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terça-feira, 24 de setembro de 2024

Fatos sem Fakes 653 e 44ª de 2024 - Penso que mais do que armas, o povo necessita de ideias. Fidel Castro || Lula em Ação - No Brasil, na abertura da Assembleia Geral (ONU) - Discurso na íntegra (ONU) - Fundação Bill e Melinda Gates homenageia Lula - Entrevista Coletiva Lula || G20 no RJ|| Covardes - Nossas recomendações para as Eleições 2024|| Leonardo Bastos em ação. Destaques do mês de setembro||

       

Hoje domingo 29/09/2024 - Fatos sem Fakes 653 e 44ª de 2024, relembrando Fidel Castro na UERJ e mostrando nessa edição especial Lula em NY.

Grande fonte inspiradora!


Lula em ação!


Para eles é difícil conviver com a PAZ!




Sugestão: A ONU tem que deixar essa sede fixa no EUA e ter sede itinerante mudando a cada 5 anos.
Somos hoje 5 continentes e a ONU tem que ter sede 5 anos em cada continente, exemplo de legitimidade.

 A menos de dois meses de sediar a Cúpula de Líderes do G20 no Rio de Janeiro, quatro em cada dez brasileiros (cerca de 38%) dizem que o país se tornará eventualmente uma das nações mais poderosas do mundo. É o que indica um levantamento divulgado nesta segunda-feira (23/09/2024) pelo think tank americano Pew Research Center. A instituição aponta também que para 23% dos brasileiros o país já é uma potência global. Foram ouvidas presencialmente 1.054 pessoas entre os dias 26 de janeiro e 11 de março deste ano. O G20 se reúne no Rio de Janeiro entre os dias 18 e 19 de novembro/2024. Esta é a primeira vez que o Brasil sedia o encontro entre os países membros. Satisfação com a democracia cresce 16% em 7 anos Conforme avaliou o think tank, o índice de brasileiros satisfeitos com a democracia no país saltou de 28% em 2017 para 44% em 2024. Outros 59% enxergam a democracia representativa mais favoravelmente em relação a outras formas de governo. Polarização De acordo com o instituto, 80% dos brasileiros dizem haver sérios conflitos entre apoiadores de diferentes partidos políticos; 61% veem fortes divisões entre pessoas de raças e etnias diferentes, e 57% entre pessoas com diferentes crenças religiosas. Outros achados Ainda segundo o levantamento de hoje, 67% dos brasileiros acreditam que grandes companhias estrangeiras têm influência positiva no Brasil. Cerca de 60% avaliam que a polícia, as Forças Armadas, os bancos, os líderes religiosos e a mídia têm impacto positivo no país. Questionados sobre a influência do Judiciário no país, os brasileiros se dividem: para 45%, o poder tem influência positiva, enquanto 47% apontam influência negativa. Quais países fazem parte do G20? O bloco é formado por África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Africana e da União Europeia (UE). Como o G20 surgiu? A organização surgiu no final dos 1990, mais especificamente em 1999. O G20 foi idealizado em um contexto de forte crise econômica em uma série de economias emergentes. Durante anos, a organização contou apenas com encontros dos ministros das Finanças (ou Fazenda) de cada país, que discutiam questões ligadas ao sistema financeiro global. Como funciona o G20? As reuniões dos chefes de Estado dos países membros ocorrem anualmente, e são chamadas de cúpulas. As cúpulas são organizadas pelo país que assume a presidência rotativa do G20, em geral, um cargo simbólico.

Continuidade da transmissão anterior - Discurso Presidente Lula na Abertura dos trabalhos na ONU - 2024

Por Mateus RodriguesAlexandro Martello, g1 — Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou mais "ambição e ousadia" dos líderes mundiais ao discursar neste domingo (22/09/2024) na Cúpula do Futuro, evento da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York para debater o futuro da humanidade.
Lula chegou aos Estados Unidos no sábado (21/09/2024) e passará cinco dias no país. Na próxima terça (24/09/2024), deve abrir os discursos da Assembleia Geral da ONU (veja a agenda abaixo).
No discurso de 5 minutos (tempo máximo dado a cada líder), Lula voltou a temas que vem adotando em fóruns internacionais, como o combate à fome e às mudanças climáticas. E criticou o ritmo lento de adoção das metas de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da ONU.

"Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foram o maior empreendimento diplomático dos últimos anos, e caminham para se tornar o nosso maior fracasso coletivo. No ritmo atual de implementação, apenas 17% das metas da Agenda 2030 serão atingidas dentro do prazo", disse Lula.
Segundo o brasileiro, os chefes de Estado e de governo têm duas "grandes responsabilidades": não retroceder nas garantias de direitos humanos e "abrir caminhos diante de novos riscos e oportunidades". 

Lula e a reforma da ONU

Ao citar avanços previstos no "Pacto pelo Futuro" – documento que motivou a cúpula e deve ser assinado pelos países neste domingo –, no entanto, Lula criticou a falta de reformas estruturais em organizações como a própria ONU.


"Todos esses avanços serão louváveis e significativos, mas ainda assim, nos falta ambição e ousadia. A crise da governança global requer transformações estruturais. A pandemia, os conflitos na Europa e no Oriente Médio, a corrida armamentista e a mudança do clima escancaram as limitações das instâncias multilaterais."

"A maioria dos órgãos carece de autoridade e meios de implementação para fazer cumprir suas decisões. A Assembleia Geral perdeu sua vitalidade e o Conselho Econômico e Social foi esvaziado. A legitimidade do Conselho de Segurança encolhe a cada vez que aplica duplos padrões ou se omite diante de atrocidades", listou Lula. O presidente brasileiro cobra, desde seu primeiro mandato em 2003, que o Conselho de Segurança da ONU passe a incluir países em desenvolvimento e potências globais que, quando a ONU foi criada no pós-Segunda Guerra, acabaram excluídas por terem perdido o confronto.

🌍Junto com Alemanha, Japão e Índia, o Brasil forma o "G4", grupo que pressiona pelo aumento das cadeiras permanentes no Conselho de Segurança e pleiteia as novas vagas.

🌍Desde 1945, o conselho tem os mesmos cinco membros permanentes: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.

🌍O Conselho de Segurança vem sendo criticado por sua paralisia frente a guerras que envolvem seus próprios membros, como a invasão da Ucrânia pela Rússia e a guerra entre Israel (apoiado pelos EUA) e os grupos extremistas Hamas e Hezbollah no Oriente Médio. 
"As instituições de Bretton-Woods [FMI e Banco Mundial] desconsideram as prioridades e as necessidades do mundo em desenvolvimento. O Sul Global não está representado de forma condizente com o seu atual peso político e econômico e democrático", disse Lula antes de estourar o tempo e ter o microfone cortado.
Além de Lula, compareceram à sessão na ONU a primeira-dama, Janja da Silva; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Marina Silva (Meio Ambiente), e o assessor especial de Lula e ex-chanceler Celso Amorim.


Comitiva brasileira acompanha discurso de Lula na Cúpula do Futuro da ONU, em Nova York — Foto: PR/Reprodução 

Pacto pelo Futuro

No evento, a ONU espera que líderes globais sinalizem a adesão ao Pacto pelo Futuro – documento de 42 páginas com metas e compromissos para, nas palavras da organização, "garantir um futuro mais justo, seguro e sustentável".

O pacto inclui temas defendidos pela diplomacia brasileira e por Lula, como:

a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas;
a reforma do sistema financeiro internacional para impulsionar o desenvolvimento sustentável;
o fortalecimento de entidades multilaterais como a própria ONU e a Organização Mundial do Comércio (OMC);
a implementação de políticas de igualdade de gênero e combate às violências e discriminações baseadas em sexo, gênero e raça;
o fortalecimento das ações contra a mudança climática, com a concretização dos compromissos assumidos pelos países em documentos como o Acordo de Paris.

No Brasil, queimadas e seca

Lula tem previsão de retornar ao Brasil na quarta-feira (25/09/2024) – e faz essa viagem em um momento delicado para a imagem externa do país.

O governo defende pautas de preservação ambiental e tenta ser protagonista na transição energética, porém tem dificuldades para enfrentar a onda de incêndios e queimadas das últimas semanas.

O combate às mudanças climáticas deve ser um dos temas abordados por Lula na Assembleia Geral das Nações Unidas. Neste ano, o Brasil vivenciou dois extremos, com as cheias de maio no Rio Grande do Sul e a atual seca no país.

Veja a agenda completa de Lula nos Estados Unidos:

Domingo (22/09/2024)

  • Sessão de Abertura da Cúpula do Futuro – Lula deve discursar no evento

Segunda-feira (23/09/2024

Encontro bilateral com a Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen 
Encontro bilateral com o Primeiro-Ministro da República do Haiti, Garry Conille
Participa de evento da Iniciativa Global Clinton, organizada pelo ex-presidente dos EUA Bill Clinton
Participa da premiação anual da iniciativa Goalkeepers, organizada pela Fundação Bill e Melinda Gates

Terça-feira (24/09/2024

Encontro com o Secretário-Geral das Nações Unidas, Antonio Guterres 
Discurso na Abertura do Debate Geral da 79ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas
Audiência concedida ao Presidente de Governo do Reino da Espanha, Pedro Sánchez
Participa do evento "Combatendo os Extremismos", em defesa da democracia
Encontro com o presidente da República Francesa, Emmanuel Macron

Quarta-feira (25/09/2024

Participa da sessão de Abertura da Reunião Ministerial do G20

Na ONU, Lula chama atenção para a emergência climática, a desigualdade e a crise da governança global

Brasil abre discursos na ONU

Lula será o primeiro chefe de Estado a discursar no debate geral da assembleia, na terça-feira (24). Por tradição, cabe ao Brasil abrir os discursos de presidentes, primeiros-ministros e chanceleres no encontro anual de líderes dos países da ONU.

Mais uma vez, Lula deve abordar nos discursos em Nova York temas clássicos da diplomacia brasileira e pautas centrais de seus três mandatos, como:

  • inclusão e combate à fome,
  • necessidade de encerrar as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza,
  • defesa da democracia e
  • reforma dos órgãos que balizam as relações entre países.

O presidente aproveita a viagem aos Estados Unidos para cumprir outros compromissos, como um debate a respeito da defesa de democracia e um encontro, também organizado pela ONU, para firmar um "Pacto para o Futuro". 
Lula também terá reuniões bilaterais com outros presidentes e primeiros-ministros.

🔴 Lula concede entrevista coletiva à imprensa, em Nova York






TUTAMÉIA retransmite ao vivo entrevista coletiva do presidente Lula em Nova York, onde fez ontem (24.09) o pronunciamento de abertura de 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, quando saudou a representação da palestina, denunciou o morticínio de mulheres e crianças em Gaza e condenou o bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba e a inclusão do país caribenho na lista norte-americana de países que apoiam o terrorismo. Ainda na terça, participou de evento paralelo, organizado por ele e pelo presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez. No encontro “Em defesa da democracia: lutando contra o extremismo”, Lula afirmou: "
"A democracia liberal demonstrou-se insuficiente e frustrou as expectativas de milhões. Ela se tornou apenas um ritual que repetimos a cada 4 ou 5 anos. Um modelo que trabalha para o grande capital e abandona os trabalhadores à própria sorte não é democrático. Um sistema que privilegia os homens brancos e falha com as mulheres negras é imoral. Fartura para poucos e fome para muitos em pleno século XXI é a antessala para o totalitarismo. Nossa luta é fazer com que a democracia volte a ser percebida como o caminho mais eficaz para a conquista e efetivação de direitos". Na manhã desta quarta-feira, 24.09, o presidente brasileiro esteve em reunião ministerial do G20, quando reafirmou pontos defendidos por ele em seu discurso na ONU, como uma maior representação da África e da América Latina no Conselho de Segurança da ONU. "Na sua atual configuração, o Conselho de Segurança tem se mostrado incapaz de resolver conflitos, e menos ainda de preveni-los... Com mais representatividade, em especial da África e América Latina e Caribe, teremos mais chance de superar a polarização que paralisa o órgão", disse Lula. E seguiu: "Por isso, o Brasil considera apresentar proposta de convocação de uma Conferência de Revisão da Carta da ONU, com base no seu artigo 109. Cada país pode ter sua visão quanto ao modelo de reforma da governança global ideal. Mas precisamos todos concordar quanto ao fato de que a reforma é fundamental e urgente".
Inscreva-se no TUTAMÉIA TV e visite o site TUTAMÉIA, https://tutameia.jor.br, serviço jornalístico criado por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena.
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Vale a pena ver de novo esse fabuloso exemplo de ser humano!
Lula está dando continuidade ao seu estilo a esse trabalho revolucionário, reconhecendo que "

Alguns destaque que fizemos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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O mundo terá jeito sem esses.



Covardes












Participe e compartilhe suas ideias com o mundo que nos visita em Tempo real.

Vamos dar aquela força para o Pedro, divulgando o seu canal no youtube ( Records l PBS - YouTube  )






Cazuza tem razão.    A burguesia fede!   
São cegos aos Pobres.

Eleições 2024
Desigrejar Já! Essas imagens ficarão até as nossas vitórias em 06/10/2024!

 






Período para nossa vitória rumo a PAZ!
domingo 29 setembro 2024
domingo 06 outubro 2024

Para as eleições faltam 7 dias?


 


 












 



















👆🏼👆🏼👆🏼Apensado novo vídeo do tal "Leandro" do Tik Tok, que seria da Leandro Ferragens em Joinville/SC, investigado por maços de dinheiro recebido em pacote do Mercado Livre e por, segundo ele próprio, em várias lives, ter financiado o ato golpista de 08 de janeiro. Hoje a ação está desde 30/08/24, na PRM-CAÇADOR | GABPRM1-ALO - ANDERSON LODETTI DE OLIVEIRA – Procurador da República, NF1.33.005.000603/2024-41.




 

 

 



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Destaque 5

|| IVVDI 653/44/2024 em 29/09/2024 - Especial "Lula em Ação" 

Aniversariantes da 5ª semana de setembro intervalo 29 e 30 e de 01 a 05 de outubro


Destaque 4

||IVVDI 652/43/2024 em 22/09/2024 - Revolta dos Malês
Aniversariantes da 4ª semana de setembro intervalo de 22 a 28

Destaque 3

||IVVDI 651/42/2024 em 15/09/2024 Tema: A Revolta do Ano da Fumaça

Aniversariantes da 3ª semana de Agosto - intervalo de 15 a 21 de setembro de 2024

Destaque 2

||IVVDI 650/41/2024 em 08/09/2024 - Revolta das Carancas

Aniversariantes da 2ª semana de setembro intervalo de 08 a 14 de setembro

Destaque 1


Destaque 1.1 ||IVVDI-649/40/2024 em 01/09/2024 - Revolução dos Ganhadores
Destaque 1 - ||IVVDI -649/40/2024 - Informes importantes, mais Leo Bastos!
|| IVVDI - 649/40/2024 - Aniversariantes da 1ª semana de Agosto intervalo de 01 a 07 de setembro

O Brasil da Paz ou ...
 

















5.     29/09/2024 
Tema: Lula em ação
Homenageados e aniversariantes da 5ª semana de setembro,
E estão em plena festa, contando mais uma primavera ...

Lucinea A.Brito
Marco A.Cavalcanti
Roberto S.Santos
Luiz F.Batalha

Destaque para Thiago do Canal Ciencias Humanas TV no Youtube
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Esse Camarada faz um trabalho muito legal, amante de Cuba, sempre trazendo notícias e comentários relevantes.

Destaque para Paulão 7 Cordas
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Paulo Roberto Pereira de Araújo 29/9/1958 Rio de Janeiro, RJ
Arranjador. Instrumentista (violonista).
Nasceu no bairro do Estácio. Foi criado no bairro do Jacarezinho, subúrbio do Rio de Janeiro.
Descendente de família de músicos, seu avô, João Gonçalves de Araújo, tocava clarinete.
Ainda menino, conviveu com os grandes compositores da Mangueira, frequentando os ensaios da bateria da escola comandados por Mestre Valdomiro.





Destaque para Majó
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José Thimóteo Filho
29/9/1950 Caratinga, MG 7/4/2010 Rio de Janeiro, RJ
Cantor. Compositor. Produtor. Irmão do cantor Agnaldo Timóteo. Cresceu em ambiente musical e, com oito anos de idade, participou de um programa de calouros, passando, cada vez mais, a querer seguir a carreira artística. Aos 12 anos participou, em sua cidade natal, do conjunto Golden Boys, tocando em bailes e festivais. Em 1967, foi levado para o Rio de Janeiro, pelo professor João de Oliveira, proprietário do Colégio Casimiro de Abreu em Duque de Caxias, e passou a atuar como crooner do conjunto No Parking.

José Timóteo Filho                            

(Caratinga/MG, 29 de setembro de 1950) - (Rio de Janeiro/RJ, 07 de abril de 2010).

Majó foi um cantor, compositor e produtor brasileiro com atuação em musica, rádio, teatro e TV. Irmão mais novo do cantor Agnaldo TimóteoMajó cresceu em ambiente musical e, com oito anos de idade, participou de um programa de calouros, passando, cada vez mais, a querer seguir a carreira artística. Aos doze anos, Majó participou, em sua cidade natal, do conjunto “Golden Boys”, tocando em bailes e festivais. Majó foi levado para o Rio de Janeiro, pelo professor João de Oliveira, proprietário do “Colégio Casimiro de Abreu” em Duque de Caxias e passou a atuar como crooner do conjunto “No Parking”.  Majó teve mais de oitenta composições gravadas por nomes como Agnaldo TimóteoÂngela MariaAgepêWilson SimonalAgnaldo RayolJair RodriguesReginaldo RossiMaria Creuza e Chico Buarque, entre outros. Sua primeira composição gravada foi "Manhã de Primavera", lançada por Agnaldo Timóteo, no LP "O sucesso é o Astro". No LP "Sempre Sucesso", lançado por Agnaldo Timóteo, teve incluída a música "Uma Canção pra Vera", parceria com Toni Tornado. No LP "Os Brutos Também Amam", Agnaldo Timóteo lançou a canção "O Sinal da Cruz"Majó foi lançado como cantor, no “Programa Flávio Cavalcanti”, sendo aplaudido de pé pela platéia e pelo juri composto por Sérgio BittencourtJosé FernandesMariza UrbanHumberto ReisJosé MessiasAracy de Almeida Erlon Chaves. No mesmo ano, foi contratado pela “Odeon” e lançou seu primeiro disco, um compacto simples com as músicas "Eu Te Amo", com Arthur Neto e "Não", de sua autoria. Majó gravou outro compacto simples com as músicas "Tristeza do Jeca", clássico sertanejo de Angelino de Oliveira e "Nem Tudo Que Reluz é Ouro" de Clayton Majó lançou seu primeiro LP "Uma Canção Para Vera", com música título de sua autoria. Duas de suas composições, "São Coisas do Amor" e "Tristeza Danada", foram registradas por Agnaldo Timóteo, no LP "Perdido na Noite" da “Odeon”Majó lançou o LP "O Carimbó", pela gravadora “Som Livre”, disco no qual fez a adaptação para os carimbós "Sinhá Pureza", "O Curió", "Isaura", "Pisei na Folha Seca", "A Piaba", "Mistura de Siriá e Carimbó", "Carimbó do Mato", "O Pinto" e "Veado do Mato". Nesse disco, além da composição "O Carimbó", de sua autoria, interpretou também "Meu Negócio é Peixe (A piranha)", de Chico Xavier e Nem"Carapirá" de Pinduca e Vivaldo da Silva"Morte do Papagaio" de  Hudson Antônio e Mita"Estourou no Norte" de Franko Xavier e Dora Lopes"Maria" de Messias Holanda e João Gonçalves"Severina Xique-Xique" de João Gonçalves e Genival Lacerda e "A Velha Debaixo da Cama" de Jonas de Andrade, entre outras. A dupla Deny e Dino gravou "Da Vida Nada se Leva", parceria com Eliane e Frank Gal, incluída no LP "Almoço Com as Estrelas". Nélson Ned gravou "Quase Quebrei o Meu Rádio""Tristeza Danada" foi relançada por Geraldo Nunes, no LP "Na Onda do Sucesso - VOL. 2" da “RCA Camden”"Em Busca da Felicidade", uma parceria com Célio Roberto foi gravada por Ângelo Máximo"Febre de Desejo” foi gravada por Célio Roberto no LP "Minha Confissão". A canção "Quase Quebrei o Meu Rádio" com Nélson Ned e Frank Gal foi gravada por Ângela Maria no LP "Apenas Uma Mulher", da “EMI-Odeon”, em faixa que contou com a participação especial de Chico Buarque. As músicas "Quisera Eu" e "Coração Sem Juízo" foram gravadas por Agnaldo Timóteo no LP "Companheiros" da “EMI-Odeon”. Francisco Petrônio gravou "Preciso Tanto de Você". A música "Tudo Azul" foi incluída pelo cantor Sílvio Brito no LP "Panorama Mundial". Majó teve as composições "Enamorado", parceria com Daniel, como faixa de abertura do LP de Bartô Galeno"Está Decidido" registrada por Maurício Reis e "Eu Agradeço", que foi título do LP lançado por Agnaldo Timóteo e que incluiu ainda a música "Foi Por Amor" em faixa que contou com a participação de Tetê EspíndolaTony Damito gravou "Saudade Matadeira" em disco da gravadora “Copacabana”. As canções "Tempo" e "Ou Mais" foram gravadas por Nilton César. As músicas "Um Novo Amor Renascerá", "Amor Divino", e "Que Saudade Traz os Beatles de Você" foram incluídas por Agnaldo Timóteo no LP "Descobrimos Nossas Cores" da “EMI-Odeon”. Majó teve ainda a música "Aos Meus Pais" gravada por Agnaldo Rayol no LP "Água Caliente". Sua composição "Sem me Dizer Adeus" foi gravada por Reginaldo Rossi, no LP "Com Todo Coração", composição que foi regravada no mesmo ano por Edson VieiraAdilson Ramos gravou "Deus é Quem Sabe"Agnaldo Timóteo, no LP "Presente de Deus", gravou "Conselho de Pai” que seria regravada no ano seguinte pela dupla Leandro & Leonardo. O samba-canção "Deixe a Chave", parceria com o irmão Agnaldo Timóteo, foi gravado por Nora Ney, no LP "Meu Cantar é Tempestade de Saudade". Wanderley Cardoso gravou "Quando Você se Foi”. Fernando Mendes gravou "A Menina do Meu Bairro". O samba "Sem Você" foi gravado pelos “Originais do Samba”, no LP "Brincar de Ser Feliz". A música "Favo de Mel" foi lançada pela dupla sertaneja Augusto &| Gustavo. O samba "Travado da Silva" com interpretação de Jair Rodrigues foi incluído no LP "Samba e Pagode - Vol. 4" da Som Livre. Jair Rodrigues também gravou o samba "A Filha do Patrão” no LP "Viva Meu Samba". Além de cantar, Majó atuou também como empresário e produtor de shows de artistas como: Beth CarvalhoPaulo Ricardo“Inimigos do Rei”, “Dr. Silvana”, GilliardJamelãoGretchen“João Penca e Seus Miquinhos Amestrados”, Jair Rodrigues, entre outros. Majó lançou o CD "Da Água Pro Vinho", com dez faixas, sendo nove de sua autoria. O disco foi gravado em São Paulo, com arranjos do Maestro Caixote e Wagner Montanheiro. Nesse período, formou uma banda, integrada por Hugo Braule (direção musical, piano, teclado e arranjos), César Machado (bateria), Luis Cláudio B.B. (guitarra) e Joelson Lima (teclados), que passou a acompanhá-lo em turné por todo o Brasil, contando ainda com participações de artistas como Carlos Nobre, entre outros. Majó, o caçula da família Timóteo enfrentava um câncer no fígado há cerca de um ano e havia apresentado quadro de cirrose hepática. Não há maiores informações sobre a vida pessoal do cantor Majó. Majó foi levado ao hospital sentindo dores na região abdominal e morreu um dia depois.
Fonte:
TV SAUDADES : MAJÓ (59 anos)


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Tema: Revolta dos Malês

Revolta dos Malês: entenda a história em 6 minutos!












A Revolta dos Malês (do iorubá "imalê": "muçulmano")[1][2] foi uma revolta popular de escravizados africanos que ocorreu durante o Império do Brasil, em Salvador, capital da Bahia, em 24 de janeiro de 1835. Considerado o maior levante de escravizados da história do Brasil.[3][4][5]

O termo malê era uma designação dada aos negros muçulmanos,[1][6] e tem origem na palavra imalê, que significa muçulmano na língua iorubá.[1][2][1] Os malês também eram conhecidos como nagôs na Bahia, designação dada aos negros falantes da língua iorubá na antiga Costa dos Escravos, hoje parte litoral de BenimTogo e Nigéria entre os séculos XV e XIX.[2][7]

Os nagôs islâmicos tinham o costume de registrar os acontecimentos em árabe, a língua sagrada dos muçulmanos. Anotações encontradas servem para entender os motivos e antecedentes do levante.[8] Outros grupos étnicos, como os hauçás, também tomaram parte na batalha, mas em números menos significativo.[1] Os negros nascidos no Brasil por sua vez, os chamados crioulos, não participaram na revolta.[9]




Contexto

A época em que o levante acontece é conturbada no país em geral. Após a independência em 1822, muitos conflitos e divergências surgem.[10] Nas primeiras décadas do século XIX, a região da Bahia estava em destaque no plano nacional. A economia açucareira escravocrata do Recôncavo, região que circunda a Baía de Todos os Santos, era um dos motores do Brasil e concentrava muitos engenhos.[10] Em decorrência, Salvador tinha muitos negros africanos traficados, que chegavam ao Brasil para trabalhar nos engenhos de açúcar e produção de tabaco para exportação para a Europa.[10][1] No dia 7 de abril de 1831, D. Pedro I abdicou da coroa imperial em favor de seu filho, D. Pedro II, que tinha na época apenas 5 anos de idade, deixando o país nas mãos de regentes. Esse período foi nomeado por senadores como Regência Provisória.[11] Assim, até 1840, o jovem imperador não podia assumir o trono por conta da sua menor de idade. Por isso o governo estava sob a regência de outros, o que ocasionou muitos ataques anárquicos cujo objetivo principal era por um fim na monarquia e no trono imperial brasileiro.[11]

A Revolta dos Malês não foi o único levante na Bahia. Desde que a escravidão começou no Brasil, muitos movimentos aconteceram, tendo em comum justamente o descontentamento de escravos com a situação que viviam.[12] No entanto, quando se trata do estado em específico, há um momento chave que determina uma mudança no comportamento dos cativosː a mudança de século do XVIII para XIX. O sentimento de revolta entre a sociedade se intensifica nesse período. Em consequência, vários movimentos armados aconteceram, por diversos motivos.[12]

A identidade étnica e religiosa desempenhou um papel importante na criação do movimento.[1] A revolta foi marcada para o ramadã, mês consagrado ao jejum, segundo o calendário muçulmano.[1] E o dia da revolta foi o domingo de 25 de janeiro, que era para os cristãos baianos o dia de Nossa Senhora da Guia.[10] Em relação à Bahia, especificamente, a Revolta dos Malês, tida como a de maior importância, no entanto, não tinha apenas caráter político e social ou de conquista da liberdade, trazia também um caráter religioso muito forte em relação a todas as outras revoltas.[11] Além da liberdade de ir e vir, a revolta tinha como pano de fundo os conflitos político-religiosos enfrentados na África.[13] Entre os nagôs havia aqueles que eram devotos dos orixás, do Candomblé, embora tivessem proximidade com o Islã e em sua maioria fossem muçulmanos.[1] Ou seja, era uma mescla de crençasː os rebeldes, mesmo os que seguiam as diretrizes do candomblé, andavam com amuletos malês (muçulmanos) que eram uma espécie de proteção divina, por exemplo. Nesse encontro das duas religiões (do Candomblé e do Islã), os nagôs (malês e filhos de orixá) formavam um ponto de convergência que foi útil para a unidade da revolta, mesmo sem ter tido sucesso.[1] Malês e adeptos do Candomblé se misturavam como pessoas que tinham em comum o mesmo idioma, algumas histórias de vida e até divindades africanas.[1]

Os nagôs que viviam em Salvador e participaram da revolta eram em sua maioria da região sudoeste da Nigéria e da parte leste de Benim.[1] Eles viviam em diversos reinos como Oió, Queto, Ebá, Iabá, entre outros, dentro desse território que considerava os dois países.[1] Durante anos, Oió dominava os outros reinos. No entanto, na década de 1830 uma série de guerras começou instituindo uma desintegração dessa federação que incluía várias dessas monarquias. Essas lutas e desentendimentos entre os impérios e suas lideranças transformaram milhares de pessoas que viviam nas regiões em prisioneiros, que eram vendidos como escravos aos traficantes do litoral, e a maioria deles eram exportados para a Bahia, chegando a Salvador.[1]

Esse conjunto de fatores desencadeiam em um clímax em 1835, justamente na Revolta dos Malês.

Circunstâncias sociais

O levante teve grande ressonância, na década de 1830, quando Salvador contava com cerca de 65 500 habitantes, dos quais 40% eram escravos.[1] Na época, negros, mestiços e afro-descendentes representavam 78% da população, enquanto os brancos não passavam de 22%. Entre a população escrava, 63% era nascida na África.[1]

Além disso, os escravos desempenhavam uma variedade de atividades, muitos eram lavradores, pedreiros, sapateiros, alfaiates, barbeiros, entre outros ofícios.[1] Nos centros urbanos os escravos tinham mais liberdade de movimento enquanto cumpriam tarefas para seus senhores, o que ajudou a organizar a revolta, pois com acesso a vários locais podiam comunicar uns com os outros.[1]

Além disso, parte dos escravos e dos libertos de Salvador trabalhavam e viviam juntos no dia a dia, nos chamados cantos de trabalho, associações nas quais se reuniam eventualmente.[1] Em meio a essa convivência, os laços se estreitavam, o que facilitava as conversas sobre os desdobramentos políticos da época e proporcionava uma oportunidade de aperfeiçoar as ideias do levante.[1]

O levanteVista panorâmica de Salvador a partir do Forte de São Marcelo, entre 1859 e 1861. Benjamin Robert Mulock.

Os rebeldes foram para as batalhas vestindo um abadá branco, tipicamente muçulmano, além dos amuletos malês no pescoço e nos bolsos. Alguns deles tinham rezas e passagens do Alcorão.[1] Os amuletos eram feitos por artesãos muçulmanos, em sua maioria líderes do levante, era uma forma de abençoar aqueles que iam à luta em busca da vitória.[1] Além disso, eles usavam colares de búzios, corais, miçangas e os anéis brancos.[11]

A revolta estava planejada para acontecer durante o ramadã.[14] Foi marcada para o dia 25, um domingo, logo pela manhã, quando a maioria da população ia à Igreja do Nosso Senhor do Bonfim, deixando o centro da cidade vazio.[15] A ideia era começar quando os escravos saíssem para buscar água das fontes públicas, ficando mais fácil reunir parte dos envolvidos. Após o início da revolta, surgiriam incêndios em diversos pontos da cidade para distrair a atenção da polícia.[15] O plano era partir do Centro da Cidade de Salvador, seguir para Vitória, depois Conceição da PraiaTaboão e Pilar e terminar em Bonfim.[11] Em cada local havia grupos de rebeldes prontos para se unir com o grupo que vinha do centro.[11]

No entanto, a revolta não correu como planejado. Na tarde do dia anterior ao da batalha, surgem rumores de que escravos iriam realizar uma revolta.[11] Um pouco mais tarde, ainda no dia 24, às dez horas da noite, o prefeito de SalvadorFrancisco de Souza Martins, recebeu uma denúncia anônima sobre a revolta e enviou um aviso ao então chefe da polícia, Francisco Gonçalves, dizendo para fazer a ronda em todos os distritos da cidade com patrulhas dobradas.[11] A ordem era deter qualquer habitante suspeito ou em posse de armas.[11] Às onze horas e alguns minutos, Martins enviou outro aviso, mas agora direcionado aos juízes de paz da cidade.[11]

O episódio principal da revolta aconteceu quando oficiais chegaram na região da Ladeira da Praça, onde um dos grupos dos rebeldes estava reunido.[1] Cerca de 60 homens improvisaram um ataque e após o desenrolar da batalha os rebeldes seguiram para a Câmara Municipal, onde queriam libertar um dos líderes dos malês, Pacifico Licutan, que se encontrava preso no subsolo do edifício (Licutan seria leiloado para saldar uma dívida do seu senhor). Porém, o ataque para resgatá-lo não deu certo e o grupo rebelde foi surpreendido pelos oficiais do governo.[1] Outro fator que deve ser levado em consideração é que o levante era parte de uma tentativa política de tomar o governo. Os malês queriam derrubar a estrutura já estabelecida para ocupar o lugar que acreditavam merecer e melhorar as condições de vida que tinham.[16]

A cidade virou um caos, com várias batalhas em diferentes pontos, mas a última delas acontece quando os rebeldes se depararam com o quartel da cavalaria na região de Água de Meninos. É esse momento o momento final da revolta, quando os malês são derrotados.[16] Os rebeldes foram vencidos e levados a julgamento.[5]

A revolta acabou em menos de vinte e quatro horas devido à ação das forças policiais. A repressão foi brutal.[10] Os rebeldes que sobreviveram sofreram diversos tipos de penas, que foram variadas. Entre elas deportação forçada à África, para libertos que estavam presos como suspeitos, mas que a polícia não tinha prova concreta para detê-los e dezesseis condenações à morte, embora apenas quatro tenham sido de fato executadas pelo pelotão de fuzilamento no Campo da Pólvora, no dia 14 de maio de 1835.[1]

Além disso, alguns rebeldes foram condenados à pena de açoites, que poderia ser de 300 até 1 200 chicotadas, e que não eram dadas de uma vez só para que os condenados não morressem rapidamente.[1] O líder malê Pacifico Licutan foi condenado a 1 200 chibatadas.[1] Quando o levante chegou ao fim, de sete líderes identificados, pelo menos cinco eram nagôsː os escravos Ahuna, Pacifico Licutan, Sule ou Nicobé, Dassalu ou Damalu e Gustard. Também nagô era o liberto Manoel Calafate. E outros dois eram o escravo tapa Luís Sanim e o liberto hauçá Elesbão do Carmo ou Dandará.[1]

Objetivos

Há muitas dúvidas sobre quais eram os reais objetivos da Revolta dos Malês, mas pode-se dizer que se pretendia criar uma rebelião escrava generalizada e provavelmente instituir em Salvador um governo malê, liderado por muçulmanos.[17][18]

O levante era entendido por seus participantes como uma luta da "terra de negro" contra a "terra de branco", de acordo com seus próprios dizeres. Isso significava que a revolta era percebida como uma luta dos africanos (escravos ou não) contra os “brasileiros" (até mesmo escravos). Para os revoltosos, os mulatos e crioulos, livres ou escravos, seriam pertencentes à "terra de branco", e, portanto, seus inimigos em potencial.[19]

Os revoltosos planejavam matar todos os brancospardos ou mulatos livres, bem como os escravos negros que se recusaram a participar da revolta. No processo de julgamento, diversos réus afirmaram que foram obrigados pelos revoltosos a participarem da revolta, como por exemplo um hauçá que afirmou ter sido obrigado a participar do levante "a pancadas".[18]

Todavia, o projeto definitivo dos rebeldes continua sem resposta, pois não se sabe qual regime político seria instaurado ou que tipo de sociedade brotaria caso essa revolta tivesse logrado êxito. João José Reis indaga se os revoltosos iriam copiar o modelo de sociedade recentemente instituída no país hauçá africano, que era um Estado islâmico escravista, ou se o modelo seria o pré-jihad, onde outras formas de fé chegaram a ser toleradas, ou mesmo se os revoltosos adotariam um outro modelo de sociedade desconhecido.[18]

Consequências

A revolta acabou, mas a insegurança e o medo tomaram conta durante algum tempo de Salvador e da Bahia, e foram se espalhando pelos demais municípios do país.[1]

Essa revolta funcionou como um espelho para o restante de escravos no Brasil, desencadeando outros conflitos. Mesmo sem ganhar e sem alcançar seus objetivos, os malês ameaçaram a estrutura social da época.[16]

Em decorrência disso, após 1835, e a Revolta dos Malês no início do ano, as condições de vida para negros africanos pioraram.[20] Eles foram responsabilizados pelo levante e se tornaram uma espécie de inimigos da população e do seu bem-estar.[20] Esse sentimento em consenso gerou um ambiente “antiafricano” que desencadeou leis que tinham como objetivo controlar e punir os africanos.[20]

De acordo com João José Reis, "Os laços de cultura e nacionalidade uniram contra os africanos os mais poderosos e os mais miseráveis dos brasileiros, mesmo os que não possuíam escravo algum, ou que eram eles próprios escravos”.[21]

No entanto, a sociedade começa a viver um paradoxo. Considerando que os negros africanos passam a ser vistos como uma ameaça após a revolta, mas ainda assim tinham certa importância econômica, devido a força de trabalho e ao comércio de setores diversos administrados pelos escravos libertos.[20]

Outro desdobramento foi religioso. Muitos negros africanos se sentiram obrigados a aderirem o catolicismo para não serem julgados ou sofrerem algum tipo de pena das autoridades por serem muçulmanos.[8] Para seguir em frente com a vida cotidiana era necessário deixar para trás suas ligações com a África e as religiões que tinham lá.[5] As elites da época na Bahia acreditavam que medidas mais drásticas em relação aos negros africanos eram cruciais para evitar revoltas futuras.[5] Os africanos não tinham escolha, quem se opusesse às regras religiosas seria punido pelas autoridades e julgado pela população, como se ainda fizesse parte dos rebeldes do levante.[5]

Graças ao hábitos de escrita dos malês, o episódio histórico tem documentos que registraram ideais, planos e sentimentos dos rebeldes, sua maioria em árabe.[5]

Essa revolta em específico ganhou grande importância histórica, principalmente por ter se desdobrado no centro de uma grande cidade, que estava no cenário nacional, e por ser considerada mais segura para os brancos, do que em outras regiões da Bahia. Além disso, o planejamento, o ataque, a repercussão, e a questão religiosa deram ainda mais destaque para o levante.[8]

Outro fato é que, embora a revolta tenha sido feita por africanos muçulmanos, nem todos os negros africanos que eram adeptos ao Islã participaram dela. Por isso, muitos inocentes foram presos, devido apenas a critérios religiosos e aos documentos escritos pelos malês.[1]

O levante não foi bem-sucedido, mas foi importante, e, a longo prazo, ajudou a enfraquecer o sistema escravocrata presente no país e a fortalecer a visão de que os negros africanos estavam insatisfeitos com as condições de vida que tinham. De um jeito ou de outro, a resistência era parte do dia a dia na luta para conquistar a liberdade.[8] A repressão para com o levante dos muçulmanos consolida um Estado monárquico, escravocrata e autoritário.[12]

Ver também
Centro Cultural Islâmico da Bahia || História da Bahia || Islamismo no Brasil || 
Revolta de Carrancas
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Telma A.Silva
Gerardo R.Rodriguez
Reizilan Cartola Neto
Reizilan dos Santos 23/9/1955 Rio de Janeiro, RJ
Compositor. Cantor. Instrumentista. Violonista. Produtor. Estudou música no Colégio Costa Neto, Faculdade de Música Suam, Conservatório Brasileiro de Música e Escola de Música Villa-Lobos. Filho da cantora Creusa (Creuza Francisca dos Santos), filha adotiva do casal Cartola e Deolinda, que a adotou com apenas cinco anos. Tornou-se parceiro de Cartola em algumas composições recolhidas por sua mãe e finalizadas após do avô.

Heitor dos Prazeres
Heitor dos Prazeres 23/9/1898 Rio de Janeiro, RJ 4/10/1966 Rio de Janeiro, RJ
Compositor. Instrumentista. Pintor.
Nasceu na lendária região da Cidade Nova, em plena Praça Onze, berço do samba carioca, segundo a maioria dos pesquisadores. Seu pai era marceneiro e músico militar tendo atuado nas bandas da Polícia Militar e a Guarda Nacional. Seu filho Heitorzinho dos Prazeres, repetiu também a carreira de pintor, cantor e compositor
Estudou no Colégio Benjamin Constant, no colégio de padres da igreja de Sant Ana e no Externato Souza Aguiar.
Era considerado aluno muito levado e agitado e foi expulso de todos os três colégios. Interrompeu seus estudos no quarto ano primário. Começou a trabalhar aos sete anos de idade. Na mesma época começou a estudar cavaquinho sozinho. Foi polidor de madeira. Foi preso aos treze por vadiagem e passou dois meses na colônia correcional da ilha Grande. Em 1931, casou com Glória dos Prazeres, falecida cinco anos depois. Era sobrinho de Hilário Jovino, o Lalú de Ouro, de quem ganhou de presente um cavaquinho e com quem participava de reuniões festivas na casa da lendária Tia Ciata onde conviveu com outros pioneiros do samba como João da Bahiana, Donga, Pixinguinha, Caninha, Sinhô e outros. Tornou-se pintor famoso e reconhecido nacional e internacionalmente, embora sendo nos anos 1930, 1940 e 1950 funcionário público do Ministério da Educação e Cultura, onde foi protegido pelo poeta Carlos Drummond de Andrade.

Ame.



 ou 


3. 
Em 15/09/2024
Tema: A Revolta do Ano da Fumaça




Revolta do Ano da Fumaça
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Distrito de Carrancas  


Também conhecida como a Sedição(
substantivo sublevação contra qualquer autoridade constituída; revolta, motim perturbação da ordem pública; desordem, rebuliço. Origem: (1644) lat. seditĭo,ōnis 'sedição, levantamento, sublevação, revolta, motim, discórdia, guerra civil' ) Militar de 1833, a Revolta do Ano da Fumaça foi um conflito regencial que aconteceu em Ouro Preto, na então Província de Minas Gerais, em 22 de março de 1833. O movimento foi nomeado dessa maneira porque durante alguns dias daquele ano instalou-se uma grande neblina na região.

Foi no dia 22 de março que o grupo político alcunhado de caramuru (
restauradores), aproveitando-se da ausência do presidente da província, Manuel Inácio de Melo e Sousa, marchou sobre Ouro Preto com o apoio do povo e assumiu o poder na então capital mineira. O movimento soltou presos militares e deportou o conselheiro Bernardo Pereira de Vasconcelos e o padre José Bento Ferreira de Mello.

Durante dois meses, a província foi liderada por Soares de Couto. Em 5 de abril, o conselheiro Bernardo Pereira de Vasconcelos enviou para Ouro Preto cerca de seis mil homens, sob comando de Marechal Pinto Peixoto, a fim de acabar com a sedição. Vinte e um dias após o confronto, em 26 de maio, Manoel Ignácio de Mello e Souza voltou para 
Ouro Preto. Para muitas pessoas este seria o fim do "demônio restaurador".


A Revolta do Ano da Fumaça ocorreu no mesmo período e região que a Revolta de 
Carrancas. Os dois movimentos foram tentativas de promover o retorno de D. Pedro I.






Contexto

Ao longo de 
período Regencial (1831-1840), o Brasil foi palco de disputas entre grupos com projetos políticos divergentes, e, por vezes, antagônicos. Por esse motivo, diversas revoltas eclodiram por todo o Brasil. Um desses grupos foi nomeado, de forma genérica, como restauradores. Eles defendiam a preservação da Antiga Ordem, ou seja, a manutenção da sociedade do período colonial, com seus devidos privilégios enquanto fidalgos. Eles se caracterizavam também pelo entendimento da Câmara Municipal como posição privilegiada de poder político, pela prática de mobilizar o povo através de revoltas de caráter regressista e também por ocuparem postos de nobreza civil ou política, nas Câmaras ou no comando de tropas.



Em dezembro de 1832, o presidente da província de 
Minas Gerais, Manuel Ignácio de Melo e Souza, apresentou aos seus conselheiros a situação geral em que se encontrava a região. O discurso fora publicado integralmente no jornal Universal e afirmava que a província estava firme e que nada seria capaz de abalar o caráter dos Mineiros, nem mesmo as revoltas que eclodiam por todo Brasil; muitas delas de caráter restaurador.






Apesar do dizeres de Melo e Souza, a abdicação de 
Dom Pedro I, em 7 de abril de 1831, foi a gota d'água para que diversos movimentos de levante popular contra e a favor do Império ganhassem força. Esses grupos não proclamavam um único discurso, pelo contrário, tinham interesses plurais. Os motivos pelos quais estavam se organizando, no entanto, eram parecidos. Um deles era mobilizar o debate público quanto a necessidade ou não de reformar a Carta Constitucional, de 1824.

No mês seguinte, a Câmara de Deputados fez uma comissão para tratar desse tema à abdicação de 
Dom Pedro I. A ideia desse projeto, nomeado de Miranda Ribeiro, previa:




1. Supressão do Poder Moderador e do Conselho de Estado;

2. Fim do mandato vitalício do Senado;

3. Criação de assembleias legislativas provinciais;

4. Transformação da Regência Trina em Una.

Outra questão, prevista no artigo 6º, era que aprovar ou suspender interinamente as resoluções dos conselhos provinciais fosse função exercida não só pela regência como também pelos presidentes de província em conselho. A exceção seria apenas para o que se refere ao aumento ou diminuição de força, quantias excedentes ao previsto na lei de orçamento e aquilo que não fosse de competência do conselho geral.

Este artigo foi alvo de críticas. O deputado Antônio Pereira Rebouças, por exemplo, não entendia ser justa a possibilidade do conselho da presidência ser superior ao conselho geral e que esta definição poderia representar uma confusão de poderes. Já o deputado Ferreira França acreditava que o projeto tinha como objetivo limitar os poderes da regência e não conferir atribuições do poder moderador a outros cargos. Diogo Antônio Feijó, enquanto isso, julgava a disposição como anticonstitucional porque tal artigo poderia ser entendido como o primeiro passo para a independência das províncias, já que poderiam, a partir de então, fazer suas leis e também sancioná-las. Alguns deles afirmaram que votariam pelo artigo desde que houvesse uma lei para que os membros do conselho da presidência não pudessem ser nomeados conselheiros. No geral, o projeto determinaria o tamanho da autonomia das províncias e quais seriam as atribuições da regência.

O projeto foi aprovado na 
Câmara dos Deputados em outubro de 1831; o artigo 6º, no entanto, foi suprimido. Já no Senado, o projeto foi tratado com resistência até ser rejeitado em julho de 1832. A discordância entre os dois órgãos desencadeou uma tentativa de golpe, no qual os líderes eram os deputados Diogo Antônio Feijó, José Bento Ferreira de Mello e José Custódio Dias. Associados à Regência, os três deputados pretendiam aprovar as reformas constitucionais transformando a Câmara de Deputados em Assembleia Nacional Constituinte, passando a perna no Senado. Diante desse acontecimento, alguns grupos (“Exaltados” e “Caramurus”) questionaram a legitimidade da Regência que estaria, então, defendendo a queda do próprio governo.

O ano de 1832 foi marcado por tensões que se agravaram com as eleições para a próxima legislatura em março de 1833, quando os vencedores realizariam as reformas constitucionais em discussão.




O Conselho Geral da Província e o Conselho da Presidência duraram até 1834 - ano em que, por meio do 
Ato Adicional, o Conselho Geral da Província foi desfeito para dar lugar às Assembleias Legislativas Provinciais. Já o Conselho da Presidência acabou com a lei de 3 de outubro de 1834, que dispôs um conjunto de regras oficiais que apresentavam o que os presidentes das províncias poderiam ou não fazer.

Antecedentes

Eleições

Cisões entre os dois grupos da província de Minas Gerais (liberais moderados e caramurus) já se manifestavam dois anos antes da Sedição Militar. Pouco antes da abdicação de Dom Pedro I, os liberais moderados de Minas Gerais derrotaram o candidato do Imperador, o ministro Maia. O vencedor da eleição para o cargo de deputado geral pela província de Minas Gerais foi 
Gabriel Francisco Junqueira, um grande proprietário escravista da região. Ele, que já atuava como vereador da vila de São João del-Rei, teve apoio dos liberais de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, principalmente Evaristo da Veiga. Junqueira derrotou Maia, candidato do Imperador, com facilidade, o que provocou grande descontentamento nos caramurus.
Edital sobre a circulação de escravos

Em 30 de setembro de 1831, foi veiculado na região um edital sobre a circulação de escravos. A medida normatizava a movimentação dos cativos quanto ao transporte local e interprovincial. No caso dos libertos, chama a atenção o objetivo de dificultar seu trânsito, já que teriam que carregar consigo mais um documento além da carta de alforria, como escrito em:

Artigo 4º: O africano forro, e ainda qualquer liberto de qualquer cor será obrigado a apresentar ao 
Juiz de Paz do Distrito, por onde transitar um passaporte do Juiz Criminal, ou de Paz do Distrito próximo com declaração de seus costumes e o motivo de sua jornada. Esse fato deixou a população escrava insatisfeita.

Revolta em Santa Rita do Turvo

Na mesma época dos dois acontecimentos acima, em 18 de dezembro de 1831, cerca de cinquenta pessoas do Distrito de Santa Rita do Turvo, Freguesia do Mártir São Manoel do Rio da Pomba e Peixe, Termo da Leal Cidade de Mariana, se reuniram com armas (espingardas, pistolas, espadas, facas, foicinhas e zagaias) às dez da manhã no chamado Arraial de Santa Rita. Na manifestação, ouvia-se gritos de "Viva D. Pedro I" bem como de " Viva à liberdade". O grupo saiu pelas ruas convocando escravos, estimulando-os a pegar em armas e a se juntar à revolta para que todos ficassem livres. As medidas aplicadas pelo governo liberal para reprimir os acontecimentos em Santa Rita do Turvo incluiu a prisão dos revoltosos e também a abertura de processos. Essas posições, contudo, não foram suficientes para abafar as lideranças conservadoras.

Eventos pontuais


A Revolta do Ano da Fumaça iniciou no dia 22 de março e teve duração de dois meses, acabando no dia 26 de maio. No período, o grupo chamado caramuru, formado por restauradores, tomou posse em Ouro Preto, capital da província de Minas Gerais. Os caramurus eram, em sua maioria, comerciantes portugueses, burocratas e militares que defendiam a volta de 
Dom Pedro I para o Brasil.

Eles tiraram o presidente Manoel Inácio de Melo e Souza e seu vice/conselheiro, Bernardo Pereira de Vasconcelos, do poder. Este novo governo libertou os militares presos por quererem de volta D. Pedro I, diminuiu o tributo sobre a cachaça e liberou os sepultamentos nas igrejas.

Apesar do movimento ter dado continuidade aos levantes de 1831, quando se tratou de governar a província, a classe social mais baixa (mestiços, escravos e forros) foram mantidos afastados do poder. Esta estratégia se aliar a setores populares e depois "largá-los" demonstrou contradições das lideranças caramurus.

Na época, o governo legal provisório havia sido transferido para São João del-Rei, onde, em primeiro momento, teve a presença do vice-presidente Bernardo Pereira de Vasconcelo. Depois do ocorrido, o presidente deposto, Manoel Inácio de Melo e Souza, passou a governar da vila.

Durante os dois meses, a província de Minas Gerais teve, portanto dois governos: o legal, de São João del-Rei e o rebelde, em Ouro Preto. Enquanto isso, em São João del-Rei, as forças militares da Guarda Nacional eram convocadas para combater os rebeldes de Ouro Preto.

Em 5 de abril, Bernardo Pereira de Vasconcelos enviou para Ouro Preto cerca de seis mil homens, sob comando de Marechal Pinto Peixoto, a fim de acabar com a sedição. Vinte e um dias após o confronto, em 26 de maio, Manoel Ignácio de Mello e Souza voltou para Ouro Preto. Para muitas pessoas este seria o fim do "demônio restaurador".

Consequências


Depois do conflito, as forças moderadas de Vasconcelos e Mello e Souza tentaram fazer com que o movimento parecesse, para o povo, uma ação pontual que fora realizado por um pequeno grupo de restauradores e revoltados.

Para se referirem aos grupos que se opunham ao regime do momento, o discurso legalista muitas vezes usava a expressão "partido desorganizador". Desta maneira, generalizavam ideais, como ocorreu com as dos restauradores e também demais grupos descontentes. A partir disso, toda a pluralidade dos movimentos seriam resumidos em: adversários e defensores da anarquia.

Apesar do governo ter tratado da ocorrência como um fato específico e não como uma ameaça vigente, a Câmara de Mariana, também em Minas Gerais, designou posturas municipais restringindo manifestações subversivas a fim de silenciar o movimento. São eles:Artigo 1º: Todo indivíduo, que propalar, que convém a volta do Duque de Bragança, (...), será condenado em vinte dias de prisão mais multa de trinta mil reais. Para reincidência, será o dobro.
Artigo 3º: Quem espalhar boatos e colocar em agitação o sossego público, exagerando as forças do partido contrário ao governou ou enfraquecendo o partido Nacional que sustenta a Revolução do memorável dia 7 de abril, sofrerá a pena de seis dias de prisão e multa de vinte mil réis. Para reincidência, será o dobro.
Artigo 4º: Na mesma pena incorrerá todo aquele que espalhar que as decretadas Reformas da Constituição não são legais e que por esta razão não devem ser religiosamente cumpridas quando selecionadas.
Artigo 5º: Aquele que mostrar quaisquer pasquins, ou proclamações incendiárias, a não ser à Autoridade competente, será reputado perturbador do sessego público e terá a pena de quatro dias de prisão, além da multa de doze mil réis. Para reincidência, será o dobro.

A Sedição de 1833 envolveu diferentes camadas sociais: militares, proprietários de terras e de escravos, comerciantes, ouvidores, juízes... Ao contrário do que os moderadores pregavam, a Revolta do Ano da Fumaça não se restringiu a Ouro Preto. Caeté, Sabará, Itatiaia, Pitangui, Baependi, Rioba, São Gonçalo da Ponte, Ponte Nova, Distrito de remédios em Barbacena e até em São João del-Rei haviam apoiadores e, no caso de Caeté e Mariana, até mesmo percursores.

A Sedição Militar de 1833 e a Revolta de Carrancas

(Sedição substantivo sublevação contra qualquer autoridade constituída; revolta, motim perturbação da ordem pública; desordem, rebuliço. 
Origem: 
(1644) lat. seditĭo,ōnis 'sedição, levantamento, sublevação, revolta, motim, discórdia, guerra civil' ) 
revolta de Carrancas e a Sedição de 1833 estão relacionadas pois aconteceram concomitantemente. Há indícios de que o levante de Carrancas teria começado com o boato de libertação dos escravos na sedição.

De acordo com depoimentos de testemunhas, Francisco Silvério Teixeira estimulou a revolta de Ventura Mina ao dizer que os caramurus tinham colocado um fim na escravidão em Ouro Preto. Teixeira teria dito ainda que os escravos que lutassem ao lado deles, teriam, além da liberdade, parte da posse de seus senhores. Esta foi a motivação principal para o levante de Carrancas. Na História, todavia, não existem documentos que comprovem o fato de que os revoltados de Ouro Preto tinham como objetivo a libertação dos escravos.

Durante a Sedição de 1833, Teixeira estaria a favor do grupo que tomou posse na capital da província. Acredita-se que ele tenha incentivado a revolta dos escravos e que também tenha contribuído para as nove mortes da família Junqueira, durante a Revolta de Carrancas, para tirar a atenção do fato de que a guarda nacional estava se organizando em São João del-Rei para acabar com a Revolta da Fumaça em Ouro Preto. A violência da Revolta de Carrancas deixou deputados e proprietários da região chocados e com as atenções voltadas para estes fatos. Essa revolta influenciou na política Imperial, que deu origem ao projeto de lei n.º 4, de 10 de junho de 1833, o qual previa punição severa para aqueles escravos que se rebelassem.

Revolta de Carrancas
Regência
Revolta dos Malês

Referências
[1]
[2]
Barata, Alexandre Mansur (2014). «A Revolta do Ano da Fumaça» (PDF). Revista do Arquivo Público Mineiro. Consultado em 18 de outubro de 2017
[3]
Andrade, Marcos Ferreira. As revoltas do Ano da Fumaça (1833): a revolta dos escravos de Carrancas e a sedição militar de Ouro Preto
[4]
[5]
[6]


Homenageados e aniversariantes da 3ª semana de setembro

 Até a próxima em 22/09/2024 -

 Destaque 4

ou aos 


2.     Em 08/09/2024
Revolta de Carrancas ou Levante de Bella Cruz



Local Fazendas Campo Alegre e Bella Cruz
Data 13 de maio de 1833
Mortes Gabriel Francisco de Andrade Junqueira, José Francisco Junqueira, Antônia Maria de Jesus, Ana Cândida da Costa, Manoel José da Costa, Emiliana Francisca Junqueira, Francisco da Costa.
Tema: A Revolta de Carrancas ou Levante de Bella Cruz[1] foi uma rebelião de escravos que eclodiu em 13 de maio de 1833, nas propriedades da família Junqueira, ao sul da província de Minas Gerais. A revolta teve início na fazenda Campo Alegre, propriedade de Gabriel Francisco Junqueira, tendo continuidade na fazenda Bella Cruz.[2][3][4]

Contexto

Alguns estudos sobre a demografia do tráfico internacional de africanos escravizados demonstram um aumento significativo na entrada de africanos na primeira metade no século XIX, principalmente no BrasilCaribe e Cuba. Se analisarmos os dados disponíveis para o Brasil, notamos que só o Rio de Janeiro foi responsável pela importação de mais de um milhão de escravos nessa época. Em segundo lugar está Bahia, com quase 400 mil, seguida por Pernambuco, com quase 200 mil.[5][6]

província de Minas Gerais, muito dependente da exploração da mão de obra escravizada introduzida no país por meio do tráfico internacional,[7] entre 1825 e 1833, absorveu 48% da população africana que aportava no Brasil.[8][6]

A circunstância da primeira metade do século XIX foi marcada por um aumento da população escravizada, mais precisamente, no centro-sul do Império. Além disso, essa época também foi caracterizada pelos planos de insurreição que acabaram sendo concretizados pelos escravizados de diferentes localidades, principalmente Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro.[6] Nesse período ocorreram diversas rebeliões de escravos que aterrorizaram o governo das Regências. Alguns exemplos dessas revoltas são Revolta de Carrancas (MG), Revolta dos Malês (Salvador - BA) e a Revolta de Manuel Congo (Vassouras - RJ), tendo esses eventos sofrido dura repressão.[4]

A província de Minas Gerais, no período regencial, foi marcada por conflitos entre liberais e restauradores. O movimento mais conhecido foi a Sedição Militar de 1833, também conhecida como a Revolta do Ano da Fumaça. Foi nessa situação de oposição e disputas que ocorreu a Revolta de Carrancas.[9]

Antecedentes

A Freguesia de Carrancas possuía uma enorme população escravizada de origem africana. Em algumas regiões, como a capela do Favacho, o percentual de africanos equivalia a mais de 60% da população escrava. Esse número se explica por ser uma área voltada para o abastecimento e que possuía propriedades próximas aos caminhos que ligavam Minas Gerais ao Rio de Janeiro, imensamente dependente do tráfico internacional de escravizados.[6]

A região de Carrancas se destacou por ter uma grande concentração de trabalho escravo. Dos 4 053 habitantes da freguesia, 62,5% (2 494) da população eram pessoas escravizadas e 38,5% (1 559) eram pessoas livres.[10] Além disso, a região contava com várias propriedades ligadas ao abastecimento interno de gêneros alimentícios.[11][12]

A grande entrada de africanos novos somado ao aumento da população escrava colaborou para intensificar, entre as autoridades e elites escravocratas, a preocupação relacionada ao surgimento de revoltas de escravizados. Nos discursos das autoridades era muito comum aparecer alusões aos riscos trazidos pelo aumento da população escrava e ao fantasma do "haitinismo". A memória da rebelião dos negros durante a Revolução Haitiana era um pesadelo para as elites senhoriais.[6]

Grande parte dos escravizados pertencentes à Família Junqueira viviam em grandes escravarias, formadas majoritariamente por africanos, sendo a grande maioria provenientes da África centro-ocidental, com alguns poucos da oriental . A diversidade étnica não impediu que os escravizados se tornassem "parceiros".[6]

As Fazendas de Campo Alegre e Bela Cruz, palcos da revolta, faziam parte de uma grande área de terra, oferecida pela Coroa a João Francisco, português de São Simão da Junqueira. Ele chegou em Rio das Mortes em 1750 e deixou um grande número de descendentes, dando início a uma grande família do sudeste mineiro possuidora de grandes propriedades.[9]

A influência das propriedades da família Junqueira podia ser percebida pelo número de pessoas escravizadas que mantinham. Quase sempre, o número era maior que trinta escravos, o que era raro no cenário da época. E em algumas propriedades o número podia chegar a cem escravos.[9]

Em julho de 1831, os escravizados de Carrancas ensaiaram uma tentativa de revolta contra seus senhores, movidos pelos rumores de que o ex-imperador os queria livres. O vigário da freguesia, Joaquim José Lobo, foi acusado de persuadir os escravizados com tais promessas. Os boatos de uma possível rebelião se espalharam rapidamente e a população ficou assustada, fazendo com que a revolta não fosse às vias de fato. O vigário foi preso e enviado à Vila de São João del-Rei.[12][13]

Fazenda Campo Alegre

A Fazenda Campo Alegre pertencia ao deputado Gabriel Francisco Junqueira e em 1839 possuía 103 escravizados para cuidar do gado e do plantio. Em 1868, ano da morte do deputado, a escravidão ainda era considerável, 92 pessoas escravizadas.[9]

Fazenda Bela Cruz

A Fazenda Bela Cruz compreendia uma ampla região. A propriedade era cercada e dividida por muros de pedras. Entre os cômodos da fazenda incluía uma morada de casas de vivenda, senzalas cobertas de telhas, chiqueiro, currais e quintal com árvores de espinho, entre outros.[9]


O levante Gabriel Francisco Junqueira
A Revolta de Carrancas teve início no dia 13 de maio de 1833 nas propriedades da família Junqueira, localizadas ao Sul de Minas Gerais. A revolta começou na Fazenda Campo Alegre, de Gabriel Francisco Junqueira, que era um dos principais políticos da Facção Liberal Moderada e eleito deputado em 1831.[4] A Fazenda anteriormente pertencera a João Francisco Junqueira (o patriarca da família), e depois foi deixada de herança para seu filho, Gabriel Francisco Junqueira.[6]

Na parte da manhã, as pessoas escravizadas já haviam tirado o leite e alimentado os animais, como bois vacas e cavalos. E a partir do meio-dia estavam trabalhando na roça, cuidando das plantações de milho, feijão, arroz, etc. Aquela tarde de 1833 seria fatídica e histórica.[9]

Na manhã daquele dia, tudo parecia estar normal na fazenda da Família Junqueira. O local estava sob os cuidados do filho do deputado, Gabriel Francisco de Andrade Junqueira, que na ausência do pai tomava conta dos negócios da fazenda. Ao meio-dia, como de costume, ele foi até a roça para supervisionar o trabalho dos cativos. Pediu para uma das pessoas escravizadas arriar o seu cavalo e saiu em direção à roça. Ao chegar lá não notou nada de estranho, porém a normalidade era apenas ilusória.[9]

Ainda montado em seu cavalo, ele foi surpreendido por um grupo de revoltosos, liderados por Ventura Mina, que mataram-no com várias porretadas na cabeça.[9] Gabriel nesse momento era juiz de paz do distrito de São Tomé das Letras. O grupo de revoltosos não atacou a sede da fazenda Campo Alegre porque o terreiro da casa-grande estava fortalecido por capitães do mato. Este grupo, então, se dirigiu à Fazenda Bela Cruz, onde contaram com a adesão de pessoas escravizadas naquela propriedade ao grupo originário. O grupo de revoltosos assassinaram integrantes da família de José Francisco Junqueira, irmão do deputado, incluindo três crianças.[4][9]

Parte do grupo permaneceu na fazenda para preparar uma emboscada para Manuel José da Costa, genro de José Francisco Junqueira. Manuel estava na fazenda Campo Alegre, mas o assassinato ocorreu assim que ele adentrou a fazenda Bela Cruz.[4] O restante do grupo de revoltosos se dirigiu à Fazenda Bom Jardim, onde encontraram resistência vinda do proprietário e de seus escravizados de confiança. Algumas das pessoas revoltadas morreram nesse confronto como Ventura Mina, João Inácio Firmino, Matias e Antônio Cigano.[4]

Como o proprietário da Fazenda Bom Jardim, João Cândido da Costa Junqueira, já havia sido avisado sobre o que ocorrera nas Fazendas de Campo Alegre e Bela Cruz, ele prendeu rapidamente a maioria dos seus escravos na senzala, visando evitar a adesão destes ao grupo de revoltosos. Além disso, reuniu alguns de seus vassalos de confiança em uma sala para aguardar os revoltosos, que apareceram após algum tempo e foram afastados com 2 (dois)[4] tiros, (Proc.f. 14, 119) um feriu um dos escravos e outro tiro matou Ventura. Não há mais informações sobre esse confronto nos autos.[4]

O momento mais grave da revolta teve como palco a Fazenda Bela Cruz. Onde os revoltosos invadiram a propriedade e investiram diretamente contra José Francisco Junqueira e sua esposa Antônia Maria de Jesus, que se refugiaram em um quarto, mas não conseguiram escapar. O vassalo Antônio Retireiro pegou um machado na senzala e o entregou a Manoel das Vacas, que ficou tentando arrombar a porta enquanto Antônio voltou a senzala para buscar um revólver carregado. Após arrombarem a porta do cômodo, Antônio disparou no rosto de José Francisco Junqueira. Além disso, todos os outros presentes no quarto foram massacrados, como a mulher, filhas e netas de José.[4][14]

No auto de corpo de delito diz que Antônia Maria de Jesus possuía ferimentos no rosto, couro cabeludo e grande derramamento de sangue. As feridas foram feitas com objetos cortantes e a vítima estava muita ensanguentada da cintura para baixo, causando grande aflição às testemunhas.[4][14]

Ana Cândida Costa, viúva de José Francisco Junqueira, foi a próxima vítima. Ela foi assassinada a golpes de foice no quintal da fazenda pelos revoltados Sebastião, Pedro Congo, Manoel Joaquim e Bernardo. Ana foi encontrada em um estado deplorável, seu rosto estava desfigurado e sua cabeça não estava unida ao corpo. Além dela, mais duas crianças e um bebê de 2 meses também foram mortos com requintes de crueldade.[4][14][15]

Uma das testemunhas interrogadas sobre o caso, Raimundo José Rodrigues, afirma que mesmo depois de mortos as vítimas foram castradas e tiveram as mãos machucadas com pedras. Raimundo era marceneiro e morador da Fazenda Traituba, propriedade próxima à Fazenda Bela Cruz.[4][16]

Em praticamente todos os depoimentos contidos no “Processo dos Junqueiras”, tanto dos escravos que participaram da rebelião, como de testemunhas locais, Francisco Silvério Teixeira é citado como o mentor e incitador da insurreição. Era ele fazendeiro no Termo de Campanha. Contava na ocasião 73 anos, casado, pai de 14 filhos e transitava continuamente pela região. Interessante assinalar ser ele compadre de Gabriel Francisco Junqueira - no processo não aparece de que forma eram compadres - mas ele é assim tratado nos autos, e por Gabriel Francisco Junqueira quando a ele se refere. No Libelo Acusatório (Proc. f. 116) é mostrada como a condição de ser compadre de Gabriel Francisco dava-lhe oportunidade de livre acesso à Fazenda Campo Alegre e possibilidade de se encontrar com os escravos e tramar os detalhes da rebelião, principalmente com o líder deles, Ventura Mina.[15]

Dos 31 escravizados denunciados como revoltosos nesse processo, nove (29%) eram crioulos, dezessete (54%) africanos da África Centro-Ocidental e dois provenientes da África Ocidental. Embora a Revolta de Carrancas tenha sido realizada com a participação majoritária de pessoas escravizadas de origem africana, a presença dos crioulos foi bastante significativa, dois deles foram processados como "cabeças" no crime de insurreição.[6] A revolta uniu pessoas escravizadas de diferentes origens com uma mesma finalidade: a liberdade.[17] Além de atingir a liberdade, os revoltosos também pretendiam matar todos os brancos existentes e tomar suas propriedades.[18]

presidente da provínciaManoel Ignácio de Melo e Souza, dirigiu uma correspondência ao Ministro da JustiçaHonório Hermeto Carneiro, onde relatou que nos acontecimentos em Carrancas também haviam sido assassinadas duas pessoas pretas, supostamente pessoas escravizadas que se dedicavam aos afazeres domésticos com um convívio mais próximo com seus senhores.[9][12]

Desdobramentos

A Revolta de Carrancas trouxe à tona todo o aborrecimento dos negros, livres e escravos, e também mostrou a alta habilidade de organização e articulação deles.[19]

O juiz de paz de Baependi, Antônio Gomes Nogueira Freire, tomou algumas medidas de prevenção, como por exemplo intensificar a vigilância em outras propriedades, principalmente naquelas onde havia um grande número de escravos.[9]

Em 15 de maio de 1833, o juiz de paz de Pouso Alto avisou a Câmara Municipal de Resende sobre os acontecimentos de Carrancas, pois o grupo de revoltosos pretendia atacar outras fazendas.[9]

Algumas regiões do vale do paraíba paulista, como Areias e Bananal, foram logo avisadas do que ocorrera em Carrancas. Como eram regiões com grande número de pessoas escravizadas, os vereadores foram intimados para uma sessão secreta no dia 21 de maio, onde ficou acordado uma série de medidas para evitar maiores repercussões da Revolta de Carrancas na região.

Os rebeldes de Carrancas foram severamente punidos. Dezesseis foram condenados à pena de morte por enforcamento e executados em praça pública com cortejo da Irmandade da Misericórdia, na Vila de São João del-Rei.[4] Alguns foram condenados como cabeça da revolução, de acordo com o Artigo 113 do Código Criminal que determinava pena de morte para crimes assim. Outros foram punidos pelo crime de homicídio qualificado, segundo o Artigo 192 do mesmo código.[4][9]

Essa foi uma das maiores penas coletivas à morte às quais foram condenadas pessoas escravizadas na história do Brasil. No caso da Revolta de Carrancas, apenas Antônio Resende, um dos escravizados de Gabriel Francisco Junqueira, conseguiu fazer chegar uma petição ao Imperador e teve a vida salva, pois ele foi o executor de seus companheiros. Primeiro, ele foi preso na cadeia de Ouro Preto, de onde acabou fugindo em 1835. Em julho de 1848, estava preso na cadeia de São João del-Rei e solicitou a mudança para a Santa Casa de Misericórdia para tratar inflamações e dores no peito. Foi identificado na petição como "Antônio Resende, o carrasco".[4][9]

Entre os cabeças da revolta, destacam-se Ventura Mina (Campo Alegre), Joaquim Mina (Bela Cruz) e Damião (Campo Belo). O último se enforcou quando soube que fora denunciado.[9]

O medo causado pela Revolta de Carrancas foi erradicado com a condenação das pessoas à pena de morte.[20]

A Revolta de Carrancas teve grande impacto nas instâncias de poder da corte. Quatro projetos foram enviados à Câmara dos Deputados em 10 de junho de 1833. Um se referia ao julgamentos dos crimes de cometidos por escravizados. Esse projeto antecipava o texto da lei de 10 de junho de 1835, que designou a pena de morte para pessoas escravizadas envolvidas no homicídio de seus senhores e parentes.[4]

Ver também
Escravidão no Brasil
Revolta dos Malês

Referências
 «Família Junqueira: o Levante da Bella Cruz». Consultado em 9 de novembro de 2015. Arquivado do original em 4 de março de 2016
 ANDRADE, Marcos Ferreira de (1996). «Rebeldia e Resistência: as revoltas escravas na Província de Minas Gerais (1831-1840)». oasisbr.ibict.br. Consultado em 11 de julho de 2024
 Andrade, Marcos Ferreira de (26 de janeiro de 1998). «Rebelião escrava na Comarca do Rio das Mortes, Minas Gerais: o caso Carrancas». Afro-Ásia (21-22). ISSN 1981-1411doi:10.9771/aa.v0i21-22.20963. Consultado em 11 de julho de 2024
↑ Ir para:a b c d e f g h i j k l m n o p Andrade, Marcos Ferreira de (Julho de 2011). «Rebelião escrava no Sudeste do Império do Brasil: a revolta de Carrancas – Minas Gerais (1833)» (PDF). XXVI Simpósio Nacional de História. Consultado em 12 de novembro de 2017
 Andrade, Marcos Ferreira de (26 de janeiro de 1998). «Rebelião escrava na Comarca do Rio das Mortes, Minas Gerais: o caso Carrancas». Afro-Ásia (21-22). ISSN 1981-1411doi:10.9771/aa.v0i21-22.20963. Consultado em 11 de julho de 2024
↑ Ir para:a b c d e f g h Andrade, Marcos Ferreira de. (Maio de 2011). «Rebeliões escravas no Império do Brasil: uma releitura da revolta de Carrancas – Minas Gerais – 1833.» (PDF). 5º Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional
 Andrade, Marcos Ferreira de (Maio de 2017). «As revoltas do Ano da Fumaça (1833): a revolta dos escravos de Carrancas e a sedição militar de Ouro Preto» (PDF). 8º Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional. Consultado em 22 de novembro de 2017. Arquivado do original (PDF) em 1 de dezembro de 2017
 ANDRADE, MARCOS FERREIRA DE (1996). «Rebeldia e Resistência: as revoltas escravas na Província de Minas Gerais (1831-1840)». oasisbr.ibict.br. Consultado em 11 de julho de 2024
↑ Ir para:a b c d e f g h i j k l m n o Andrade, Marcos Ferreira de. «Negros rebeldes nas Minas Gerais: a revolta dos escravos de Carrancas (1833)» (PDF)
 Teixeira, Paula Chaves (Maio de 2009). «Negócios entre Mineiros e Cariocas: Famílias, estratégias e redes mercantis no caso Gervásio Pereira Alvim (1850-1880)» (PDF). Instituto de Ciências Humanas e Filosofia
 Andrade, Marcos Ferreria de (Maio de 2015). «Memória Oral do Cativeiro da Região da Antiga Comarca do Rio das Mortes: Carrancas - Minas Gerais.» (PDF). 7º Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional
↑ Ir para:a b c Andrade, Marcos Ferreira de. «Rebelião escrava na Comarca do Rio das Mortes, Minas Gerais: O Caso Carrancas». Dissertação de Mestrado Universidade Federal de Minas Gerais
 Delfino, Leonara Lacerda (2015). «O Rosário dos Irmãos Escravos e Libertos: Fronteiras, identidades e representações do viver e morrer na Diáspora Atlântica. Freguesia do Pilar - São João Del Rei (1782-1850).» (PDF). Programa de pós graduação em história da Universidade Federal de Juiz de Fora.
↑ Ir para:a b c Arquivo Histórico do Escritório Técnico do IPHAN de São João del-Rei. Processo-crime de Insurreição (1833), caixa PC 29-01. Libelo-crime acusatório.
↑ Ir para:a b Mattos, José. «LEVANTE DA BELA CRUZ» (PDF). Revista da ASBRAP. Consultado em 15 de outubro de 2021
 Arquivo Histórico do Escritório Técnico do IPHAN de São João del-Rei. Processo-crime de Insurreição (1833), caixa PC 29-01. Depoimento de Raimundo José Rodrigues.
 Souza, Daniela dos Santos (Agosto de 2010). «Devoção e Identidade: O culto de Nossa Senhora dos Remédios na Irmandade do Rosário de São João del-Rei – séculos XVIII e XIX» (PDF). Programa de pós graduação em história da Universidade Federal de São João Del-Rei
 Faria, Sheila de Castro (Julho de 2006). «Identidade e comunidade escrava: um ensaio». Revista Tempo
 Vieira, Jofre Teófilo (2010). «Uma tragédia em três partes: O motim dos pretos da Laura em 1839.» (PDF). Mestrado em história social Universidade Federal do Ceará
 Magalhães, Adriano Aparecido (Abril de 2011). «"Os Guerrilheiros do Liberalismo": o juiz de paz e suas práticas no Termo de São João del-Rei, Comarca do Rio das Mortes (1827-1842)» (PDF). Programa de pós graduação em história da Universidade Federal de São joão Del-Rei

Ligações externas

Homenageados e Aniversariantes da segunda semana de setembro
Aniversariantes da 2ª semana - Intervalo de 8 a 14 de Setembro

Dia 8Dia 9Dia 10Dia 11Dia 12Dia 13Dia 14
Graciema Teixeira
Maria Silva
Cláudia Gonzaga
José Santos
Antonia Sena
Guilherme Henrique
Bruno Lino
Rádio Nacional
Fernanda Abreu
Genobre Lima
Sinhô
NS de La Caridad
Notícias Relevantes Destacadas
510/36/2022
Thalmay Costa
Celma Silva
Paula Gonçalves
Tatiana Sanson
Oscar Kruger
Jorge França
Maria Rita
Ana Carolina
Viúva Guerreiro
Notícias Petroleiras
458/36/2021
Paulinho Mocidade
NRDC 571/40/2023
Beatriz Teixeira
Zélia Rossetti
Edson Grotz
Cláudio Gonçalves
Tibério Gaspar
Pasqual Meireles
Lilian Velho
Patrícia Suhet
Roberta Santos
José Machado
Maria Costa
Leci Brandão
Rosangela Costa
Sandro Lima
Geraldo Vandré
Otávio Brandão
Rádio e TV Repensar
Monique Brandão
Marcos Vale
Dia da Cachaça
Marli Oliveira
Marilene Cswvoli
Zelma Camargo
Giulia Ribeiro
Andréa Furtado
Arlindo Cruz
Ismael Silva



E estão em plena festa, contando mais um inverno...

Graciema Teixeira
Maria G.Silva
Cláudia Adriana A.Gonzaga
José B.Santos
Antonia R.Sena
Guilherme T.Henriques
Bruno F.Lino

Destaque para Rádio e TV Repensar
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No Youtube, no Facebook, no Tik Tok, na Mídia Livre, sempre aberta a defender o justo, a reconstrução do Brasil, e transmitindo 24 horas, música de qualidade e notícias verdadeiras, só interessando os fatos nunca fakes. Direção e Concepção Leonardo Bastos.

Destaque para Rádio Nacional
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Presente na memória afetiva da população, a Rádio Nacional do Rio de Janeiro é historicamente reconhecida como referência de programação plural e popular. Ela é, na realidade, responsável pelas matrizes que formam hoje o Rádio brasileiro: a música, a informação, o humor, a dramaturgia, o esporte e os programas de auditório.
Agora, como parte integrante da EBC, a emissora por onde passaram grandes intérpretes, maestros e compositores de nossa música popular, de onde foram transmitidas as radionovelas que enriqueceram o imaginário do brasileiro, passa por ampla reformulação estrutural, técnica e de sua programação com os olhos no futuro sem esquecer, porém, das suas características históricas.

Texto de 2020, causa grandes preocupações essas reestruturações... Nota do blog

Destaque para Fernanda Abreu - Grande Cantora
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Fernanda Sampaio de Lacerda Abreu 8/9/1961 Rio de Janeiro, RJ
Cantora. Compositora.
Com nove anos entrou para o balé e começou a participar de corais e festivais de música na escola em que estudava.
Aos 17 anos prestou vestibular e cursou três anos de Sociologia na PUC-Rio.
Quando faltava apenas um ano para se formar, abandonou os estudos para se dedicar à música.

Destaque para Genobre Lima - APA (Aposentado Petroleiro Ativista)
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Grande militante da causa aposentado Petrobras, nunca descansa nem para de lutar.

Destaque para Sinhô
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José Barbosa da Silva 8/9/1888 Rio de Janeiro, RJ 4/8/1930 Rio de Janeiro, RJ Compositor. Pianista. Violonista. Cavaquinhista. Flautista. Nasceu na casa de nº 90 da Rua Riachuelo, Centro do Rio de Janeiro. Filho do pintor e decorador de paredes de botequins e de clubes dançantes, Ernesto Barbosa da Silva, conhecido pelo apelido de Tené, e de Graciliana Silva. Teve um irmão, Ernesto, apelidado de Caboclo. Além do irmão de sangue, seu pai adotou outro, Francisco. Deve ter vivido até o fim do século XIX na mesma casa. Morou, ainda, na Rua Senador Pompeu nº 114, onde brincava com outros futuros sambistas, como João da Baiana e Caninha. Apaixonou-se aos 17 anos, pela portuguesa Henriqueta Ferreira, que, apesar de já estar casada, resolveu ir viver com ele. Com ela teve três filhos, Durval, Odalis e Ida. Henriqueta faleceu em 1914, deixando-o viúvo com apenas 26 anos.
José Barbosa da Silva 8/9/1888 Rio de Janeiro, RJ 4/8/1930 Rio de Janeiro, RJ

Grande destaque no dia 8 de setembro, se comemora Virgen de la Caridad
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A Virgen de la Caridad del Cobre não está nos mapas, não está nos escudos, mas está na alma do povo cubano. Don PepOne.

Nossa Senhora da Caridade de El Cobre, ou a Virgem da Caridade de El Cobre, Caridad del Cobre ou simplesmente Cachita, é uma das devoções da Virgem Maria. Ela é a Padroeira de Cuba, esta nomeação solene foi proclamada pelo Papa Bento XV em 1916. A imagem foi canonicamente coroada pelo Papa Pio XI em 30 de dezembro de 1936. Mais tarde, em uma viagem feita por João Paulo II a Cuba em 1998, ele coroou a Virgem com grande dignidade como Padroeira de Cuba.

A imagem mariana é venerada no Santuário Nacional Basílica de Nossa Senhora da Caridade do Cobre, em Santiago de Cuba.

Em 26 de março de 2012, Bento XVI concedeu-lhe a Rosa de Ouro do Cristianismo.1por ocasião do quadragésimo centenário do aparecimento da imagem.

O Papa Francisco, em sua visita a Cuba em setembro de 2015, e por ocasião da comemoração do centenário da consagração de Cuba à Virgem da Caridade de El Cobre ou "Cachita", como é conhecida pelos cubanos, pelo Papa Bento XV, decretou o Ano Santo Excepcional da Misericórdia.

Segundo relatos da época, sua imagem apareceu em 1612 ou início de 1613, na Baía de Nipe, a maior de Cuba, localizada na costa norte da região leste da ilha.

Ela foi vista por três escravos: um menino negro de 10 anos (Juan Moreno) e dois irmãos de puro sangue índio (Juan e Rodrigo de Hoyos), que trabalhavam como escravos nas minas de cobre da região. O trio foi batizado no imaginário cubano como "os três Juanes".

Em uma história que está preservada no Arquivo das Índias em Sevilha, feita sob juramento eclesiástico "setenta e cinco anos após o evento", o escravo negro Juan Moreno contou como os eventos ocorreram.

Os jovens, que tinham ido em busca de sal, avistaram a imagem da Virgem com o Menino Jesus nos braços – a mesma que hoje é objeto de veneração pelos cubanos – que estava flutuando sobre uma tábua, onde se lia a frase "Eu sou a Virgem da Caridade".

O santuário inicial foi construído de forma improvisada, usando folhas e tábuas de guano. Depois que vários eventos misteriosos ocorreram ao redor da imagem, ela foi levada para o que seria seu santuário definitivo, a uma curta distância dali, no topo de uma colina perto das minas de cobre.

História

De acordo com documentos antigos encontrados no Arquivo Geral das Índias, a chegada da imagem da Virgem da Caridade às montanhas da Sierra del Cobre, em Cuba, ocorreu quando um ilesco, Francisco Sánchez de Moya, capitão de artilharia, recebeu em 3 de maio de 1597 um mandato do rei Filipe II para ir às minas da Sierra del Cobre para defender aquelas costas de os ataques de piratas ingleses.

O rei encarregou-o de erguer uma pequena igreja, um lugar onde soldados e mineiros pudessem ir para se confiarem e fazerem suas orações à venerada imagem da Virgem da Caridade. Antes de sua partida para o Novo Mundo, este capitão ordenou que uma réplica da Virgem da Caridade fosse esculpida em Toledo, que foi a que ele levou por mar para a ilha.

A história se mistura com a lenda quando, 75 anos após a aparição, a única testemunha sobrevivente do "milagre", já em plena senilidade, fez uma declaração juramentada onde envolve no relato da aparição milagrosa o próprio capitão Francisco Sánchez de Moya, que havia levado a imagem para a ilha.2

Proclamação da Virgem como Padroeira de Cuba e Coroação

Em 1915, os veteranos da Guerra da Independência escreveram ao Papa Bento XV pedindo-lhe que proclamasse a Virgem da Caridade de El Cobre Padroeira de Cuba. Em 10 de maio de 1916, o Papa Bento XV declarou a Virgem Padroeira de Cuba. O Papa Pio XI autorizou a coroação canônica da imagem sagrada. É na manhã de 20 de dezembro de 1936, quando ocorreu a coroação do então bispo de Santiago de CubaDom Valentín Zubizarreta.

A lenda católica diz que dois índios, Juan de Hoyos e Juan Moreno junto com um negro crioulo, foram procurar sal na Baía de Nipe onde viram algo flutuando no mar, era uma tábua na qual havia uma imagem da Virgem esculpida em madeira que carregava o menino Jesus no braço esquerdo e, na mão direita, uma cruz de ouro. O painel tinha uma inscrição que dizia: "Eu sou a Virgem da Caridade".

Os índios levaram a imagem ao administrador da mina de cobre de Varajagua, que ordenou a construção de um eremitério para ela. Os iorubás identificaram a Virgem com Ochún porque este oricha é o dono do cobre e tinha uma reputação de caridade e misericórdia. A Igreja Católica usou a imagem em fitas de cetim para proteger as mulheres em trabalho de parto durante a gravidez. Ochún também é uma protetora das mulheres em trabalho de parto.

Em homenagem e reconhecimento ao povo de Cuba, durante sua visita à ilha em 1998, São João Paulo II coroou e abençoou a imagem da Padroeira de Cuba durante a terceira missa que oficiou no país, celebrada na Praça Antonio Maceo na cidade de Santiago de Cuba, em 24 de janeiro de 1998. O Papa pediu que nunca esqueçamos os grandes acontecimentos relacionados com a Caridade e recordou o lugar singular na missão da Igreja da Virgem Maria, à qual o próprio São João Paulo II foi devoto.

O Papa Francisco, em sua visita à ilha caribenha, em setembro de 2015, e por ocasião da comemoração do 100º aniversário da consagração de Cuba à Virgem da Caridade de El Cobre ou "Cachita", como é conhecida pelos cubanos, pelo Papa Bento XV; decretou o Ano Santo Excepcional da Misericórdia e entregou à Virgem um ramo de flores de prata, que repousam aos pés da venerada imagem.

Altar da Virgem da Caridade de El Cobre acompanhado por outros santos muito populares na população mexicana.

Devoção[editar | editar código-fonte]

Durante as guerras de independência de Cuba que começaram em 1868, as tropas do Exército de Libertação de Cuba mostraram grande devoção à Virgem da Caridade e se confiaram a ela.

Hoje, as pessoas que visitam o Santuário muitas vezes voltam para suas casas com pequenas pedras onde brilha o cobre da mina. Diz-se que aqueles que os possuem, tanto colocados em copos de água, como em bolsos ou bolsas, têm uma proteção especial contra os males, pois são guardiões metafóricos de um futuro nobre nas esferas pessoal e familiar.

Santuário de El Cobre[editar | editar código-fonte]

Basílica Nacional do Santuário de Nossa Senhora da Caridade de El Cobre é um dos locais religiosos mais reverenciados pelo povo cubano. Chegados de diversos territórios da nação, os fiéis buscam na Padroeira de Cuba o consolo espiritual, a solução de seus desejos e problemas que afetam o ser humano. Localizado em El Cobre, município da província oriental de Santiago de Cuba, no promontório de Santiago del Prado, possui três naves, com fachada principal simétrica. Sua estrutura central termina em uma cúpula, as naves laterais são encimadas por torres onde as torres sineiras dominam em um nível inferior.

Seu primeiro santuário em 1906 desabou como resultado de explosões e escavações nas minas. O Santuário de El Cobre foi proclamado basílica em 22 de dezembro de 1977 por Paulo VI.

O atual Santuário de El Cobre, que oferece missa todas as manhãs, foi inaugurado em 8 de setembro de 1927 e possui um altar de prata maciça e outros objetos ornamentais de grande valor. Abaixo da Capela da Virgem encontra-se a chamada Capela dos Milagres, um pequeno recinto onde os fiéis depositam oferendas diferentes: joias de ouro e pedras preciosas, amuletos, entre outras riquezas de valores. Cerca de 500 pessoas visitam o local todos os dias. Os peregrinos levam consigo pequenas pedras da mina, onde brilham as partículas de cobre e as guardam em suas casas em copos de água, bolsos ou bolsas, como proteção contra males ou talvez como uma boa luz para o futuro pessoal e familiar. Em 30 de dezembro de 1977, o Papa Paulo VI enviou o Cardeal Bernardin Gantin, portador da Bula Pontifícia, pela qual o até então Santuário Nacional foi proclamado Basílica Menor.

Em 24 de setembro de 1915, os veteranos da guerra escreveram ao Papa Bento XV para coroar a Virgem da Caridade como Padroeira de Cuba. Em 10 de maio de 1916, foi recebida a resposta afirmativa do Papa para que a Virgem fosse coroada, e foi somente em 24 de janeiro de 1998 que o Papa João Paulo II coroou pessoalmente a Virgem da Caridade na Praça Antonio Maceo, na cidade de Santiago de Cuba.

Sabe-se que a Virgem da Caridade deixou seu santuário apenas cinco vezes:1936, quando foi coroada pelo Arcebispo de Santiago de Cuba.
1952 no quinquagésimo aniversário da República.
1959 participa do Congresso Nacional Católico em Havana.
1998 é coroada pelo Papa João Paulo II na Plaza Antonio Maceo.
2012 está presente na Missa presidida por Bento XVI na Praça Antonio Maceo

Em 2011 houve uma peregrinação da Virgem por toda a ilha por ocasião da comemoração do 400º aniversário de sua aparição, embora a imagem que fez a peregrinação naquela época não fosse a original encontrada em El Cobre, mas uma imagem de La Caridad chamada La Mambisa por ter acompanhado os insurgentes em suas lutas na selva cubana. Esta imagem da Virgem Mambisa está guardada na Igreja do Apóstolo Santo Tomás (Santiago de Cuba).

O Prêmio Nobel de Literatura Ernest Hemingway, que está afetivamente ligado a Cuba, entregou a medalha que concedeu tal distinção à venerada Padroeira. Ele disse então que estava fazendo isso em reconhecimento ao povo cubano, que inspirou sua obra "O Velho e o Mar", pela qual recebeu o maior prêmio de literatura em Estocolmo.

Documento onde a história da descoberta da imagem é narrada
Uma representação típica da Virgem da Caridade do Cobre: enquanto o tempo melhora, a Virgem aparece com rosa claro e azul, o Menino Jesus está vestido de vermelho e os três João estão abaixo deles em seu barco a remo.

O documento onde se narra como "os três Juanes" encontraram a imagem foi encontrado no Arquivo das Índias em Sevilha pelo estudioso cubano Leví Marrero, sob o título Audiencia de Santo Domingo, arquivo 363; Esta é a sua transcrição:
"No lugar das minas de Santiago de Prado, no primeiro dia do mês de abril do ano de mil seiscentos e oitenta e sete, o Beneficiário Juan Ortiz Montejo de la Cámara, Reitor Pároco da Paróquia deste referido lugar, Juiz Comissário, pelo Sr. Licenciado Dom Roque de Castro Machado, Juiz Oficial Provisório, e Vigário Geral da Cidade de Cuba e seu Distrito, por Seus Veneráveis Senhores Decano e Cabido da Santa Igreja Catedral da referida Cidade, encarregado do governo temporal e espiritual deste Bispado, sede vacante, (sinal ilegível) para que seja registrado da aparição e milagres da SS.ma Virgem Maria Mãe de Deus e Nossa Senhora da Caridade e dos Remédios, Apareceu o capitão Juan Moreno, de quem foi jurado por Deus e uma cruz, que ele fez de acordo com a forma da lei, prometeu dizer a verdade do que sabia e foi pedido. Ele foi questionado sobre o seguinte:

Ele foi questionado sobre qual é o seu nome, de onde ele é, que idade, estado e cargo ele tem. Ele disse: que seu nome é Juan Moreno, um escravo negro, natural deste referido lugar, e que ele era capitão deste dito lugar, e que ele tem oitenta e cinco anos e é casado. E isso responde.

Quando perguntado, declare o que você sabe sobre a aparição de Nossa Senhora da Caridade e Remédios. Disse que este depoente sabe que quando tinha dez anos foi como fazendeiro para a Baía de Nipe, que fica na parte norte desta Ilha de Cuba, na companhia de Rodrigo de Hoyos e Juan de Hoyos, que os dois eram irmãos e índios nativos, que iam coletar sal e tinham fazendas em Cayo Francés que fica no meio da dita Baía de Nipe para ir à mina de sal com bom tempo, uma manhã o mar estava calmo, os ditos Cayo Francés deixaram os ditos Cayo Francés antes do nascer do sol, Juan e Rodrigo de Hoyos, e este depoente. Embarcaram em uma canoa para o referido salar, e longe da dita ilhota francesa, viram uma coisa branca na espuma da água que não conseguiam distinguir o que poderia ser, e aproximando-se pareceu-lhes um pássaro e galhos secos. Esses índios disseram, ela parece uma menina, e nesses discursos, quando chegaram, reconheceram e viram a imagem de Nossa Senhora da Santíssima Virgem, com um Menino Jesus nos braços em uma pequena tábua, e na referida tábua algumas letras grandes que o dito Rodrigo de Hoyos leu e disse: "Eu sou a Virgem da Caridade". e suas vestes eram de roupas, eles ficaram maravilhados de que não estivessem molhados. E diante disso, cheios de alegria e alegria, tomando apenas três terços de sal, chegaram ao Hato de Barajagua, onde estava Miguel Galán, prefeito do referido rebanho, e contaram-lhe o que havia acontecido, se tivessem encontrado Nossa Senhora da Caridade. E o dito Prefeito, muito feliz e sem demora, imediatamente enviou Antonio Angola com a notícia da dita Senhora ao Capitão Don Francisco Sánchez de Moya, que administrava as minas daquele lugar, para que ele pudesse providenciar o que tinha que fazer, e enquanto a notícia chegava, eles colocaram na casa de habitação do dito Hato um altar de tábuas, e nele à Santíssima Virgem, com uma luz acesa, e com a notícia mencionada, o dito Capitão, Don Francisco Sánchez de Moya, enviou ordens ao referido Prefeito Miguel Galán para ver uma casa no referido rebanho, e colocar a Imagem de Nossa Senhora da Caridade lá, e que ele deveria tê-la sempre com luz.

E para isso ele lhe enviou uma lâmpada de cobre e a casa foi coberta com guano cercada por tábuas de palmeira. E quando esta Divina Senhora foi colocada em seu altar, o dito índio Rodrigo de Hoyos teve o cuidado de acender a lâmpada, indo à noite reformar a lâmpada, ele não encontrou esta Divina Senhora em seu altar, e o dito Rodrigo de Hoyos gritou para o prefeito e outras pessoas que vieram, até vinte e uma pessoas que estavam no dito Hato de Barajagua, ele disse a eles que a Santíssima Virgem não estava em seu altar. E fazendo todas as tarefas, eles não a encontraram em sua casa. E na manhã seguinte, voltando para casa, eles a encontraram em seu altar, com as roupas molhadas. E isso foi visto duas vezes, milagres dos quais o prefeito Miguel Galán notificou o capitão Don Francisco Sánchez de Moya, que, depois de ter a notícia, providenciou para que o padre Bonilla, religioso de São Francisco, fosse ao dito Hato de Barajagua, e ele não se lembra de seu nome, ele só sabe e lembra que estava administrando o curato deste lugar das Minas de Cobre. e com toda a prevenção de cera ele o despachou acompanhado por toda a Infantaria do Real dessas minas e muitas pessoas de sua cidade para trazer a Santíssima Virgem, como ele fez, em algumas plataformas em procissão e eles a colocaram em um altar na Igreja Paroquial deste lugar, onde tiveram esta Divina Senhora da Caridade enquanto faziam um eremitério para ela, e desejando que fosse em parte para seu santíssimo prazer, eles o recomendaram ao Espírito Santo. E para esse propósito eles fizeram uma festa de missa cantada e sermão, e enquanto planejavam fazer um eremitério sagrado no topo de uma colina que eles chamam de pedreira, três luzes foram vistas acima da colina da mina no lado direito da fonte. E essas luzes apareceram e viram por três noites contínuas para a admiração de todos, e então desapareceram. E para este milagre escolheram o lugar onde se viram as luzes para o eremitério e Santa Casa desta Divina Senhora da Caridade que hoje está naquela colina realizando muitos milagres com os devotos que a chamam, e muitos frequentam esta Santa Casa, vindo às novenas da Cidade de Cuba, a mais ou menos cinco léguas de distância, e da cidade de San Salvador del Bayamo, que fica a mais de trinta léguas de distância. Fazendo perguntas, conte-nos os milagres que chegaram ao seu conhecimento dos muitos que esta Divina Senhora da Caridade realizou com aqueles que invocam seu favor divino desde que ela tem sua Santa Casa na referida colina de La Mina até o presente. Ele disse que há muitos milagres que esta Divina Senhora fez e faz todos os dias, que hoje ela está em sua Santa Casa cerca de dois quarteirões a oeste de onde foi construída a primeira Casa na dita colina da Mina, que foi removida porque o terreno era mais capaz, porque na da primeira Casa era muito perto da mina e arriscado. Como foi visto quando o irmão de Mathias de Olivera estava servindo a Santíssima Virgem da Caridade, encostado a uma cerca de paus que guarnecia a parte da Mina para livrar do perigo aqueles que vinham à primeira Casa, ele dispensou a cerca e nosso irmão Mathias de Olivera caiu na dita mina que é profunda, e como se pode ver com o risco de que se alguém cair parece impossível escapar com vida, e quando caiu havia um arbusto Magüey naquela parte da mina e às vozes que ele deu as pessoas do lugar vieram e o viram segurando um talo Magüey do referido arbusto, e ele estava chamando a Santíssima Virgem da Caridade, e eles o puxaram para fora jogando algumas cordas das quais ele se agarrou e somente pela providência desta Divina Senhora ele poderia permanecer no dito talo de Magüey, sendo tão pequeno, e disse Mathias de Olivera um homem corpulento, que, dando muitas graças a Nossa Senhora da Caridade, disse que assim que se despediu da cerca chamou esta divina Senhora, e se viu no ar mantido no dito talo de Magüey. E soube por ter ouvido dizer, ao irmão Mathias de Olivera e a muitas outras pessoas, que como faltava a manteiga para a lâmpada, que só havia o que estava na lâmpada, que era muito pouco, o dito irmão foi reconhecer a lâmpada, encontrou-a cheia de óleo, e viu-se que o referido óleo durou dois dias contínuos até que veio a manteiga que estava esperando de fora do lugar, e ouviu dizer por um fato muito certo e notório neste lugar, que em duas ocasiões o Irmão Matías de Olivera encontrou esta Divina Senhora da Caridade não estando em seu altar e quando ele veio a encontrou com todas as roupas molhadas, e os que estavam trabalhando na Mina ouviram que o dito irmão disse: De onde você vem, senhora? Como você me deixa aqui sozinho? Por que você suja suas roupas se sabe que não tem outras roupas ou dinheiro para comprá-las? Como você os deixa molhados, de onde você vem molhado? E que isso era tão evidente que as roupas foram distribuídas como relíquias. E em uma ocasião a seca foi tão grande que o rio que passa por este lugar secou, e a fonte que nunca seca secou naquela época e eles passaram por muito trabalho, indo mais de três quartos de légua para buscar água. Decidiu-se fazer uma oração à Mãe de Deus da Caridade, levando-a de sua Santa Casa para a Igreja Paroquial deste lugar e tirando esta Divina Senhora de sua Santa Casa, que teria percorrido cerca de duas léguas, um grande vento se levantou e começou a chover tanto que eles voltaram para a Santa Casa e colocaram a Virgem SS.ma em seu altar. e em um instante o rio subiu e a água seca cessou. São muitos os milagres que esta Divina Senhora realiza, sendo a manteiga de sua lâmpada geral um remédio para todas as doenças. E que devido à morte do Irmão Mathías de Olivera, poucos dias depois entrou o Irmão Melchor de los Remedios, que invocou a Virgem SS.ma. Nossa Senhora da Caridade e dos Remédios, e assim todos a chamariam em todas as suas necessidades e em seu Santíssimo Rosário que rezam a ela todas as tardes em coro em sua Santa Casa, invocam sua Virgem SS.ma. Maria, Mãe de Deus e Senhora da Caridade e dos Remédios. Tudo isso é verdade, e ele afirma isso como cristão.Quando esta declaração foi lida para ele como um verbo ad verbun, ele disse que estava bem escrito e foi ratificado. Ele não assinou porque disse que não sabia escrever. Assine-o, Vossa Misericórdia, que eu atesto. O Beneficiário Juan Ortiz Montejo da Câmara. Antes de mim: Antonio González de Villarroel. Tabelião Público."

Peregrinação à ilha em 2011

O ano de 2012 é o 400º aniversário da descoberta da imagem da Virgem da Caridade de El Cobre. Por ocasião deste feriado religioso, a Conferência dos Bispos Católicos de Cuba (COCC) decidiu declarar o ano de 2012 como o Ano Jubilar Mariano, um ano de festa para toda a Igreja Católica de Cuba.3

O COCC organizou a peregrinação como preâmbulo para este ano de júbilo para a Igreja Católica cubana; um passeio por todo o país da imagem da Virgem da Caridade de El Cobre, padroeira de Cuba. A imagem utilizada era conhecida como "La Mambisa" que se conserva na Igreja de Santo Tomás apóstol (Santiago de Cuba), assim chamada porque era venerada pelos cubanos que lutaram contra o colonialismo espanhol.3

A peregrinação começou em 8 de agosto de 2010 com uma turnê no leste do país e se movendo para o oeste. A imagem foi tirada em uma van condicionada para esse fim e conduzida por José Armando García Fernández, conhecido como "o motorista da Virgem".4​A imagem percorreu 29978 quilómetros por todo o arquipélago nacional, visitando vilas, aldeias, cidades, escolas, hospitais, unidades militares, prisões, lares maternos, capelas, conventos, etc.

Em 17 de julho, a imagem entrou na parte ocidental do país quando percorreu a Diocese de Matanzas até 4 de setembro de 2011, quando sua imagem foi entregue por Dom Manuel Hilario de Céspedes García-Menocal, bispo de Matanzas, a Dom Juan de Dios Hernández, bispo auxiliar da Arquidiocese de Havana. A passagem da imagem foi realizada na comunidade de Niña Sierra. De lá, percorreu brevemente El Límite, Entronque e Matadero até ser levado para a cidade de Madruga, onde Monsenhor Juan de Dios Hernández entregou oficialmente a imagem e uma estola para Sua Eminência o Cardeal Jaime Ortega Alamino, Arcebispo de Havana. A estola acompanhou todos os pastores durante o passeio pela imagem e foi passada de um para outro até sua última celebração.5

No dia 8 de setembro, dia em que a Igreja celebra sua festa em Cuba, a imagem estava na Villa de San Julián de Güines, onde visitou as cidades de Bizarrón, Osvaldo Sánchez, Juan Borell e Roberto Rodríguez. A Eucaristia foi presidida por Monsenhor Juan de Dios Hernández no parque central.6

Em 18 de setembro de 2011, a imagem foi tirada no catamarã "Río Júcaro" para a Ilha da Juventude, sendo recebida no porto de Girona por centenas de pessoas. A imagem ficou na ilha até o dia 20, durante o primeiro dia a Santa Missa foi celebrada na Plaza de Nueva Gerona, a principal cidade do local.

A imagem continuou sua jornada por toda a parte sul da Arquidiocese de Havana. No final, foi entregue pelo cardeal Ortega a dom Jorge Enrique Serpa, bispo de Pinar del Río, em 2 de outubro em El Blanquizal. No jornal "El Artemiseño", semanário do Comitê Provincial do Partido Comunista de Cuba, foi anunciada a chegada da imagem à área. Bem como a participação da Banda de Concerto Municipal na sua recepção.7

No dia 3 partiu para a paróquia de Artemisa, onde permaneceu por dois dias. Em seguida, ela foi recebida em Candelaria, em turnê por CayajabosSoroa e Las Terrazas. Em seguida, chegou a San Cristóbal e assim por diante, em Los Palacios, até chegar em 12 de outubro a Consolación del Sur pela área de La Herradura. Visitou o Hospital Provincial Abel Santamaría e o Hospital Pediátrico Pepe Portilla. Em 20 de outubro, ele chegou à comunidade de San Luis. Em 21 de outubro, ela visitou San Juan y Martínez, e a imagem teve que parar em frente a pequenos grupos de casas e escolas rurais onde grupos de 20 crianças deram as mãos, fazendo o carro voltar para que pudessem vê-lo melhor.8​No domingo, 23 de outubro, a imagem foi levada para o Cabo de San Antonio, a ponta oeste de Cuba, onde está localizado o Farol de Roncali. De lá, ele visitou as comunidades de Guane, Mântua, Minas, Santa Lúcia. No Vale Luis Lazo, a imagem foi levada até para a casa de um leigo católico que não podia ir à igreja paroquial, então foi decidido levar a imagem para sua própria casa. Ele então visitou a prisão de Kilo 5. Durante este passeio, os artistas de Pinar del Río realizaram várias atividades na cidade provincial, como uma Gala Cultural no átrio da Catedral, uma exposição de pinturas na Casa da Cultura e uma Cantata do Coro diocesano.8​No dia 30 de outubro, a Eucaristia foi celebrada no Estádio Provincial Capitán San Luis, onde a imagem foi carregada por seis dos melhores jogadores de beisebol da província. A missa foi concelebrada pelo bispo de Pinar del Río, dom Jorge E. Serpa, pelo bispo emérito dom José Siro, dom Bruno Musarò, pelo núncio do Papa em Cuba, monsenhor Juan de Dios Hernández, entre outros. A celebração foi anunciada por Monsenhor Serpa na estação de rádio local Rádio Guamá, bem como pelo jornal Guerrillero, órgão provincial do PCC. Da Santa Missa no estádio, a imagem foi levada para a paróquia do Sagrado Coração de Jesus em Viñales, visitando Puerto Esperanza e San Cayetano. De lá, foi levado para La Palma e Bahía Honda.
Nossa Senhora da Caridade do Cobre é venerada na cidade de Azanos, na ilha de Tenerife (Espanha).

Em 4 de novembro de 2011, o cardeal Ortega Alamino, em uma transmissão do canal Cubavisión da televisão nacional, anunciou a chegada da imagem à Arquidiocese de Havana.9

Em 6 de novembro, a diocese de Pinar del Río abandonou a imagem na cidade de Menelao Mora. Em Playa Baracoa foi o primeiro encontro. Nesse mesmo dia, a imagem visitou a Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM).10​A imagem visitou o Instituto de Medicina Tropical "Pedro Kourí", onde as Irmãs da Caridade cuidam de pacientes com HIV. Na comunidade de Arroyo Arenas, ela se despediu com a Missa da Aurora. No dia 13 de novembro, na Avenida 124, no município de Marianao, foi concelebrada uma Eucaristia por Dom Juan de Dios Hernández, Monsenhor Carlos Manuel de Céspedes García-Menocal e presidido pelo Cardeal Ortega. De lá, continuou em procissão até o cruzamento da 100 com a 61 para entrar no bairro de Pogolotti.11

Vários quarteirões estavam cheios de pessoas na noite de 17 de novembro, quando a imagem viajou pela estrada Diez de Octubre, anteriormente Jesús del Monte. Da paróquia de Jesus del Monte partiu para a Igreja do Sagrado Coração de Jesus e São Paulo da Cruz, conhecida como "Os Passionistas". No cruzamento das avenidas Lacret, Dolores e Diez de Octubre, o cardeal se juntou à praça em frente à Igreja Passionista, de onde mais tarde entrou no templo.12​A imagem foi transferida dos Passionistas para uma casa de freiras teresianas no bairro de Lawton, onde permaneceu das 14h do dia 18 de novembro até as 20h, onde o padre Evelio Rodríguez, entregou a imagem, no cruzamento das ruas Dolores e 16 para Frei Silvano Castelli ofm conv., pároco de Santa Clara de Assis em Lawton. O cardeal acompanhou a procissão até a entrada do templo, de onde dirigiu algumas palavras aos presentes. A imagem permaneceu nesta comunidade até o dia seguinte, sendo visitada por mais de 10 mil pessoas. No dia seguinte, após a Missa da Aurora, ela foi entregue à comunidade vizinha de Santa Lúcia.

Em 21 de novembro, a imagem visitou o município de Arroyo Naranjo depois de terminar seu passeio no Diez de Octubre. No dia 24 visitou o Hospital de San Juan de Dios, depois La Milagrosa, San Juan Bosco, entre muitos outros. No dia 30, visitou o Hospital Cardiovascular, o Hospital Oncológico-Neurológico e o Fajardo. No dia 1º de dezembro, a imagem chegou ao Convento de San Juan de Letrán no dia 19 e I em Vedado, de lá foi transferida para o Hospital Universitário Calixto García Íñiguez de onde partiu para a Escadaria da Universidade de Havana onde foi recebida por uma multidão de estudantes universitários, professores e estudantes. apesar de não conseguir subir mais de 11 degraus porque as autoridades universitárias o impediram. O Reitor Dr. Gustavo Cobreiro, apesar disso, esteve com o Cardeal, religiosos, seminaristas, estudantes, professores e os Padres Dominicanos.13

A imagem foi recebida na sede do Balé Nacional de Cuba pela primeira bailarina assoluta Alicia Alonso, seu marido Pedro Simón, Miguel Barnet, o presidente do Sindicato Nacional de Escritores e Artistas de CubaJosé María Vitier e membros do Balé.14Alicia Alonso pediu para tocar a imagem e poder sentir seu rosto.

Nos dias 6, 7 e 8 de dezembro, a imagem da Virgem Mambisa permaneceu na Basílica Menor da Virgem da Caridade de El Cobre, no Município de Centro Habana.

A imagem visitou o Combinado del Este em Havana, a maior prisão de Cuba; o Hospital Clínico Cirúrgico Joaquín Albarrán; a prisão "El Roble"; a comunidade de Tapaste; o Cacahual, o local de descanso do tenente-general Antonio de la Caridad Maceo y Grajales e seu assistente Panchito Gómez Toro, filho do generalíssimo Máximo Gómez Báez; o Santuário de El Rincón com seu leprosário; Wajay, a Praça José Martí15e muitos outros lugares. Em 23 de dezembro, a imagem cruzou a Baía de Havana.

No dia 29 de dezembro, às 21h00, foi realizada uma noite cultural na praça da Catedral de Havana preparada por um grupo de artistas cubanos como José María VitierAmaury PérezCarlos Varela, o grupo Compay SegundoX AlfonsoOmara Portuondo e Augusto Enríquez.16

Em 30 de dezembro de 2011, com uma celebração solene e numerosa na Avenida del Puerto, a peregrinação culminou. O cardeal Ortega presidiu a celebração e Monsenhor Dionisio García concelebrou com ele; o resto dos bispos cubanos; Monsenhor Bruno Musarò, núncio apostólico de Bento XVI; o arcebispo de MiamiThomas Wenski; bem como a maioria do clero de Havana. Religiosos e leigos e consagradas de Havana e lugares próximos participaram da celebração. Autoridades do governo cubano estavam presentes, incluindo o vice-presidente cubano Esteban Lazo, Mercedes López Acea, o ministro das Relações Exteriores cubano Bruno Rodríguez Parrilla, Homero Acosta e o historiador da cidade de Havana 
Eusebio Leal Spengler

Na celebração, José Armando, o condutor da Virgem, foi agradecido pelo seu sacrifício e pelo da sua família durante todo o tempo da Peregrinação. Ao mesmo tempo, foi anunciado o reconhecimento e a aprovação pela Congregação para o Culto Divino do título de Basílica Menor à paróquia da Caridade de Havana.1718

Sincretismo na Santeria Oxumorixá venerado na Santeria. É sincretizado com a Virgem da Caridade de El Cobre.

No sincretismo da religião afro-cubana de origem iorubá conhecida como Santeria, a Virgem da Caridade de El Cobre está associada ao orixá Oxum, que reina sobre águas doces, riachos, nascentes e rios.

A festa da Virgem da Caridade de El Cobre e a celebração de Oxum são celebradas em Cuba no dia 8 de setembro sob a mesma celebração, por ocasião da transculturação e sincretismo religioso entre as religiões católica e iorubá que aconteceu na população cubana.

Notas
 Ouro Rosa
O historiador hispano-americano, revisão acessada em 5 de novembro de 2009.
↑ Saltar a:Para b Revista Palabra Nueva, Ano XX, Dezembro/2011, nº 213, p. 6-8
 Revista Palabra Nueva, Ano XX, Janeiro/2012, No. 214, p. 4
 Revista Palabra Nueva, Ano XX, Setembro/2011, No. 210, p. 14-17
 Revista Palabra Nueva, Ano XX, Setembro/2011, No. 210, p. 20
 Weekly El artemiseño, 20-26 de setembro de 2011
↑ Saltar a:Para b Revista Vitral, outubro-dezembro, ano XVIII, nº 104, 2011, p.35-43
 http://www.cubadebate./noticias/2011/11/04/cardenal-ortega-anuncia-llegada-a-la-habana-de-imagen-de-la-virgen-de-la-caridad-del-cobre
 Revista Palabra Nueva, Ano XX, Novembro/2011, No. 212, p. 13-14
 Revista Palabra Nueva, Ano XX, Novembro/2011, No. 212, p. 14-15
 Sobre nós hoje - Segmento de notícias do site da http://www.iglesiacubana.org/ do COCC
 Revista Palabra Nueva, Ano XX, Dezembro/2011, No. 213, p. 20-22
 Revista Palabra Nueva, Ano XX, Dezembro/2011, No. 213, p.23
 http://www.cubadebate./fotorreportajes/2011/12/03/la-virgen-mambisa-llega-a-la-plaza-de-la-revolucion
 http://www.cubadebate./noticias/2011/12/29/musicos-cubanos-honran-a-la-virgen-de-la-caridad-con-un-concierto-en-la-habana
 http://www.cubadebate./noticias/2011/12/31/concluye-peregrinacion-de-la-virgen-mambisa-recorrio-30-000-kilometros/#comments
 Revista Palabra Nueva, Ano XX, Janeiro/2012, No. 214, p.4

Ver tambémBasílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Caridade de El Cobre
Arquidiocese de Santiago de Cuba
Igreja de São Tomé Apóstolo (Santiago de Cuba)

Ligações externasNossa Senhora da Caridade do Cobre: Site Oficial - Igreja Católica Cubana
Nossa Senhora da Caridade do Cobre: Padroeira de Cuba
Virgem da Caridade de El Cobre, Rainha e Padroeira de Cuba
História de Nossa Senhora da Caridade (link morto disponível no Internet Archive; veja históriaprimeira e última versão).
História da devoção
Duas histórias de fé
Documento do Arquivo das Índias de Sevilha
Galeria de fotos do Santuário Nacional de Nossa Senhora da Caridade de El Cobre
Oração à Virgem da Caridade de El Cobre e relação histórica com Oxum


Pátria Mãe Gentil e a verdadeira independência? Quando virá?...Ame.


Independência verdadeira foi na Bahia.


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