25, um domingo, logo pela manhã, quando a maioria da população ia à Igreja do Nosso Senhor do Bonfim, deixando o centro da cidade vazio.[15] A ideia era começar quando os escravos saíssem para buscar água das fontes públicas, ficando mais fácil reunir parte dos envolvidos. Após o início da revolta, surgiriam incêndios em diversos pontos da cidade para distrair a atenção da polícia.[15] O plano era partir do Centro da Cidade de Salvador, seguir para Vitória, depois Conceição da Praia, Taboão e Pilar e terminar em Bonfim.[11] Em cada local havia grupos de rebeldes prontos para se unir com o grupo que vinha do centro.[11] No entanto, a revolta não correu como planejado. Na tarde do dia anterior ao da batalha, surgem rumores de que escravos iriam realizar uma revolta.[11] Um pouco mais tarde, ainda no dia 24, às dez horas da noite, o prefeito de Salvador, Francisco de Souza Martins, recebeu uma denúncia anônima sobre a revolta e enviou um aviso ao então chefe da polícia, Francisco Gonçalves, dizendo para fazer a ronda em todos os distritos da cidade com patrulhas dobradas.[11] A ordem era deter qualquer habitante suspeito ou em posse de armas.[11] Às onze horas e alguns minutos, Martins enviou outro aviso, mas agora direcionado aos juízes de paz da cidade.[11] O episódio principal da revolta aconteceu quando oficiais chegaram na região da Ladeira da Praça, onde um dos grupos dos rebeldes estava reunido.[1] Cerca de 60 homens improvisaram um ataque e após o desenrolar da batalha os rebeldes seguiram para a Câmara Municipal, onde queriam libertar um dos líderes dos malês, Pacifico Licutan, que se encontrava preso no subsolo do edifício (Licutan seria leiloado para saldar uma dívida do seu senhor). Porém, o ataque para resgatá-lo não deu certo e o grupo rebelde foi surpreendido pelos oficiais do governo.[1] Outro fator que deve ser levado em consideração é que o levante era parte de uma tentativa política de tomar o governo. Os malês queriam derrubar a estrutura já estabelecida para ocupar o lugar que acreditavam merecer e melhorar as condições de vida que tinham.[16] A cidade virou um caos, com várias batalhas em diferentes pontos, mas a última delas acontece quando os rebeldes se depararam com o quartel da cavalaria na região de Água de Meninos. É esse momento o momento final da revolta, quando os malês são derrotados.[16] Os rebeldes foram vencidos e levados a julgamento.[5] A revolta acabou em menos de vinte e quatro horas devido à ação das forças policiais. A repressão foi brutal.[10] Os rebeldes que sobreviveram sofreram diversos tipos de penas, que foram variadas. Entre elas deportação forçada à África, para libertos que estavam presos como suspeitos, mas que a polícia não tinha prova concreta para detê-los e dezesseis condenações à morte, embora apenas quatro tenham sido de fato executadas pelo pelotão de fuzilamento no Campo da Pólvora, no dia 14 de maio de 1835.[1] Além disso, alguns rebeldes foram condenados à pena de açoites, que poderia ser de 300 até 1 200 chicotadas, e que não eram dadas de uma vez só para que os condenados não morressem rapidamente.[1] O líder malê Pacifico Licutan foi condenado a 1 200 chibatadas.[1] Quando o levante chegou ao fim, de sete líderes identificados, pelo menos cinco eram nagôsː os escravos Ahuna, Pacifico Licutan, Sule ou Nicobé, Dassalu ou Damalu e Gustard. Também nagô era o liberto Manoel Calafate. E outros dois eram o escravo tapa Luís Sanim e o liberto hauçá Elesbão do Carmo ou Dandará.[1] Objetivos Há muitas dúvidas sobre quais eram os reais objetivos da Revolta dos Malês, mas pode-se dizer que se pretendia criar uma rebelião escrava generalizada e provavelmente instituir em Salvador um governo malê, liderado por muçulmanos.[17][18] O levante era entendido por seus participantes como uma luta da "terra de negro" contra a "terra de branco", de acordo com seus próprios dizeres. Isso significava que a revolta era percebida como uma luta dos africanos (escravos ou não) contra os “brasileiros" (até mesmo escravos). Para os revoltosos, os mulatos e crioulos, livres ou escravos, seriam pertencentes à "terra de branco", e, portanto, seus inimigos em potencial.[19] Os revoltosos planejavam matar todos os brancos, pardos ou mulatos livres, bem como os escravos negros que se recusaram a participar da revolta. No processo de julgamento, diversos réus afirmaram que foram obrigados pelos revoltosos a participarem da revolta, como por exemplo um hauçá que afirmou ter sido obrigado a participar do levante "a pancadas".[18] Todavia, o projeto definitivo dos rebeldes continua sem resposta, pois não se sabe qual regime político seria instaurado ou que tipo de sociedade brotaria caso essa revolta tivesse logrado êxito. João José Reis indaga se os revoltosos iriam copiar o modelo de sociedade recentemente instituída no país hauçá africano, que era um Estado islâmico escravista, ou se o modelo seria o pré-jihad, onde outras formas de fé chegaram a ser toleradas, ou mesmo se os revoltosos adotariam um outro modelo de sociedade desconhecido.[18] Consequências A revolta acabou, mas a insegurança e o medo tomaram conta durante algum tempo de Salvador e da Bahia, e foram se espalhando pelos demais municípios do país.[1] Essa revolta funcionou como um espelho para o restante de escravos no Brasil, desencadeando outros conflitos. Mesmo sem ganhar e sem alcançar seus objetivos, os malês ameaçaram a estrutura social da época.[16] Em decorrência disso, após 1835, e a Revolta dos Malês no início do ano, as condições de vida para negros africanos pioraram.[20] Eles foram responsabilizados pelo levante e se tornaram uma espécie de inimigos da população e do seu bem-estar.[20] Esse sentimento em consenso gerou um ambiente “antiafricano” que desencadeou leis que tinham como objetivo controlar e punir os africanos.[20] De acordo com João José Reis, "Os laços de cultura e nacionalidade uniram contra os africanos os mais poderosos e os mais miseráveis dos brasileiros, mesmo os que não possuíam escravo algum, ou que eram eles próprios escravos”.[21] No entanto, a sociedade começa a viver um paradoxo. Considerando que os negros africanos passam a ser vistos como uma ameaça após a revolta, mas ainda assim tinham certa importância econômica, devido a força de trabalho e ao comércio de setores diversos administrados pelos escravos libertos.[20] Outro desdobramento foi religioso. Muitos negros africanos se sentiram obrigados a aderirem o catolicismo para não serem julgados ou sofrerem algum tipo de pena das autoridades por serem muçulmanos.[8] Para seguir em frente com a vida cotidiana era necessário deixar para trás suas ligações com a África e as religiões que tinham lá.[5] As elites da época na Bahia acreditavam que medidas mais drásticas em relação aos negros africanos eram cruciais para evitar revoltas futuras.[5] Os africanos não tinham escolha, quem se opusesse às regras religiosas seria punido pelas autoridades e julgado pela população, como se ainda fizesse parte dos rebeldes do levante.[5] Graças ao hábitos de escrita dos malês, o episódio histórico tem documentos que registraram ideais, planos e sentimentos dos rebeldes, sua maioria em árabe.[5] Essa revolta em específico ganhou grande importância histórica, principalmente por ter se desdobrado no centro de uma grande cidade, que estava no cenário nacional, e por ser considerada mais segura para os brancos, do que em outras regiões da Bahia. Além disso, o planejamento, o ataque, a repercussão, e a questão religiosa deram ainda mais destaque para o levante.[8] Outro fato é que, embora a revolta tenha sido feita por africanos muçulmanos, nem todos os negros africanos que eram adeptos ao Islã participaram dela. Por isso, muitos inocentes foram presos, devido apenas a critérios religiosos e aos documentos escritos pelos malês.[1] O levante não foi bem-sucedido, mas foi importante, e, a longo prazo, ajudou a enfraquecer o sistema escravocrata presente no país e a fortalecer a visão de que os negros africanos estavam insatisfeitos com as condições de vida que tinham. De um jeito ou de outro, a resistência era parte do dia a dia na luta para conquistar a liberdade.[8] A repressão para com o levante dos muçulmanos consolida um Estado monárquico, escravocrata e autoritário.[12] Ver também Centro Cultural Islâmico da Bahia || História da Bahia || Islamismo no Brasil || Revolta de Carrancas «Revoltas de escravos na Bahia» (PDF). Cópia arquivada (PDF) em 1 de fevereiro de 2014 Conflitos no Império do Brasil Tópicos sobre a Bahia Portal da Bahia Homenageados e aniversariantes da 4ª semana de setembro
Dia 22 | Dia 23 | Dia 24 | Dia 25 | Dia 26 | Dia 27 | Dia 28 | Elizabeth Marques | Neli Melo Maria Rodrigues Gonzaguinha Sem carros Andréa Dock Aleksander Santos Dilermano Reis Notícias Relevantes 512/38/2022 Telma Silva | Geraldo Rodrigues Reizilan Neto Heitor dos Prazeres Notícias Petroleiras 460/38/2021 Antonio Souza | Ana Gonçalves Maria Melo NRDC 573/42/2023 Ronaldo Leão | Ana Viana Irmã Paula Rádio Difusão Rita Mantel Roquete Pinto Adriana Santos | Eneida Carneiro Jorge Guimarães Gal Costa Elisa Oliveira | Ivan Almeida Coraline Andrade Cosme Caetano Caroline Silva Patricia Cardoso Tânia Tandré William Tiago Mocotó Wanda Chaves | Yolle Andrade Wilma Santos Eduardo Sá Luiz Graça Patrick Pinho Brigite Bardot Fernando Pamplona Tim Maia E estão em plena festa, contando mais um intenso verão... | Neli B.Melo Maria M.Rodrigues Destaque para o Aniversário do Gonzaguinha ----------------------------------------------------------------- Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior 22/9/1945 Rio de Janeiro, RJ 29/4/1991 perto de Curitiba, PR Filho do compositor e cantor Luiz Gonzaga e de Odaléia Guedes dos Santos, cantora do Dancing Brasil. Sua mãe morreu de tuberculose aos 22 anos, o que fez com que o pai, sem condições de criá-lo, devido aos shows que fazia pelo Brasil, o enviasse para ser criado pelos padrinhos, Henrique Xavier e Leopoldina de Castro Xavier, moradores do Morro de São Carlos, onde ele cresceu. Pai do compositor e cantor Daniel Gonzaga e da também cantora Fernanda Gonzaga . Aprendeu a tocar violão com o padrinho. Aos 14 anos, compôs sua primeira música, [Lembranças da primavera], seguida, mais tarde, por [Festa] e [From US of Piauí], todas gravadas por seu pai, em 1967. Formou-se em Economia pela Faculdade de Ciências Cândido Mendes (RJ). Foi nessa época que travou contato com Ivan Lins, Aldir Blanc, Paulo Emílio, Cesar Costa Filho, entre outros, com os quais, fundou o MAU, Movimento Artístico Universitário. Devido ao caráter social de suas composições, foi inúmeras vezes convocado para se apresentar no DOPS, tendo sido constantemente alvo da censura. Faleceu em 1991, vítima de um acidente de automóvel nas proximidades de Curitiba (PR), após um show. Dia Mundial sem carros Andréa Dock Aleksander Santos - Maricá ou |
3. Em 15/09/2024
Revolta do Ano da Fumaça
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Também conhecida como a Sedição(substantivo sublevação contra qualquer autoridade constituída; revolta, motim perturbação da ordem pública; desordem, rebuliço. Origem: (1644) lat. seditĭo,ōnis 'sedição, levantamento, sublevação, revolta, motim, discórdia, guerra civil' ) Militar de 1833, a Revolta do Ano da Fumaça foi um conflito regencial que aconteceu em Ouro Preto, na então Província de Minas Gerais, em 22 de março de 1833. O movimento foi nomeado dessa maneira porque durante alguns dias daquele ano instalou-se uma grande neblina na região.
A Revolta do Ano da Fumaça ocorreu no mesmo período e região que a Revolta de Carrancas. Os dois movimentos foram tentativas de promover o retorno de D. Pedro I.
Em dezembro de 1832, o presidente da província de Minas Gerais, Manuel Ignácio de Melo e Souza, apresentou aos seus conselheiros a situação geral em que se encontrava a região. O discurso fora publicado integralmente no jornal Universal e afirmava que a província estava firme e que nada seria capaz de abalar o caráter dos Mineiros, nem mesmo as revoltas que eclodiam por todo Brasil; muitas delas de caráter restaurador.
1. Supressão do Poder Moderador e do Conselho de Estado;
2. Fim do mandato vitalício do Senado;
3. Criação de assembleias legislativas provinciais;
4. Transformação da Regência Trina em Una.
Antecedentes
Eleições
Revolta em Santa Rita do Turvo
Eventos pontuais
Consequências
Origem: (1644) lat. seditĭo,ōnis 'sedição, levantamento, sublevação, revolta, motim, discórdia, guerra civil' )
Regência
Revolta dos Malês
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Homenageados e aniversariantes da 3ª semana de setembro de 15 a 21 .
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Desdobramentos
Ver também
Escravidão no Brasil
Revolta dos Malês
Referências
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↑ ANDRADE, Marcos Ferreira de (1996). «Rebeldia e Resistência: as revoltas escravas na Província de Minas Gerais (1831-1840)». oasisbr.ibict.br. Consultado em 11 de julho de 2024
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Nossa Senhora da Caridade de El Cobre, ou a Virgem da Caridade de El Cobre, Caridad del Cobre ou simplesmente Cachita, é uma das devoções da Virgem Maria. Ela é a Padroeira de Cuba, esta nomeação solene foi proclamada pelo Papa Bento XV em 1916. A imagem foi canonicamente coroada pelo Papa Pio XI em 30 de dezembro de 1936. Mais tarde, em uma viagem feita por João Paulo II a Cuba em 1998, ele coroou a Virgem com grande dignidade como Padroeira de Cuba. História De acordo com documentos antigos encontrados no Arquivo Geral das Índias, a chegada da imagem da Virgem da Caridade às montanhas da Sierra del Cobre, em Cuba, ocorreu quando um ilesco, Francisco Sánchez de Moya, capitão de artilharia, recebeu em 3 de maio de 1597 um mandato do rei Filipe II para ir às minas da Sierra del Cobre para defender aquelas costas de os ataques de piratas ingleses. O rei encarregou-o de erguer uma pequena igreja, um lugar onde soldados e mineiros pudessem ir para se confiarem e fazerem suas orações à venerada imagem da Virgem da Caridade. Antes de sua partida para o Novo Mundo, este capitão ordenou que uma réplica da Virgem da Caridade fosse esculpida em Toledo, que foi a que ele levou por mar para a ilha. A história se mistura com a lenda quando, 75 anos após a aparição, a única testemunha sobrevivente do "milagre", já em plena senilidade, fez uma declaração juramentada onde envolve no relato da aparição milagrosa o próprio capitão Francisco Sánchez de Moya, que havia levado a imagem para a ilha.2 Proclamação da Virgem como Padroeira de Cuba e Coroação Em 1915, os veteranos da Guerra da Independência escreveram ao Papa Bento XV pedindo-lhe que proclamasse a Virgem da Caridade de El Cobre Padroeira de Cuba. Em 10 de maio de 1916, o Papa Bento XV declarou a Virgem Padroeira de Cuba. O Papa Pio XI autorizou a coroação canônica da imagem sagrada. É na manhã de 20 de dezembro de 1936, quando ocorreu a coroação do então bispo de Santiago de Cuba, Dom Valentín Zubizarreta. A lenda católica diz que dois índios, Juan de Hoyos e Juan Moreno junto com um negro crioulo, foram procurar sal na Baía de Nipe onde viram algo flutuando no mar, era uma tábua na qual havia uma imagem da Virgem esculpida em madeira que carregava o menino Jesus no braço esquerdo e, na mão direita, uma cruz de ouro. O painel tinha uma inscrição que dizia: "Eu sou a Virgem da Caridade". Os índios levaram a imagem ao administrador da mina de cobre de Varajagua, que ordenou a construção de um eremitério para ela. Os iorubás identificaram a Virgem com Ochún porque este oricha é o dono do cobre e tinha uma reputação de caridade e misericórdia. A Igreja Católica usou a imagem em fitas de cetim para proteger as mulheres em trabalho de parto durante a gravidez. Ochún também é uma protetora das mulheres em trabalho de parto. Em homenagem e reconhecimento ao povo de Cuba, durante sua visita à ilha em 1998, São João Paulo II coroou e abençoou a imagem da Padroeira de Cuba durante a terceira missa que oficiou no país, celebrada na Praça Antonio Maceo na cidade de Santiago de Cuba, em 24 de janeiro de 1998. O Papa pediu que nunca esqueçamos os grandes acontecimentos relacionados com a Caridade e recordou o lugar singular na missão da Igreja da Virgem Maria, à qual o próprio São João Paulo II foi devoto. O Papa Francisco, em sua visita à ilha caribenha, em setembro de 2015, e por ocasião da comemoração do 100º aniversário da consagração de Cuba à Virgem da Caridade de El Cobre ou "Cachita", como é conhecida pelos cubanos, pelo Papa Bento XV; decretou o Ano Santo Excepcional da Misericórdia e entregou à Virgem um ramo de flores de prata, que repousam aos pés da venerada imagem. Altar da Virgem da Caridade de El Cobre acompanhado por outros santos muito populares na população mexicana. Devoção[editar | editar código-fonte] Durante as guerras de independência de Cuba que começaram em 1868, as tropas do Exército de Libertação de Cuba mostraram grande devoção à Virgem da Caridade e se confiaram a ela. Hoje, as pessoas que visitam o Santuário muitas vezes voltam para suas casas com pequenas pedras onde brilha o cobre da mina. Diz-se que aqueles que os possuem, tanto colocados em copos de água, como em bolsos ou bolsas, têm uma proteção especial contra os males, pois são guardiões metafóricos de um futuro nobre nas esferas pessoal e familiar. Santuário de El Cobre[editar | editar código-fonte] A Basílica Nacional do Santuário de Nossa Senhora da Caridade de El Cobre é um dos locais religiosos mais reverenciados pelo povo cubano. Chegados de diversos territórios da nação, os fiéis buscam na Padroeira de Cuba o consolo espiritual, a solução de seus desejos e problemas que afetam o ser humano. Localizado em El Cobre, município da província oriental de Santiago de Cuba, no promontório de Santiago del Prado, possui três naves, com fachada principal simétrica. Sua estrutura central termina em uma cúpula, as naves laterais são encimadas por torres onde as torres sineiras dominam em um nível inferior. Seu primeiro santuário em 1906 desabou como resultado de explosões e escavações nas minas. O Santuário de El Cobre foi proclamado basílica em 22 de dezembro de 1977 por Paulo VI. O atual Santuário de El Cobre, que oferece missa todas as manhãs, foi inaugurado em 8 de setembro de 1927 e possui um altar de prata maciça e outros objetos ornamentais de grande valor. Abaixo da Capela da Virgem encontra-se a chamada Capela dos Milagres, um pequeno recinto onde os fiéis depositam oferendas diferentes: joias de ouro e pedras preciosas, amuletos, entre outras riquezas de valores. Cerca de 500 pessoas visitam o local todos os dias. Os peregrinos levam consigo pequenas pedras da mina, onde brilham as partículas de cobre e as guardam em suas casas em copos de água, bolsos ou bolsas, como proteção contra males ou talvez como uma boa luz para o futuro pessoal e familiar. Em 30 de dezembro de 1977, o Papa Paulo VI enviou o Cardeal Bernardin Gantin, portador da Bula Pontifícia, pela qual o até então Santuário Nacional foi proclamado Basílica Menor. Em 24 de setembro de 1915, os veteranos da guerra escreveram ao Papa Bento XV para coroar a Virgem da Caridade como Padroeira de Cuba. Em 10 de maio de 1916, foi recebida a resposta afirmativa do Papa para que a Virgem fosse coroada, e foi somente em 24 de janeiro de 1998 que o Papa João Paulo II coroou pessoalmente a Virgem da Caridade na Praça Antonio Maceo, na cidade de Santiago de Cuba. Sabe-se que a Virgem da Caridade deixou seu santuário apenas cinco vezes:1936, quando foi coroada pelo Arcebispo de Santiago de Cuba. 1952 no quinquagésimo aniversário da República. 1959 participa do Congresso Nacional Católico em Havana. 1998 é coroada pelo Papa João Paulo II na Plaza Antonio Maceo. 2012 está presente na Missa presidida por Bento XVI na Praça Antonio Maceo Em 2011 houve uma peregrinação da Virgem por toda a ilha por ocasião da comemoração do 400º aniversário de sua aparição, embora a imagem que fez a peregrinação naquela época não fosse a original encontrada em El Cobre, mas uma imagem de La Caridad chamada La Mambisa por ter acompanhado os insurgentes em suas lutas na selva cubana. Esta imagem da Virgem Mambisa está guardada na Igreja do Apóstolo Santo Tomás (Santiago de Cuba). O Prêmio Nobel de Literatura Ernest Hemingway, que está afetivamente ligado a Cuba, entregou a medalha que concedeu tal distinção à venerada Padroeira. Ele disse então que estava fazendo isso em reconhecimento ao povo cubano, que inspirou sua obra "O Velho e o Mar", pela qual recebeu o maior prêmio de literatura em Estocolmo. Uma representação típica da Virgem da Caridade do Cobre: enquanto o tempo melhora, a Virgem aparece com rosa claro e azul, o Menino Jesus está vestido de vermelho e os três João estão abaixo deles em seu barco a remo. O documento onde se narra como "os três Juanes" encontraram a imagem foi encontrado no Arquivo das Índias em Sevilha pelo estudioso cubano Leví Marrero, sob o título Audiencia de Santo Domingo, arquivo 363; Esta é a sua transcrição: "No lugar das minas de Santiago de Prado, no primeiro dia do mês de abril do ano de mil seiscentos e oitenta e sete, o Beneficiário Juan Ortiz Montejo de la Cámara, Reitor Pároco da Paróquia deste referido lugar, Juiz Comissário, pelo Sr. Licenciado Dom Roque de Castro Machado, Juiz Oficial Provisório, e Vigário Geral da Cidade de Cuba e seu Distrito, por Seus Veneráveis Senhores Decano e Cabido da Santa Igreja Catedral da referida Cidade, encarregado do governo temporal e espiritual deste Bispado, sede vacante, (sinal ilegível) para que seja registrado da aparição e milagres da SS.ma Virgem Maria Mãe de Deus e Nossa Senhora da Caridade e dos Remédios, Apareceu o capitão Juan Moreno, de quem foi jurado por Deus e uma cruz, que ele fez de acordo com a forma da lei, prometeu dizer a verdade do que sabia e foi pedido. Ele foi questionado sobre o seguinte: Ele foi questionado sobre qual é o seu nome, de onde ele é, que idade, estado e cargo ele tem. Ele disse: que seu nome é Juan Moreno, um escravo negro, natural deste referido lugar, e que ele era capitão deste dito lugar, e que ele tem oitenta e cinco anos e é casado. E isso responde. Quando perguntado, declare o que você sabe sobre a aparição de Nossa Senhora da Caridade e Remédios. Disse que este depoente sabe que quando tinha dez anos foi como fazendeiro para a Baía de Nipe, que fica na parte norte desta Ilha de Cuba, na companhia de Rodrigo de Hoyos e Juan de Hoyos, que os dois eram irmãos e índios nativos, que iam coletar sal e tinham fazendas em Cayo Francés que fica no meio da dita Baía de Nipe para ir à mina de sal com bom tempo, uma manhã o mar estava calmo, os ditos Cayo Francés deixaram os ditos Cayo Francés antes do nascer do sol, Juan e Rodrigo de Hoyos, e este depoente. Embarcaram em uma canoa para o referido salar, e longe da dita ilhota francesa, viram uma coisa branca na espuma da água que não conseguiam distinguir o que poderia ser, e aproximando-se pareceu-lhes um pássaro e galhos secos. Esses índios disseram, ela parece uma menina, e nesses discursos, quando chegaram, reconheceram e viram a imagem de Nossa Senhora da Santíssima Virgem, com um Menino Jesus nos braços em uma pequena tábua, e na referida tábua algumas letras grandes que o dito Rodrigo de Hoyos leu e disse: "Eu sou a Virgem da Caridade". e suas vestes eram de roupas, eles ficaram maravilhados de que não estivessem molhados. E diante disso, cheios de alegria e alegria, tomando apenas três terços de sal, chegaram ao Hato de Barajagua, onde estava Miguel Galán, prefeito do referido rebanho, e contaram-lhe o que havia acontecido, se tivessem encontrado Nossa Senhora da Caridade. E o dito Prefeito, muito feliz e sem demora, imediatamente enviou Antonio Angola com a notícia da dita Senhora ao Capitão Don Francisco Sánchez de Moya, que administrava as minas daquele lugar, para que ele pudesse providenciar o que tinha que fazer, e enquanto a notícia chegava, eles colocaram na casa de habitação do dito Hato um altar de tábuas, e nele à Santíssima Virgem, com uma luz acesa, e com a notícia mencionada, o dito Capitão, Don Francisco Sánchez de Moya, enviou ordens ao referido Prefeito Miguel Galán para ver uma casa no referido rebanho, e colocar a Imagem de Nossa Senhora da Caridade lá, e que ele deveria tê-la sempre com luz. E para isso ele lhe enviou uma lâmpada de cobre e a casa foi coberta com guano cercada por tábuas de palmeira. E quando esta Divina Senhora foi colocada em seu altar, o dito índio Rodrigo de Hoyos teve o cuidado de acender a lâmpada, indo à noite reformar a lâmpada, ele não encontrou esta Divina Senhora em seu altar, e o dito Rodrigo de Hoyos gritou para o prefeito e outras pessoas que vieram, até vinte e uma pessoas que estavam no dito Hato de Barajagua, ele disse a eles que a Santíssima Virgem não estava em seu altar. E fazendo todas as tarefas, eles não a encontraram em sua casa. E na manhã seguinte, voltando para casa, eles a encontraram em seu altar, com as roupas molhadas. E isso foi visto duas vezes, milagres dos quais o prefeito Miguel Galán notificou o capitão Don Francisco Sánchez de Moya, que, depois de ter a notícia, providenciou para que o padre Bonilla, religioso de São Francisco, fosse ao dito Hato de Barajagua, e ele não se lembra de seu nome, ele só sabe e lembra que estava administrando o curato deste lugar das Minas de Cobre. e com toda a prevenção de cera ele o despachou acompanhado por toda a Infantaria do Real dessas minas e muitas pessoas de sua cidade para trazer a Santíssima Virgem, como ele fez, em algumas plataformas em procissão e eles a colocaram em um altar na Igreja Paroquial deste lugar, onde tiveram esta Divina Senhora da Caridade enquanto faziam um eremitério para ela, e desejando que fosse em parte para seu santíssimo prazer, eles o recomendaram ao Espírito Santo. E para esse propósito eles fizeram uma festa de missa cantada e sermão, e enquanto planejavam fazer um eremitério sagrado no topo de uma colina que eles chamam de pedreira, três luzes foram vistas acima da colina da mina no lado direito da fonte. E essas luzes apareceram e viram por três noites contínuas para a admiração de todos, e então desapareceram. E para este milagre escolheram o lugar onde se viram as luzes para o eremitério e Santa Casa desta Divina Senhora da Caridade que hoje está naquela colina realizando muitos milagres com os devotos que a chamam, e muitos frequentam esta Santa Casa, vindo às novenas da Cidade de Cuba, a mais ou menos cinco léguas de distância, e da cidade de San Salvador del Bayamo, que fica a mais de trinta léguas de distância. Fazendo perguntas, conte-nos os milagres que chegaram ao seu conhecimento dos muitos que esta Divina Senhora da Caridade realizou com aqueles que invocam seu favor divino desde que ela tem sua Santa Casa na referida colina de La Mina até o presente. Ele disse que há muitos milagres que esta Divina Senhora fez e faz todos os dias, que hoje ela está em sua Santa Casa cerca de dois quarteirões a oeste de onde foi construída a primeira Casa na dita colina da Mina, que foi removida porque o terreno era mais capaz, porque na da primeira Casa era muito perto da mina e arriscado. Como foi visto quando o irmão de Mathias de Olivera estava servindo a Santíssima Virgem da Caridade, encostado a uma cerca de paus que guarnecia a parte da Mina para livrar do perigo aqueles que vinham à primeira Casa, ele dispensou a cerca e nosso irmão Mathias de Olivera caiu na dita mina que é profunda, e como se pode ver com o risco de que se alguém cair parece impossível escapar com vida, e quando caiu havia um arbusto Magüey naquela parte da mina e às vozes que ele deu as pessoas do lugar vieram e o viram segurando um talo Magüey do referido arbusto, e ele estava chamando a Santíssima Virgem da Caridade, e eles o puxaram para fora jogando algumas cordas das quais ele se agarrou e somente pela providência desta Divina Senhora ele poderia permanecer no dito talo de Magüey, sendo tão pequeno, e disse Mathias de Olivera um homem corpulento, que, dando muitas graças a Nossa Senhora da Caridade, disse que assim que se despediu da cerca chamou esta divina Senhora, e se viu no ar mantido no dito talo de Magüey. E soube por ter ouvido dizer, ao irmão Mathias de Olivera e a muitas outras pessoas, que como faltava a manteiga para a lâmpada, que só havia o que estava na lâmpada, que era muito pouco, o dito irmão foi reconhecer a lâmpada, encontrou-a cheia de óleo, e viu-se que o referido óleo durou dois dias contínuos até que veio a manteiga que estava esperando de fora do lugar, e ouviu dizer por um fato muito certo e notório neste lugar, que em duas ocasiões o Irmão Matías de Olivera encontrou esta Divina Senhora da Caridade não estando em seu altar e quando ele veio a encontrou com todas as roupas molhadas, e os que estavam trabalhando na Mina ouviram que o dito irmão disse: De onde você vem, senhora? Como você me deixa aqui sozinho? Por que você suja suas roupas se sabe que não tem outras roupas ou dinheiro para comprá-las? Como você os deixa molhados, de onde você vem molhado? E que isso era tão evidente que as roupas foram distribuídas como relíquias. E em uma ocasião a seca foi tão grande que o rio que passa por este lugar secou, e a fonte que nunca seca secou naquela época e eles passaram por muito trabalho, indo mais de três quartos de légua para buscar água. Decidiu-se fazer uma oração à Mãe de Deus da Caridade, levando-a de sua Santa Casa para a Igreja Paroquial deste lugar e tirando esta Divina Senhora de sua Santa Casa, que teria percorrido cerca de duas léguas, um grande vento se levantou e começou a chover tanto que eles voltaram para a Santa Casa e colocaram a Virgem SS.ma em seu altar. e em um instante o rio subiu e a água seca cessou. São muitos os milagres que esta Divina Senhora realiza, sendo a manteiga de sua lâmpada geral um remédio para todas as doenças. E que devido à morte do Irmão Mathías de Olivera, poucos dias depois entrou o Irmão Melchor de los Remedios, que invocou a Virgem SS.ma. Nossa Senhora da Caridade e dos Remédios, e assim todos a chamariam em todas as suas necessidades e em seu Santíssimo Rosário que rezam a ela todas as tardes em coro em sua Santa Casa, invocam sua Virgem SS.ma. Maria, Mãe de Deus e Senhora da Caridade e dos Remédios. Tudo isso é verdade, e ele afirma isso como cristão.Quando esta declaração foi lida para ele como um verbo ad verbun, ele disse que estava bem escrito e foi ratificado. Ele não assinou porque disse que não sabia escrever. Assine-o, Vossa Misericórdia, que eu atesto. O Beneficiário Juan Ortiz Montejo da Câmara. Antes de mim: Antonio González de Villarroel. Tabelião Público." Peregrinação à ilha em 2011 O ano de 2012 é o 400º aniversário da descoberta da imagem da Virgem da Caridade de El Cobre. Por ocasião deste feriado religioso, a Conferência dos Bispos Católicos de Cuba (COCC) decidiu declarar o ano de 2012 como o Ano Jubilar Mariano, um ano de festa para toda a Igreja Católica de Cuba.3 O COCC organizou a peregrinação como preâmbulo para este ano de júbilo para a Igreja Católica cubana; um passeio por todo o país da imagem da Virgem da Caridade de El Cobre, padroeira de Cuba. A imagem utilizada era conhecida como "La Mambisa" que se conserva na Igreja de Santo Tomás apóstol (Santiago de Cuba), assim chamada porque era venerada pelos cubanos que lutaram contra o colonialismo espanhol.3 A peregrinação começou em 8 de agosto de 2010 com uma turnê no leste do país e se movendo para o oeste. A imagem foi tirada em uma van condicionada para esse fim e conduzida por José Armando García Fernández, conhecido como "o motorista da Virgem".4A imagem percorreu 29978 quilómetros por todo o arquipélago nacional, visitando vilas, aldeias, cidades, escolas, hospitais, unidades militares, prisões, lares maternos, capelas, conventos, etc. Em 17 de julho, a imagem entrou na parte ocidental do país quando percorreu a Diocese de Matanzas até 4 de setembro de 2011, quando sua imagem foi entregue por Dom Manuel Hilario de Céspedes García-Menocal, bispo de Matanzas, a Dom Juan de Dios Hernández, bispo auxiliar da Arquidiocese de Havana. A passagem da imagem foi realizada na comunidade de Niña Sierra. De lá, percorreu brevemente El Límite, Entronque e Matadero até ser levado para a cidade de Madruga, onde Monsenhor Juan de Dios Hernández entregou oficialmente a imagem e uma estola para Sua Eminência o Cardeal Jaime Ortega Alamino, Arcebispo de Havana. A estola acompanhou todos os pastores durante o passeio pela imagem e foi passada de um para outro até sua última celebração.5 No dia 8 de setembro, dia em que a Igreja celebra sua festa em Cuba, a imagem estava na Villa de San Julián de Güines, onde visitou as cidades de Bizarrón, Osvaldo Sánchez, Juan Borell e Roberto Rodríguez. A Eucaristia foi presidida por Monsenhor Juan de Dios Hernández no parque central.6 Em 18 de setembro de 2011, a imagem foi tirada no catamarã "Río Júcaro" para a Ilha da Juventude, sendo recebida no porto de Girona por centenas de pessoas. A imagem ficou na ilha até o dia 20, durante o primeiro dia a Santa Missa foi celebrada na Plaza de Nueva Gerona, a principal cidade do local. A imagem continuou sua jornada por toda a parte sul da Arquidiocese de Havana. No final, foi entregue pelo cardeal Ortega a dom Jorge Enrique Serpa, bispo de Pinar del Río, em 2 de outubro em El Blanquizal. No jornal "El Artemiseño", semanário do Comitê Provincial do Partido Comunista de Cuba, foi anunciada a chegada da imagem à área. Bem como a participação da Banda de Concerto Municipal na sua recepção.7 No dia 3 partiu para a paróquia de Artemisa, onde permaneceu por dois dias. Em seguida, ela foi recebida em Candelaria, em turnê por Cayajabos, Soroa e Las Terrazas. Em seguida, chegou a San Cristóbal e assim por diante, em Los Palacios, até chegar em 12 de outubro a Consolación del Sur pela área de La Herradura. Visitou o Hospital Provincial Abel Santamaría e o Hospital Pediátrico Pepe Portilla. Em 20 de outubro, ele chegou à comunidade de San Luis. Em 21 de outubro, ela visitou San Juan y Martínez, e a imagem teve que parar em frente a pequenos grupos de casas e escolas rurais onde grupos de 20 crianças deram as mãos, fazendo o carro voltar para que pudessem vê-lo melhor.8No domingo, 23 de outubro, a imagem foi levada para o Cabo de San Antonio, a ponta oeste de Cuba, onde está localizado o Farol de Roncali. De lá, ele visitou as comunidades de Guane, Mântua, Minas, Santa Lúcia. No Vale Luis Lazo, a imagem foi levada até para a casa de um leigo católico que não podia ir à igreja paroquial, então foi decidido levar a imagem para sua própria casa. Ele então visitou a prisão de Kilo 5. Durante este passeio, os artistas de Pinar del Río realizaram várias atividades na cidade provincial, como uma Gala Cultural no átrio da Catedral, uma exposição de pinturas na Casa da Cultura e uma Cantata do Coro diocesano.8No dia 30 de outubro, a Eucaristia foi celebrada no Estádio Provincial Capitán San Luis, onde a imagem foi carregada por seis dos melhores jogadores de beisebol da província. A missa foi concelebrada pelo bispo de Pinar del Río, dom Jorge E. Serpa, pelo bispo emérito dom José Siro, dom Bruno Musarò, pelo núncio do Papa em Cuba, monsenhor Juan de Dios Hernández, entre outros. A celebração foi anunciada por Monsenhor Serpa na estação de rádio local Rádio Guamá, bem como pelo jornal Guerrillero, órgão provincial do PCC. Da Santa Missa no estádio, a imagem foi levada para a paróquia do Sagrado Coração de Jesus em Viñales, visitando Puerto Esperanza e San Cayetano. De lá, foi levado para La Palma e Bahía Honda. Nossa Senhora da Caridade do Cobre é venerada na cidade de Azanos, na ilha de Tenerife (Espanha).Em 4 de novembro de 2011, o cardeal Ortega Alamino, em uma transmissão do canal Cubavisión da televisão nacional, anunciou a chegada da imagem à Arquidiocese de Havana.9 Em 6 de novembro, a diocese de Pinar del Río abandonou a imagem na cidade de Menelao Mora. Em Playa Baracoa foi o primeiro encontro. Nesse mesmo dia, a imagem visitou a Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM).10A imagem visitou o Instituto de Medicina Tropical "Pedro Kourí", onde as Irmãs da Caridade cuidam de pacientes com HIV. Na comunidade de Arroyo Arenas, ela se despediu com a Missa da Aurora. No dia 13 de novembro, na Avenida 124, no município de Marianao, foi concelebrada uma Eucaristia por Dom Juan de Dios Hernández, Monsenhor Carlos Manuel de Céspedes García-Menocal e presidido pelo Cardeal Ortega. De lá, continuou em procissão até o cruzamento da 100 com a 61 para entrar no bairro de Pogolotti.11 Vários quarteirões estavam cheios de pessoas na noite de 17 de novembro, quando a imagem viajou pela estrada Diez de Octubre, anteriormente Jesús del Monte. Da paróquia de Jesus del Monte partiu para a Igreja do Sagrado Coração de Jesus e São Paulo da Cruz, conhecida como "Os Passionistas". No cruzamento das avenidas Lacret, Dolores e Diez de Octubre, o cardeal se juntou à praça em frente à Igreja Passionista, de onde mais tarde entrou no templo.12A imagem foi transferida dos Passionistas para uma casa de freiras teresianas no bairro de Lawton, onde permaneceu das 14h do dia 18 de novembro até as 20h, onde o padre Evelio Rodríguez, entregou a imagem, no cruzamento das ruas Dolores e 16 para Frei Silvano Castelli ofm conv., pároco de Santa Clara de Assis em Lawton. O cardeal acompanhou a procissão até a entrada do templo, de onde dirigiu algumas palavras aos presentes. A imagem permaneceu nesta comunidade até o dia seguinte, sendo visitada por mais de 10 mil pessoas. No dia seguinte, após a Missa da Aurora, ela foi entregue à comunidade vizinha de Santa Lúcia. Em 21 de novembro, a imagem visitou o município de Arroyo Naranjo depois de terminar seu passeio no Diez de Octubre. No dia 24 visitou o Hospital de San Juan de Dios, depois La Milagrosa, San Juan Bosco, entre muitos outros. No dia 30, visitou o Hospital Cardiovascular, o Hospital Oncológico-Neurológico e o Fajardo. No dia 1º de dezembro, a imagem chegou ao Convento de San Juan de Letrán no dia 19 e I em Vedado, de lá foi transferida para o Hospital Universitário Calixto García Íñiguez de onde partiu para a Escadaria da Universidade de Havana onde foi recebida por uma multidão de estudantes universitários, professores e estudantes. apesar de não conseguir subir mais de 11 degraus porque as autoridades universitárias o impediram. O Reitor Dr. Gustavo Cobreiro, apesar disso, esteve com o Cardeal, religiosos, seminaristas, estudantes, professores e os Padres Dominicanos.13 A imagem foi recebida na sede do Balé Nacional de Cuba pela primeira bailarina assoluta Alicia Alonso, seu marido Pedro Simón, Miguel Barnet, o presidente do Sindicato Nacional de Escritores e Artistas de Cuba, José María Vitier e membros do Balé.14Alicia Alonso pediu para tocar a imagem e poder sentir seu rosto. Nos dias 6, 7 e 8 de dezembro, a imagem da Virgem Mambisa permaneceu na Basílica Menor da Virgem da Caridade de El Cobre, no Município de Centro Habana. A imagem visitou o Combinado del Este em Havana, a maior prisão de Cuba; o Hospital Clínico Cirúrgico Joaquín Albarrán; a prisão "El Roble"; a comunidade de Tapaste; o Cacahual, o local de descanso do tenente-general Antonio de la Caridad Maceo y Grajales e seu assistente Panchito Gómez Toro, filho do generalíssimo Máximo Gómez Báez; o Santuário de El Rincón com seu leprosário; Wajay, a Praça José Martí15e muitos outros lugares. Em 23 de dezembro, a imagem cruzou a Baía de Havana. No dia 29 de dezembro, às 21h00, foi realizada uma noite cultural na praça da Catedral de Havana preparada por um grupo de artistas cubanos como José María Vitier, Amaury Pérez, Carlos Varela, o grupo Compay Segundo, X Alfonso, Omara Portuondo e Augusto Enríquez.16 Em 30 de dezembro de 2011, com uma celebração solene e numerosa na Avenida del Puerto, a peregrinação culminou. O cardeal Ortega presidiu a celebração e Monsenhor Dionisio García concelebrou com ele; o resto dos bispos cubanos; Monsenhor Bruno Musarò, núncio apostólico de Bento XVI; o arcebispo de Miami, Thomas Wenski; bem como a maioria do clero de Havana. Religiosos e leigos e consagradas de Havana e lugares próximos participaram da celebração. Autoridades do governo cubano estavam presentes, incluindo o vice-presidente cubano Esteban Lazo, Mercedes López Acea, o ministro das Relações Exteriores cubano Bruno Rodríguez Parrilla, Homero Acosta e o historiador da cidade de Havana Eusebio Leal Spengler. Na celebração, José Armando, o condutor da Virgem, foi agradecido pelo seu sacrifício e pelo da sua família durante todo o tempo da Peregrinação. Ao mesmo tempo, foi anunciado o reconhecimento e a aprovação pela Congregação para o Culto Divino do título de Basílica Menor à paróquia da Caridade de Havana.1718 Sincretismo na Santeria Oxum, orixá venerado na Santeria. É sincretizado com a Virgem da Caridade de El Cobre. No sincretismo da religião afro-cubana de origem iorubá conhecida como Santeria, a Virgem da Caridade de El Cobre está associada ao orixá Oxum, que reina sobre águas doces, riachos, nascentes e rios. A festa da Virgem da Caridade de El Cobre e a celebração de Oxum são celebradas em Cuba no dia 8 de setembro sob a mesma celebração, por ocasião da transculturação e sincretismo religioso entre as religiões católica e iorubá que aconteceu na população cubana. Notas ↑ Ouro Rosa O historiador hispano-americano, revisão acessada em 5 de novembro de 2009. ↑ Saltar a:Para b Revista Palabra Nueva, Ano XX, Dezembro/2011, nº 213, p. 6-8 ↑ Revista Palabra Nueva, Ano XX, Janeiro/2012, No. 214, p. 4 ↑ Revista Palabra Nueva, Ano XX, Setembro/2011, No. 210, p. 14-17 ↑ Revista Palabra Nueva, Ano XX, Setembro/2011, No. 210, p. 20 ↑ Weekly El artemiseño, 20-26 de setembro de 2011 ↑ Saltar a:Para b Revista Vitral, outubro-dezembro, ano XVIII, nº 104, 2011, p.35-43 ↑ http://www.cubadebate./noticias/2011/11/04/cardenal-ortega-anuncia-llegada-a-la-habana-de-imagen-de-la-virgen-de-la-caridad-del-cobre ↑ Revista Palabra Nueva, Ano XX, Novembro/2011, No. 212, p. 13-14 ↑ Revista Palabra Nueva, Ano XX, Novembro/2011, No. 212, p. 14-15 ↑ Sobre nós hoje - Segmento de notícias do site da http://www.iglesiacubana.org/ do COCC ↑ Revista Palabra Nueva, Ano XX, Dezembro/2011, No. 213, p. 20-22 ↑ Revista Palabra Nueva, Ano XX, Dezembro/2011, No. 213, p.23 ↑ http://www.cubadebate./fotorreportajes/2011/12/03/la-virgen-mambisa-llega-a-la-plaza-de-la-revolucion ↑ http://www.cubadebate./noticias/2011/12/29/musicos-cubanos-honran-a-la-virgen-de-la-caridad-con-un-concierto-en-la-habana ↑ http://www.cubadebate./noticias/2011/12/31/concluye-peregrinacion-de-la-virgen-mambisa-recorrio-30-000-kilometros/#comments ↑ Revista Palabra Nueva, Ano XX, Janeiro/2012, No. 214, p.4 Ver tambémBasílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Caridade de El Cobre Arquidiocese de Santiago de Cuba Igreja de São Tomé Apóstolo (Santiago de Cuba) Ligações externasNossa Senhora da Caridade do Cobre: Site Oficial - Igreja Católica Cubana Nossa Senhora da Caridade do Cobre: Padroeira de Cuba Virgem da Caridade de El Cobre, Rainha e Padroeira de Cuba História de Nossa Senhora da Caridade (link morto disponível no Internet Archive; veja história, primeira e última versão). História da devoção Duas histórias de fé Documento do Arquivo das Índias de Sevilha Galeria de fotos do Santuário Nacional de Nossa Senhora da Caridade de El Cobre Oração à Virgem da Caridade de El Cobre e relação histórica com Oxum Pátria Mãe Gentil e a verdadeira independência? Quando virá?...Ame. |
Independência verdadeira foi na Bahia.
Até a próxima em 15/09/2024 -
Destaque 3
ou aos
1. Em 01/09/2024
Tema: A Revolução dos Ganhadores, qualquer semelhança com entregadores - não é mera coincidência!
Revolução dos Ganhadores | |||
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Ao lado escravos transportando um homem numa liteira, Bahia. | |||
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A Revolução dos Ganhadores, também conhecida como a greve dos carregadores africanos de 1857, foi uma greve trabalhista que envolveu carregadores africanos, conhecidos como ganhadores, na cidade brasileira de Salvador, Bahia. A greve começou após a aprovação de uma lei municipal que mudou a forma como os ganhadores operavam na cidade. A greve terminou com uma vitória parcial dos grevistas, pois a Câmara Municipal substituiu o decreto-lei por outro que eliminou alguns dos dispositivos mais impopulares. O evento é denominado por João José Reis como a primeira greve geral da história do Brasil.
Durante o século XIX, os ganhadores eram cruciais para o transporte de mercadorias por Salvador. O comércio era dominado por africanos escravizados e livres que trabalhavam juntos em grupos autônomos conhecidos como cantos. Embora os ganhadores tivessem muita liberdade para se movimentar pela cidade, o medo de uma revolta de escravos, como a revolta dos Malês em 1835, levou o governo a tentar exercer mais controle sobre os ganhadores. Em 1836, o governo provincial da Bahia promulgou uma lei que exigia que os ganhadores se registrassem no governo, usassem crachás de identificação e operassem sob a supervisão direta de capitães, o que substituiu o sistema de canto.
A lei se mostrou extremamente impopular, não apenas entre os ganhadores, mas também com o público em geral e, no ano seguinte, o sistema de canto foi restaurado e a lei deixou de ser aplicada. Em 1857, o conselho da cidade de Salvador promulgou uma nova lei modelada após a lei de 1836, que novamente exigia que os ganhadores se registrassem e usassem crachás de identificação de metal no pescoço. Os ganhadores eram obrigados a pagar uma taxa pelas etiquetas, e os libertos também tinham que fornecer um fiador que se responsabilizaria por eles. Para protestar contra a nova lei, os ganhadores da cidade entraram em greve no dia 1º de junho, mesma data em que a lei entrou em vigor.
A greve praticamente interrompeu o transporte dentro da cidade. Jornais locais noticiaram-na com matérias de primeira página e notaram seu impacto na economia local. Em poucos dias, o presidente da província, João Lins Cansanção, Visconde de Sinimbu, fez com que a Câmara Municipal rescindisse a exigência de taxa da lei. No entanto, a greve continuou e, em uma semana, a Câmara Municipal anunciou uma nova lei: os ganhadores ainda precisariam cadastrar-se e usar crachás de identificação no pescoço, mas não pagariam a taxa de inscrição e nem precisariam mais de um fiador, mas apenas de um "certificado de fiança" de um autoridade ou um cidadão respeitável. Com essas mudanças, a greve continuou, mas mais ganhadores se inscreveram e voltaram ao trabalho. No dia 13 de junho, o Jornal da Bahia informou que a greve havia efetivamente terminado.
O historiador brasileiro João José Reis atribui o sucesso parcial da greve à solidariedade entre a comunidade afro-brasileira de Salvador e vê o evento como um dos primeiros exemplos de pan-africanismo que se tornaria mais comum em toda a Bahia no final do século XIX.
Em 1857, Salvador, a capital da província brasileira da Bahia e uma importante cidade portuária no comércio atlântico de escravos,[1][2] tinha uma população de mais de 50.000 pessoas.[nota 1][3] Os brasileiros brancos constituíam cerca de 30% da população, e os negros, cerca de 40%. Ao todo, os afro-brasileiros, que incluíam escravos, libertos e mestiços de ascendência africana, compunham a maioria da população da cidade.[4] Os escravos compunham entre 30 e 40 por cento da população, sendo a maioria nascidos na África, e eram nagôs, ou membros do povo iorubá da área ao redor da baía de Benin.[2]
O sistema de escravidão urbana em Salvador diferia em alguns aspectos da escravidão nas plantações.[5] Muitos dos escravos em Salvador tinham uma liberdade de movimento comparativamente alta e se dedicavam a várias formas de trabalho braçal nas ruas, em ofícios como pedreiro ou carpinteiro.[6] Não era uma prática incomum para senhores de escravos permitir que seus escravos vivessem em lugares alugados longe de suas casas e retornar apenas uma vez por semana para dar a seus senhores uma quantia em dinheiro que eles ganharam com seu trabalho, sendo permitido manter o restante. Em muitos casos, esses escravos trabalhavam ao lado de libertos, e alguns escravos conseguiam economizar dinheiro suficiente para comprar sua alforria.[5]
Muitos negros em Salvador trabalhavam como trabalhadores conhecidos como ganhadores.[7] Esses ganhadores trabalhavam como carregadores, transportando mercadorias, cargas e pessoas por toda a cidade.[8] O transporte na cidade dependia em grande parte desses ganhadores, pois outras formas de transporte eram indisponíveis ou economicamente inviáveis para a maioria dos comerciantes.[9][10] Na época, era uma profissão totalmente exercida por negros, não havendo brancos ou pardos trabalhando nessa área.[8] Em visita a Salvador em 1847, Alexandre, barão de Forth-Rouen des Mallets, da França,[11] escreveu que os negros constituíam "a maioria da população baiana" e eram "os únicos a serem vistos nas ruas, como bestas empregadas para carregar todo tipo de carga e que circulam carregadas de cargas pesadas". Observação semelhante foi feita pelo explorador alemão Robert Christian Avé-Lallemant durante uma estada em Salvador em 1858, onde disse: "Tudo que corre, grita, trabalha, tudo que transporta e carrega é preto".[8] Cerca de 30 por cento dos escravos nagôs em Salvador trabalhavam exclusivamente como ganhadores, e a maioria trabalhava em tempo integral ou meio período como tal. Os ganhadores de Salvador organizaram-se em grupos de trabalho conhecidos como cantos,[nota 2] com cada canto abrangendo uma determinada área da cidade.[14] Esses cantos também funcionavam como importantes espaços públicos para os africanos em Salvador, pois serviam como locais de encontro onde as pessoas podiam interagir, comprar e vender mercadorias e praticar sua religião.[15] Cada canto era comandado por um capitão-do-canto, escolhido entre os ganhadores do canto, podendo ser libertos ou escravos.[16]
Entre 1807 e 1835, os escravos da Bahia organizaram mais de 20 rebeliões que assustaram muitos proprietários de escravos da região.[17] Em 1835, um grupo de escravos e libertos muçulmanos de Salvador, em sua maioria iorubás, revoltou-se no que o historiador João José Reis chamou de "a mais dramática rebelião escrava urbana da história do Brasil".[18] A revolta acabou sendo reprimida e, como resultado, cerca de metade dos presos indiciados por envolvimento eram ganhadores. Além disso, 17% dos indivíduos eram artesãos que provavelmente trabalharam nos cantos e atuaram como os principais conspiradores do levante.[19] Em junho daquele ano, em resposta ao levante, o Legislativo Provincial promulgou a Lei 14, que substituiu os cantos por capatazias. Nesse sistema, as capatazias seriam supervisionadas por um capataz que receberia um salário diretamente dos ganhadores por ele supervisionados e, de acordo com a lei, "policiaria os ganhadores".[20] Além disso, os ganhadores seriam obrigados a se registrar no governo e usar pulseiras de metal com etiquetas de identificação.[21] Os ganhadores eram obrigados a se registrar mensalmente e enfrentariam uma taxa de 10.000 réis caso não o fizessem.[22][23] Um sistema de inspetores foi estabelecido para supervisionar seus registros, policiar as áreas a que foram designados e servir como superiores dos capatazes.[22] A lei, que entrou em vigor em abril de 1836, era impopular entre os ganhadores e o público em geral.[24] Um artigo publicado no Diário da Bahia em maio de 1836 criticava os capatazes e os crachás, argumentando que eles acarretariam aumento de preços e dificultariam a circulação dos ganhadores pela cidade.[25] Além disso, o jornal considerou que a província não deveria se envolver em leis relativas a ganhadores, o que eles consideravam ser um assunto que deveria ser deixado para o governo municipal.[26] As autoridades tiveram dificuldades em fazer cumprir a lei, pois muitos ganhadores se recusaram a se registrar, deram informações falsas, se recusaram a pagar multas e se mudaram para partes da cidade onde a lei não era rigorosamente aplicada. Empresários e comerciantes em algumas áreas reclamaram do efeito que a lei teve em seus negócios, pois o número de ganhadores ativos nessas áreas caiu consideravelmente.[27] Por fim, em 1837, as autoridades cederam, os cantos foram restaurados e a lei deixou de ser aplicada.[26]
Apesar do fracasso da Lei 14, as autoridades brasileiras continuaram a tentar exercer controle sobre os ganhadores nas décadas seguintes.[28][29] Por volta de março de 1857,[nota 3] a prefeitura de Salvador promulgou uma portaria que determinava que os ganhadores teriam que registrar-se para obter alvará na Câmara Municipal para continuar a exercer a profissão.[7] O custo total do registo era de cinco mil réis, aproximadamente o preço de 10 quilos de carne, sendo três mil réis destinados a uma placa de metal com o número de registo do escravo gravado.[30] Esta placa deveria ser usada em volta do pescoço durante o trabalho.[23][31][32] Uma política semelhante existia desde o início da década de 1840 em relação aos ganhadores no Rio de Janeiro, capital do Império Brasileiro.[33] Além disso, os ganhadores libertos precisavam apresentar fiadores que assumissem a responsabilidade pelo seu comportamento. Uma portaria municipal semelhante que já existia na época aplicava-se às ganhadeiras, mulheres negras que trabalhavam nas ruas como vendedoras de mercearia, que tinham de pagar uma taxa anual de 20 mil réis.[31] A legislação entraria em vigor em 1º de junho.[8]
Cobertura da greve no Jornal da Bahia, 2 de junho de 1857[34]
A greve começou em 1º de junho, dia em que a lei entrou em vigor.[34] O transporte na cidade foi imediatamente paralisado.[35] No dia seguinte, o Jornal da Bahia publicou matéria de primeira página sobre a greve, dizendo que não havia ganhadores ativos na cidade e que nada havia saído da alfândega, exceto alguns pequenos itens e mercadorias que eram transportados por escravos das partes envolvidas. O jornal continuou a publicar atualizações de primeira página durante a greve.[34] No dia 1º de junho, a Associação Comercial, grupo que representava alguns dos maiores comerciantes da cidade, protestou contra a portaria ao presidente da província da Bahia, João Lins Cansanção, Visconde de Sinimbu.[10] Cansanção, um político economicamente liberal, ordenou imediatamente que o conselho parasse de cobrar a taxa de inscrição e distribuísse as etiquetas gratuitamente.[33][36] Isto resultou num cisma entre o presidente e a Câmara Municipal, com o presidente argumentando que a Câmara não tinha autoridade para cobrar o imposto aos ganhadores sem o consentimento do governo provincial e que o peso da taxa seria repassado aos consumidores.[37] Apesar das objeções de alguns vereadores, a Câmara concordou em isentar a taxa de inscrição.[33] No início da greve, houve confusão entre os diferentes grupos sobre qual tinha sido a sua principal causa. A Associação Comercial argumentou que o imposto de registo era o principal culpado, os editores do Jornal culpavam as etiquetas de identificação obrigatórias e os ganhadores as viam como um sinal óbvio de humilhação e desumanização.[10][23] A Câmara Municipal, entretanto, afirmou que a greve começou porque os ganhadores “pretendem prescindir de qualquer tipo de fiscalização”.[37]
Com a revogação da parte financeira da legislação, os ganhadores continuaram a fazer greve por causa dos regulamentos,[38] especificamente a disposição de que deveriam usar etiquetas metálicas de identificação.[39] No dia 2 de junho, o Jornal noticiou que tinha havido algum movimento de mercadorias provenientes da alfândega, mas que o transporte como um todo era quase inexistente.[38] No terceiro dia, porém, alguns escravos começaram a desertar e a voltar ao trabalho.[39] Muitos tiveram suas placas adquiridas por seus proprietários e enfrentaram represálias por continuarem a greve.[40] De acordo com os arquivos mantidos pela Câmara Municipal, foram efetuados 40 registos no dia 4 de junho, depois de os proprietários terem sido informados de que não teriam de pagar a taxa, contra apenas três registos efetuados antes daquela data. O Jornal noticiou que alguns escravos que usavam as suas etiquetas em público foram atacados com pedras por grevistas, e outros optaram por retirar as suas placas e retomar a greve após pressão de outros africanos. Apesar destes incidentes, a solidariedade permaneceu relativamente forte entre os grevistas e a comunidade de apoio, com evidências de que algumas ganhadeiras permitiram aos grevistas comprar alimentos a crédito.[41] No dia 5 de junho, o Jornal qualificou a greve de “crise perigosa, uma revolução” liderada por “novos revolucionários”, rotulando-a de “revolução dos ganhadores”. Muitos brasileiros brancos na cidade ficaram alarmados com o impacto que a greve estava tendo e temiam uma rebelião total de escravos.[42]
No dia 8 de junho, alguns ganhadores começaram a voltar ao trabalho sem usar crachás de identificação.[43] Esse número continuou a aumentar nos dias seguintes.[41] No dia 9 de junho, a Câmara Municipal votou pela revogação da portaria e substituiu-a por uma nova que eliminou totalmente o imposto. Além disso, os libertos não eram mais obrigados a ter fiadores, mas apenas um "certificado de garantia" de um funcionário ou cidadão de boa reputação. Contudo, a nova lei ainda exigia que todos os ganhadores usassem suas etiquetas em público.[43] Na sequência desta nova lei, muitos libertos começaram a recolher certificados de garantia e a registar-se na prefeitura e, até 12 de junho, muitos ganhadores regressaram ao trabalho, usando as suas etiquetas.[23][43][44] No entanto, um número significativo voltou ao trabalho sem etiquetas, seja como forma de protesto contínuo ou porque a prefeitura estava sem etiquetas.[43][45] No dia seguinte, o Jornal noticiou que o comércio estava a retomar os níveis anteriores à greve, com a greve efectivamente encerrada.[43][44]
A greve teve um grande impacto de curto prazo na economia e na história de Salvador, já que efetivamente interrompeu o transporte dentro da cidade por uma semana.[31][23][46] Em 1997, Reis chamou o evento de primeira greve geral da história do Brasil, ocorrendo vários anos antes de uma greve mais conhecida envolvendo impressores no Rio de Janeiro em 1858.[3] No final das contas, a greve foi parcialmente bem-sucedida em se opor ao decreto municipal. Embora os ganhadores ainda fossem obrigados a se registrar e usar crachás, eles não eram obrigados a pagar por eles, e os libertos achavam muito mais fácil obter um "certificado de garantia" do que encontrar um fiador. Segundo Reis, o sucesso parcial da greve pode ser atribuído em grande parte ao caráter organizado dos cantos, que permitia uma forma de trabalho organizado entre os ganhadores.[47] Além disso, os fortes laços étnicos entre os nagôs ajudaram a fomentar a solidariedade entre os grevistas e a comunidade afro-brasileira em Salvador; Reis afirma que a greve representava uma forma inicial de pan-africanismo que se espalhou pela Bahia no final do século XIX.[48][49]
Reis também afirma que as deficiências da greve podem ser atribuídas ao grande número de escravos que trabalhavam ao lado de libertos como ganhadores e eram mais propensos a desertar, servindo como fura-greves não intencionais.[49] Em 1880, uma nova legislação removeu a exigência de que os ganhadores usassem crachás de metal, embora ainda exigisse que eles usassem a identificação do registro na manga direita de suas camisas. Além disso, a nova legislação exigia que eles se registrassem na polícia e não diretamente no conselho da cidade.[50] Nas décadas seguintes, a porcentagem de escravos trabalhando como ganhadores diminuiu e, em 1888, ano em que a escravidão foi abolida no Brasil, os escravos constituíam apenas cerca de 2,5% da população de Salvador.[51]
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Francisco C.Lima Marilene das Graças G.Ferreira Cláudio D.Jesus Maria Ester S.Silva Osvaldo S.Reis Destaque para Aldir Blanc ---------------------------- Aldir Blanc Mendes 2/9/1946 Rio de Janeiro, RJ 4/5/2020 Rio de Janeiro, RJ Poeta. Lerista. Cronista. Nascido no Estácio, na Rua Pedreira, aos três anos a família mudou-se para Vila Isabel, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. Começou a compor aos 16 anos, com Sílvio da Silva Júnior. Em 1966, ingressou na Faculdade de Medicina, especializando-se em Psiquiatria. Em 1973, abandonou a Medicina, passando a se dedicar exclusivamente à música. Publicou vários livros, entre os quais [Rua dos Artistas e Arredores] (Ed. Codecri, 1978); [Porta de tinturaria] (1981), [Brasil passado a sujo] (Ed. Geração, 1993); [Vila Isabel - Inventário de infância] (Ed. Relume-Dumará, 1996), e [Um cara bacana na 19ª] (Ed. Record, 1996), com crônicas, contos e desenhos. Escreveu crônicas para os jornais O Dia (RJ), [O Estado de São Paulo] e O Globo. Lançou em 2006 o livro [Rua dos Artistas e transversais] (Editora Agir), que reúne seus livros de crônicas [Rua dos Artistas e arredores] e [Porta de tinturaria], e ainda trouxe outras 14 crônicas escritas para a revista [Bundas] e para o [Jornal do Brasil]. Considerado carioca exemplar em ação e comportamento, sendo frequentador assíduo dos blocos carnavalescos Simpatia é Quase Amor (nome de sua autoria) e Nem Muda Nem Sai de Cima, além de frequentar esporadicamente os bares cariocas Bip-Bip e Bar da Maria. Torcedor do clube carioca Vasco da Gama, o que torna público em suas crônicas. No ano de 1998 estreou o musical [Aldir Blanc, Um Cara Bacana], dirigido e estrelado pelo ator e cantor Cláudio Tovar, baseado em composições de sua autoria, em parcerias com vários melodistas, tais como João Bosco nas [Kid Cavaquinho] e [Lina de passe]. Dois anos depois, em 2010, seria a vez do musical [Era do Tempo Rei]. Baseado no romance homônimo de Ruy Castro, o musical contou com trilha sonora composta por Aldir Blanc e Carlos Lyra, para o qual compuseram polcas, maxixes, fados e lundus. Trabalhou como roteirista nas revistas [A Tocha da América] e [Fi-lo porque qui-lo]. Alexandre Ribeiro de Carvalho, André Sampaio e José Roberto de Morais, filmaram e dirigiram o documentário [Dois Pra Lá, Dois Pra Cá], no qual foi traçado a trajetória do escritor através de suas letras; de sua luta pelo direito autoral e suas paixões pelo clube carioca Vasco da Gama e a Escola de Samba Salgueiro. Também foi lançado o livro [Aldir Blanc - Resposta ao Tempo], biografia escrita pelo jornalista Luiz Fernando Viana, na qual, além da vida do escritor, foram perfiladas 450 letras de sua autoria. No ano de 2016 a Mórula Editorial relançou os livros [Ruas dos Artistas e Arredores], [Porta de Tinturaria] e um outro volume com textos produzidos para o site [No]. Também foi lançado um volume com textos sobre jazz Aldir Blanc - Crônicas Inéditas, com trabalhos publicados na Revista Bundas e em sua coluna no Jornal O Globo, entre outros, além da reedição do livro [Vila Isabel, Invenção da Infância], ampliado com outras crônicas sobre o bairro. Também em 2016 O músico Tiago Prata fundou o bloco carnavalesco [Blanc Bloco], que desfilava pela cidade cantando músicas do compositor. No ano posterior, em 2017, foi lançada a coleção [Aldir 70] (Mórula Editorial) em roda de samba na Livraria Folha Seca, na Rua do Ouvidor, Centro do Rio de Janeiro. Arnaldo Antunes |
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