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Candidato pode fazer propaganda eleitoral em igreja?
Saiba o que diz a lei
Campanhas irregulares podem resultar em anulação da candidatura
A utilização de espaços religiosos para fins de campanha uma forma de abuso de poder religioso, de acordo com a Justiça Eleitoral.
No entanto, apesar da proibição de publicidades eleitorais em igrejas, os candidatos podem participar de eventos como cultos ou missas, desde que façam como qualquer outro cidadão, sem utilizar a ocasião para promover campanhas, distribuir material de campanha ou realizar qualquer outra forma de manifestação eleitoral.
Caso um candidato realize propaganda em locais religiosos, pode enfrentar penalidades, incluindo multas que variam de R$ 2 mil a R$ 8 mil reais, e até a possível anulação da candidatura.
Essa regra também se aplica à propaganda em outros locais públicos, como postes de iluminação, viadutos, passarelas, pontes e pontos de ônibus, onde é proibido veicular qualquer tipo de propaganda, positiva ou negativa.
Como denunciar propagandas irregulares
As infrações podem ser denunciadas por qualquer pessoa ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que disponibiliza três ferramentas para denúncia:
- É possível ligar no SOS Voto, no número 1491. A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer lugar do país.
- Também é possível denunciar pela internet, através do Sistema de Alertas de Desinformação Eleitoral – SIADE,
- Ou pelo app ou site, Pardal Web.
Na dúvida, consulte L9504 (planalto.gov.br)
Medalha da Amizade
Dilma Rousseff recebe maior honraria estatal de Xi Jinping na China.
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China revela um poderoso caça "Invisível" - É o fim da supremacia aérea americana?
História de Realidade Militar
O mundo da aviação militar está em constante evolução, e recentemente, a China deu um salto gigantesco com o desenvolvimento do seu caça J-20, carinhosamente apelidado de "Dragão Poderoso". Este artigo mergulha fundo nas características, história e implicações estratégicas deste impressionante avião de combate que está redefinindo o equilíbrio de poder global. Se preferir, assista o vídeo abaixo para conhecer melhor esse poderoso caça:
A Gênese do Dragão
O projeto do J-20 teve início nos últimos anos da década de 1990, sob o codinome "JXX". A ambição era clara: criar um caça furtivo de quinta geração capaz de rivalizar com os melhores do mundo, especialmente os famosos F-22 Raptor e F-35 Lightning II dos Estados Unidos.
A tarefa hercúlea foi confiada à renomada Chengdu Aerospace Corporation, já conhecida por seus sucessos anteriores na indústria aeroespacial chinesa. A equipe de engenheiros e designers enfrentou desafios monumentais, especialmente considerando que a tecnologia furtiva era um território praticamente inexplorado para a China na época.
Marcos Históricos:
- 22 de dezembro de 2010: Primeiro protótipo testado
- 11 de janeiro de 2011: Voo inaugural, pilotado pelo lendário Le Gang
- 2017: Entrada em serviço ativo na Força Aérea do Exército Chinês
O Dragão Desvendado: Características Técnicas
O J-20 não é apenas mais um avião de combate. É uma obra-prima da engenharia aeronáutica, repleta de inovações tecnológicas que o colocam na vanguarda da aviação militar mundial.
Design Furtivo de Ponta
- Asa em formato de diamante para minimizar a assinatura de radar
- Materiais absorventes de radar e revestimentos especiais
- Tecnologia de camuflagem avançada
Propulsão Revolucionária
- Motor turbofan WS-10C
- Capacidade de empuxo vetorial
- Tecnologia "super cruise" para voos supersônicos sem pós-combustão
- Velocidade máxima superior a Mach 2
Arsenal Tecnológico
- Radar AESA (Active Electronically Scanned Array) de última geração
- Sistemas de guerra eletrônica altamente sofisticados
- Displays de capacete com realidade aumentada
- Compatibilidade com uma vasta gama de mísseis ar-ar e bombas guiadas de precisão
O Dragão vs. As Águias: J-20 x F-22 e F-35
Naturalmente, surgem comparações entre o J-20 e seus rivais americanos, o F-22 Raptor e o F-35 Lightning II. Embora seja difícil fazer uma avaliação definitiva sem acesso a dados classificados, podemos destacar alguns pontos interessantes:
Vantagens do J-20:
- Maior tamanho, proporcionando maior alcance e capacidade de armamento
- Manobrabilidade excepcional, graças ao design canard-delta e empuxo vetorial
- Sistemas de guerra eletrônica possivelmente superiores
Desafios do J-20:
- Possíveis limitações na furtividade em determinados ângulos
- Motores ainda não equiparáveis aos americanos em termos de empuxo e confiabilidade
É importante notar que essas comparações são especulativas e baseadas em informações disponíveis publicamente. O verdadeiro desempenho do J-20 em combate real permanece uma incógnita.
Impacto Estratégico: Redefinindo o Xadrez Geopolítico
O surgimento do J-20 não é apenas uma conquista tecnológica para a China; é um evento geopolítico de proporções globais. Vejamos como este "Dragão Poderoso" está alterando o panorama estratégico mundial:
- Desafio à Hegemonia Aérea Americana: Pela primeira vez em décadas, os EUA enfrentam uma ameaça real à sua supremacia aérea, especialmente na região do Indo-Pacífico.
- Nova Corrida Armamentista: O sucesso do J-20 está impulsionando outros países, como Rússia, Índia e Japão, a acelerarem seus próprios programas de caças de quinta geração.
- Revolução na Guerra Eletrônica: As capacidades avançadas de guerra eletrônica do J-20 destacam a crescente importância do domínio do espectro eletromagnético em conflitos futuros.
- Símbolo do Poder Chinês: O J-20 é mais do que um avião; é uma declaração clara das ambições globais da China e de sua capacidade de inovação tecnológica.
- Rumo a um Mundo Multipolar: A existência do J-20 contribui para a formação de um mundo mais equilibrado em termos de poder militar, desafiando a noção de uma superpotência única.
O Futuro nos Céus: Perspectivas e Reflexões
O J-20 "Dragão Poderoso" marca o início de uma nova era na aviação militar. Sua presença nos céus asiáticos e, potencialmente, em outras partes do mundo, será um lembrete constante da mudança nas dinâmicas de poder global.
Algumas questões permanecem:
- Como os EUA e seus aliados responderão a este novo desafio?
- Qual será o papel do J-20 em possíveis conflitos futuros?
- Como a tecnologia do J-20 influenciará o desenvolvimento de aeronaves civis?
Uma coisa é certa: o J-20 não é apenas um produto da engenharia chinesa, mas um símbolo do século XXI - um século onde o equilíbrio de poder está em constante fluxo e onde a inovação tecnológica pode redefinir o curso da história.
À medida que o "Dragão Poderoso" continua a evoluir e a se multiplicar nos céus da China, o mundo observa atentamente. O futuro da guerra aérea, e talvez o futuro das relações internacionais, pode muito bem ser moldado pelas asas deste formidável caça chinês.
Confira o comparativo dos principais índices econômicos e sociais do país asiático em 1949, ano da fundação da República Popular da China, e em 2024, e os planos estratégicos que orientaram esse sucesso
Créditos: Fotomontagem (VCG e Xinhua) - De um país rural e famélico em 1949 à segunda potência mundial com indústria robotizada, a China é vitrine do sucesso do socialista chinês
Por Iara Vidal
Escrito en GLOBAL el 30/9/2024 · 14:12 hs
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Desde 1949, com a vitória da Guerra de Libertação Popular e a fundação da República Popular da China, o país asiático alcançou uma série de avanços significativos em diversos setores, que contribuíram para sua transformação de um país pobre e feudal em uma potência global.
Estabilização econômica e recuperação pós-guerra: Nos primeiros anos após a fundação da República Popular da China, o governo centralizou a economia e combateu com sucesso a hiperinflação, estabilizando os preços e restabelecendo a ordem econômica. Esse esforço preparou o terreno para os futuros planos quinquenais que impulsionaram a industrialização do país
Reformas agrárias e aumento da produção agrícola: O movimento de reforma agrária redistribuiu terras dos proprietários ricos para os camponeses, o que permitiu a China alimentar uma vasta população, superando desafios históricos relacionados à fome e à pobreza rural.
Industrialização e crescimento econômico acelerado: A China optou por uma estratégia de industrialização planejada pelo Estado, com forte ênfase na indústria pesada, especialmente durante os primeiros planos quinquenais (1953-1957). Na década de 1980, com as reformas de Deng Xiaoping, o país passou por uma abertura econômica que acelerou seu crescimento e ampliou sua inserção internacional. Entre 1990 e 2009, a indústria chinesa representou cerca de 46% do PIB, enquanto a média global foi de 29%
Crescimento da manufatura: O setor manufatureiro chinês, especialmente nas indústrias químicas, metal-mecânicas e eletroeletrônicas, teve um papel fundamental no crescimento econômico, registrando um aumento médio anual de 9,5% entre 1991 e 2007.
Tecnologia e inovação: Nas últimas décadas, a China tem se concentrado na promoção da ciência e da tecnologia, consolidando sua posição como líder global em áreas estratégicas, como a tecnologia espacial e a automação industrial. As políticas industriais do país foram cruciais para garantir essa autonomia tecnológica.
Esses avanços colocam a China em uma posição de destaque no cenário global, com conquistas impressionantes em termos de industrialização, modernização e redução da pobreza.
A transformação da China em 75 anos de socialismo
De um país paupérrimo a uma potência mundial, os avanços da Nova China não foram milagrosos, mas fruto de trabalho árduo, com erros e acertos e muito planejamento. Confira um comparativo dos principais índices econômicos e sociais do país asiático em 1949 (ano da fundação da República Popular da China) e em 2024
Produto Interno Bruto (PIB)
- 1949: Estimativas sugerem que o PIB da China estava em torno de 30 bilhões de dólares
- 2024: O PIB chinês é estimado em cerca de 17 trilhões de dólares, tornando-se a segunda maior economia do mundo
PIB per capita
- 1949: O PIB per capita era muito baixo, estimado em cerca de 50 dólares por pessoa
- 2024: O PIB per capita atingiu aproximadamente 12 mil dólares, refletindo um aumento significativo no padrão de vida da população.
População
- 1949: A China tinha cerca de 540 milhões de habitantes.
- 2024: A população é estimada em aproximadamente 1,41 bilhão de pessoas.
Taxa de alfabetização
- 1949: A taxa de alfabetização era inferior a 20% da população.
- 2024: A taxa de alfabetização subiu para mais de 96%, com vastos investimentos em educação ao longo das décadas.
Expectativa de vida
- 1949: A expectativa de vida média era de 35 anos a 40 anos.
- 2024: A expectativa de vida subiu para cerca de 78 anos, refletindo melhorias na saúde pública e bem-estar.
Taxa de pobreza
- 1949: A pobreza extrema era predominante, com a maior parte da população vivendo abaixo da linha da pobreza.
- 2024: A pobreza extrema foi praticamente erradicada, com menos de 1% da população vivendo nessa condição após décadas de políticas de redução da pobreza.
Setor agrícola vs. industrial
- 1949: O setor agrícola era a base da economia, representando mais de 50% do PIB e empregando a maioria da população.
- 2024: A agricultura representa apenas cerca de 7% do PIB, enquanto o setor industrial e de serviços dominam a economia.
Taxa de urbanização
- 1949: Menos de 12% da população vivia em áreas urbanas.
- 2024: Cerca de 65% da população vive em áreas urbanas, como resultado de rápidas migrações internas e desenvolvimento de cidades.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
- 1949: O conceito de IDH não existia na época, mas as condições de vida indicariam um baixo nível de desenvolvimento humano.
- 2024: O IDH da China é de 0,768, colocando o país na categoria de desenvolvimento humano elevado.
Infraestrutura
- 1949: A infraestrutura do país era subdesenvolvida, com poucas estradas pavimentadas e uma rede de ferrovias limitada.
- 2024: A China tem uma das maiores redes de infraestrutura do mundo, incluindo mais de 150 mil km de estradas de alta velocidade, além de sistemas ferroviários e aeroportos modernos.
Esse comparativo evidencia o gigantesco salto da China desde 1949 em termos de desenvolvimento econômico e social, transformando-se de uma nação predominantemente agrícola e empobrecida para uma das maiores economias e potências industriais do mundo.
Planos Quinquenais
Essas transformações profundas na vida do povo chinês com desenvolvimento econômico e social foram feitas por meio de uma série de planos quinquenais (Five-Year Plans - FYPs, da sigla em inglês) desde 1953. Estes planos traçam as diretrizes estratégicas para a economia, indústria, agricultura e tecnologia.
Primeiro Plano Quinquenal (1953-1957)
- Industrialização pesada e recuperação econômica pós-guerra.
- Foco na construção de indústrias básicas, como siderurgia e carvão, com apoio soviético.
- Desenvolvimento da infraestrutura, incluindo ferrovias e barragens.
- Avanços na produção industrial, mas a agricultura sofreu com menor investimento.
Segundo Plano Quinquenal (1958-1962)
- "Grande Salto Adiante" (leia abaixo) para transformar rapidamente a China em uma potência industrial.
- Esforço para coletivizar a agricultura e expandir rapidamente a produção industrial.
- Fome generalizada e falhas na produção agrícola, com consequências econômicas graves
Terceiro Plano Quinquenal (1966-1970)
- Recuperação dos problemas do "Grande Salto Adiante".
- Investimentos na defesa nacional e construção de infraestrutura militar.
- Desenvolvimento mais moderado, com foco no fortalecimento da indústria pesada.
Quarto Plano Quinquenal (1971-1975)
- Reforço da infraestrutura e da agricultura.
- Expansão da produção agrícola e foco em melhorar o padrão de vida.
- Melhora parcial na agricultura, mas ainda sob pressão política interna (Revolução Cultural, leia abaixo).
Quinto Plano Quinquenal (1976-1980)
- Reconstrução após a Revolução Cultural.
- Modernização e recuperação econômica.
- Início das reformas econômicas sob Deng Xiaoping, movendo o país em direção a uma economia de mercado.
Sexto Plano Quinquenal (1981-1985)
- Reformas econômicas e abertura.
- Foco em produtividade agrícola e introdução de elementos de mercado.
- Crescimento econômico acelerado e aumento na produtividade.
Sétimo Plano Quinquenal (1986-1990)
- Modernização industrial e tecnológica.
- Abertura econômica e expansão das Zonas Econômicas Especiais.
- Aumento dos investimentos estrangeiros e crescimento contínuo.
Oitavo Plano Quinquenal (1991-1995)
- Crescimento estável e reforma das empresas estatais.
- Reestruturação de setores-chave da economia e abertura ao comércio exterior.
- Desenvolvimento econômico sustentável e avanço da reforma do setor público.
Nono Plano Quinquenal (1996-2000)
- Continuidade nas reformas e manutenção do crescimento econômico.
- Foco em inovação tecnológica e modernização das indústrias.
- Adoção da economia de mercado e grandes avanços na infraestrutura.
Décimo Plano Quinquenal (2001-2005)
- Desenvolvimento equilibrado e sustentável.
- Preparação para a entrada na OMC e estímulo ao crescimento interno.
- Integração ao comércio global, com crescimento robusto das exportações.
Décimo Primeiro Plano Quinquenal (2006-2010)
- Reduzir disparidades regionais e promover a inovação.
- Aumento dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento e melhorias ambientais.
- Crescimento do setor tecnológico e maior ênfase em sustentabilidade.
Décimo Segundo Plano Quinquenal (2011-2015)
- Transformar o padrão de crescimento econômico.
- Foco em inovação, tecnologia verde e economia de baixo carbono.
- Avanços nas energias renováveis e aumento da sustentabilidade.
Décimo Terceiro Plano Quinquenal (2016-2020)
- Inovação e reequilíbrio econômico.
- Foco em crescimento sustentável, urbanização e aumento do consumo interno.
- Expansão tecnológica, fortalecimento do setor de serviços e maior urbanização.
Décimo Quarto Plano Quinquenal (2021-2025)
- Modernização e independência tecnológica.
- Aumentar a autossuficiência em tecnologia, como semicondutores, e fortalecer o crescimento verde.
- Estratégias de crescimento autossuficiente e foco na neutralidade de carbono.
Esses planos quinquenais destacam a evolução da China de uma economia centralizada para uma potência global integrada ao comércio mundial, com avanços significativos em tecnologia, infraestrutura e sustentabilidade.
Lições do "Grande Salto Adiante"
O "Grande Salto Adiante" foi uma campanha de desenvolvimento econômico e social lançada em 1958 pelo Partido Comunista da China (PCCh), sob a liderança de Mao Zedong. O objetivo principal era transformar rapidamente a China de uma sociedade agrária em uma potência industrial através da coletivização da agricultura e da industrialização em larga escala.
O Grande Salto Adiante foi concebido como uma maneira de aumentar drasticamente a produção agrícola e industrial em um curto período, para superar o atraso econômico e alcançar o nível de desenvolvimento das potências ocidentais.
A proposta central envolvia a criação de comunas populares, onde agricultores deveriam trabalhar coletivamente, e o incentivo à produção em massa de aço em pequenas fundições caseiras, na tentativa de dobrar a produção do país em curto prazo.
No entanto, as autoridades chinesas reconhecem que a campanha foi mal planejada e levou a uma série de erros. A produção agrícola caiu drasticamente devido à falta de conhecimento técnico adequado, má gestão das políticas de produção e condições climáticas desfavoráveis. Esses fatores, somados à relutância das lideranças locais em relatar falhas, resultaram em uma grande fome que matou milhões de pessoas entre 1959 e 1961.
O "Grande Salto Adiante" é lembrado na história chinesa como uma tentativa ambiciosa, mas fracassada, de acelerar o desenvolvimento econômico. Hoje, o governo chinês reconhece que os métodos empregados eram excessivamente radicais e que erros foram cometidos.
Lições da Revolução Cultural
A Revolução Cultural (1966-1976), oficialmente chamada de "Grande Revolução Cultural Proletária", foi uma campanha política e social liderada por Mao Zedong com o objetivo de reafirmar o controle do PCCh e reavivar o espírito revolucionário socialista, eliminando influências burguesas e revisionistas dentro do partido e da sociedade.
Mao via o PCCh e o país caminhando em direção a um "revisionismo capitalista" e acreditava que era necessário renovar o fervor revolucionário e eliminar elementos que se desviavam da ideologia socialista. Ele incentivou o movimento das Guardas Vermelhas, compostas majoritariamente por jovens, para enfrentar figuras da burocracia estatal e educadores que promoviam ideias contrarrevolucionárias.
A Revolução Cultural foi inicialmente vista como uma maneira de engajar as massas, especialmente a juventude, em um esforço para manter vivo o espírito revolucionário. De fato, o movimento conseguiu limpar o PCCh e o governo de elementos burgueses e restaurar a pureza ideológica do socialismo. Apesar do caos inicial, a liderança de Mao foi reafirmada, e o PCCh manteve o controle após um período de instabilidade interna.
A economia chinesa foi gravemente afetada, com produção agrícola e industrial interrompidas. Escolas e universidades foram fechadas, e houve perseguição de professores, intelectuais e profissionais.
As autoridades chinesas posteriores à Revolução Cultural reconheceram os erros cometidos durante o movimento. Deng Xiaoping e outros líderes usaram o período como um exemplo de como o radicalismo pode desestabilizar uma sociedade e um partido.
A partir da década de 1980, a China adotou políticas de reforma e abertura, com o objetivo de garantir o crescimento econômico e a estabilidade social, aprendendo com os erros da Revolução Cultural para evitar futuras campanhas políticas desastrosas.
Hoje, a Revolução Cultural é oficialmente vista como um período de "grande turbulência", mas que faz parte da história da China.
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'É inexplicável' a falta de autoridade da ONU para mediar conflito envolvendo Israel, diz Lula
História de Leonardo Ribbeiro
• 20 h • 2 minutos de leitura
'É inexplicável' a falta de autoridade da ONU para mediar conflito envolvendo Israel, diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como “inexplicável” o fato de o Conselho de Segurança das Nações Unidas não ter, segundo ele, “autoridade” para fazer com que Israel se sente à mesa para conversar. “O que eu lamento é o comportamento do governo de Israel. Sinceramente, é inexplicável que o Conselho da ONU não tenha autoridade moral e política de fazer com que Israel, sempre uma medida para conversar, a invés de saber matar”, disse. Lula também foi questionado sobre a operação que está sendo organizada pelo Brasil para resgatar brasileiros que estão no Líbano. “Nós vamos fazer isso [repatriar brasileiros] em todos os lugares que for preciso”, completou. As declarações foram dadas na Cidade do México, nesta terça-feira (1), de onde participou da cerimônia de posse da nova presidente do país, Cláudia Sheinbaum. Em discurso realizado no domingo (22) em Nova York durante a abertura da Cúpula do Futuro da ONU, que precede a Assembleia Geral, Lula apontou que atualmente “a maioria dos órgãos carece de autoridade e meios de implementação para fazer cumprir suas decisões”. “A Assembleia Geral perdeu sua vitalidade e o Conselho Econômico e Social foi esvaziado. A legitimidade do Conselho de Segurança encolhe a cada vez que ele aplica duplos padrões ou se omite diante de atrocidades”, afirmou o presidente. https://www.youtube.com/watch?v=d57jWtfontw Lula disse que a “pandemia, os conflitos na Europa e no Oriente Médio, a corrida armamentista e a mudança do clima escancaram as limitações das instâncias multilaterais”. Ele ainda apontou, antes de ter seu microfone cortado por estourar o limite de tempo, que o Sul Global “não está representado de forma condizente com seu atual peso político”. Dentre as reivindicações de Lula, a reforma do Conselho de Segurança é uma das mais antigas de sua agenda. Durante seus dois primeiros mandatos, o petista já defendia a reestruturação do órgão e buscava que o país ocupasse um dos assentos permanentes do Conselho. Desde a sua criação, o corpo é formado por dez países que rodam em suas cadeiras e cinco permanentes. São eles Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França. Os chamados P5 possuem poder de veto para as decisões de um dos poucos órgãos diplomáticos que podem tomar decisões de caráter mandatário na comunidade internacional. https://stories.cnnbrasil.com.br/eleicoes-2024/quase-15-milhao-de-eleitores-com-deficiencia-poderao-votar-em-outubro/
Vídeo relacionado: Lula 'lamenta' falta de ação da ONU para fazer Israel iniciar negociações (Dailymotion)
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Morto per la libertà (Daquele que morreu pela liberdade)
"A maioria dos órgãos carece de autoridade e meios de implementação para fazer cumprir suas decisões. A Assembleia Geral perdeu sua vitalidade e o Conselho Econômico e Social foi esvaziado. A legitimidade do Conselho de Segurança encolhe a cada vez que ele aplica duplos padrões ou se omite diante de atrocidades", havia disparado o presidente.
"O Sul Global não está representado de forma condizente com seu atual peso político, econômico e demográfico. A Carta da ONU não faz referência à promoção do desenvolvimento sustentável. Precisamos de coragem e vontade política para mudar, criando hoje o amanhã que queremos. O melhor legado que podemos deixar às gerações futuras é uma governança capaz de responder de forma efetiva aos desafios que persistem e aos que surgirão. Muito obrigado", finalizou Lula.
"Agradeço ao Secretário-Geral António Guterres pela iniciativa de promover esta Cúpula do Futuro.
Cumprimento a Alemanha e a Namíbia, por meio do chanceler Olaf Scholz e do presidente Nangolo Mbumba, por conduzirem o processo que nos trouxe até aqui.
Há quase vinte anos, o então Secretário-Geral Kofi Annan nos convidou a pensar em como revigorar o multilateralismo para fazer frente aos desafios do novo milênio.
Naquela ocasião, ressaltei nesta tribuna a necessidade de reformas para que a ONU pudesse cumprir seu papel histórico.
Aquela reflexão conjunta rendeu frutos como a Comissão de Consolidação da Paz e o Conselho de Direitos Humanos.
Outras ideias não saíram do papel.
Temos duas grandes responsabilidades perante aqueles que nos sucederão.
A primeira é nunca retroceder.
Não podemos recuar na promoção da igualdade de gêneros, nem na luta contra o racismo e todas as formas de discriminação.
Tampouco podemos voltar a conviver com ameaças nucleares.
É inaceitável regredir a um mundo dividido em fronteiras ideológicas ou zonas de influência.
Naturalizar a fome de 733 milhões de pessoas seria vergonhoso.
Voltar atrás em nossos compromissos é colocar em xeque tudo o que construímos tão arduamente.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foram o maior empreendimento diplomático dos últimos anos e caminham para se tornarem nosso maior fracasso coletivo.
No ritmo atual de implementação, apenas 17% das metas da Agenda 2030 serão atingidas dentro do prazo.
Na presidência do G20, o Brasil lançará uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza para acelerar a superação desses flagelos.
Na COP28 do Clima, o mundo realizou um balanço global da implementação das metas do Acordo de Paris.
Os níveis atuais de redução de emissões de gases do efeito estufa e financiamento climático são insuficientes para manter o planeta seguro.
Em parceria com o Secretário-Geral, como preparação para a COP30, vamos trabalhar por um balanço ético global, reunindo diversos setores da sociedade civil para pensar a ação climática sob o prisma da justiça, da equidade e da solidariedade.
Nossa segunda responsabilidade comum é abrir caminhos diante dos novos riscos e oportunidades.
O Pacto para o Futuro nos aponta a direção a seguir.
O documento trata de forma inédita temas importantes como a dívida de países em desenvolvimento e a tributação internacional.
A criação de uma instância de diálogo entre Chefes de Estado e de Governo e líderes de instituições financeiras internacionais promete recolocar a ONU no centro do debate econômico mundial.
O Pacto Global Digital é um ponto de partida para uma governança digital inclusiva, que reduza as assimetrias de uma economia baseada em dados e mitigue o impacto de novas tecnologias como a Inteligência Artificial.
Todos esses avanços serão louváveis e significativos.
Mas, ainda assim, nos faltam ambição e ousadia.
A crise da governança global requer transformações estruturais.
A pandemia, os conflitos na Europa e no Oriente Médio, a corrida armamentista e a mudança do clima escancaram as limitações das instâncias multilaterais.
A maioria dos órgãos carece de autoridade e meios de implementação para fazer cumprir suas decisões.
A Assembleia Geral perdeu sua vitalidade e o Conselho Econômico e Social foi esvaziado.
A legitimidade do Conselho de Segurança encolhe a cada vez que ele aplica duplos padrões ou se omite diante de atrocidades.
As instituições de Bretton Woods desconsideram as prioridades e as necessidades do mundo em desenvolvimento.
O Sul Global não está representado de forma condizente com seu atual peso político, econômico e demográfico.
A Carta da ONU não faz referência à promoção do desenvolvimento sustentável.
Precisamos de coragem e vontade política para mudar, criando hoje o amanhã que queremos.
O melhor legado que podemos deixar às gerações futuras é uma governança capaz de responder de forma efetiva aos desafios que persistem e aos que surgirão.
Muito obrigado."
OBS.: O grifo é nosso.
Panorama dos 5 continentes do Mundo, proposta é de 5 anos em cada Continente, pelo fim da hegemonia já!
Cerca de 80% de toda a superfície do planeta Terra é formado por água. Sendo assim, somente cerca de 30% se configura terra firme, o que resulta em 149.440.850 km 2. Toda essa massa de terras é dividida em seis áreas, chamadas continentes, que são: África, América, Antártica, Ásia, Europa e Oceania. Vejamos mais detalhes sobre cada um, para você conhecer mais sobre o nosso planeta.
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A Europa é considerada o mais importante continente em termos políticos, econômicos e também culturais. A Oceania é formada por países insulares, ou seja, por um conjunto de ilhas de diferentes tamanhos. Os continentes são classificados ainda conforme a sua dimensão territorial em supercontinentes, subcontinentes e micro continentes. |
Oceania ou Oceânia é uma região geográfica composta por vários grupos de ilhas do oceano Pacífico. O termo Oceania foi criado em 1831 pelo explorador francês Dumont d'Urville. O termo é usado hoje em vários idiomas para designar uma região geográfica e política que compreende o continente da Austrália e ilhas do Oceano Pacífico adjacentes.Fonte: Wikipédia
A Terra possui cinco grandes oceanos: Atlântico, Pacífico, Índico, Glacial Ártico e Glacial Antártico.
Oceania ou Oceânia é uma região geográfica composta por vários grupos de ilhas do oceano Pacífico. O termo Oceania foi criado em 1831 pelo explorador francês Dumont d'Urville. O termo é usado hoje em vários idiomas para designar uma região geográfica e política que compreende o continente da Austrália e ilhas do Oceano Pacífico adjacentes.
A Terra possui cinco grandes oceanos: Atlântico, Pacífico, Índico, Glacial Ártico e Glacial Antártico.
África
Trata-se do terceiro continente do planeta, em termos de extensão – maiores que a África, apenas Ásia e América. Se incluirmos as ilhas que ficam junto ao continente, como Madagascar, temos cerca de 30 milhões de km2, ou 20,3% da área terrestre total do planeta cobertos por esse continente.
É o segundo continente em termos populacionais, perdendo apenas para a Ásia. São mais de 800 milhões de pessoas divididas em 54 países independentes – e 6 países localizados em ilhas –, em um total que significa impressionantes 1/7 da população total do planeta. Uma curiosidade é a de que há 5 países africanos que falam também português: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
América
Como vimos, o nosso continente é o segundo maior do planeta. Com um total de 42.189.120 km² de extensão e cerca de 750 milhões de habitantes, ocupa 8,3% de todas as terras do planeta e detém 14% da população mundial.
Está localizada na região entre os oceanos Pacífico e Atlântico e inclui ainda a Groenlândia e o Mar do Caribe.
A forma desse continente é muito particular, contendo duas grandes áreas de terra que têm, em comum, uma faixa estreita de terra – o istmo do Panamá, que tem um pequeno corte, o canal do Panamá –, unindo-as. Assim, as Américas configuram-se da seguinte forma: América do Norte, Central, e do Sul.
É uma região marcada por fortes diferenças socioeconômicas, com EUA e Canadá entre os maiores PIBs do mundo e outros que passam por extremas dificuldades. São 35 países ao todo, nas três partes do continente, bem como 16 áreas que estão sob domínio de outros países.
Antártica
É o continente gelado. Isso porque 90% das geleiras localizam-se exatamente nesta região. São mais de 13 milhões de km2, embora, nos momentos de temperaturas mais baixas o continente dobre de tamanho, atingindo 23 milhões de km2. É um território politicamente neutro, sem ser composto por países. É, portanto, ocupado por grupos de pesquisadores de 27 nações distintas.
Ásia
É tanto o maior quanto o mais populoso continente do planeta. 6 em cada 10 habitantes da Terra vivem neste continente, que ocupa cerca de 30% da área de terras do planeta. É um continente, além de tudo, diferente da maioria, pois não é totalmente cercado por oceanos, sendo uma parte do grande complexo chamado de Eurásia – junção Europa e Ásia – sendo a parte existente ao leste dos montes Urais. Duas das novas grandes potências emergentes do país se encontram na região: China e Índia.
Europa
Sua superfície total é de exatos 10.368.099km2. Como apontamos, forma com a Ásia um grande conjunto, chamado Eurásia. Embora haja tal proximidade, tanto a história quanto a cultura diferenciam claramente a Europa – ou Velho Mundo – de qualquer região vizinha. Alguns dos países mais desenvolvidos do planeta fazem parte do continente, como Alemanha, França e Inglaterra.
Oceania
O continente oceânico é formado por um grande arquipélago, na verdade. Trata-se do menor continente de todos e o segundo menos povoado – depois da Antártica –, com território de 8.480.355km2. O nome desse continente vem de Oceanus, que é o deus dos rios. A Austrália, que é, hoje, o terceiro país do mundo em termos de Índice de Desenvolvimento Humano, é o maior de todo o continente, com sua área tomando cerca de 90% de toda a área da Oceania.
Mundo
China conclui primeira linha ferroviária do mundo em torno de um deserto
A China inaugurou esta quinta-feira a primeira linha ferroviária do mundo que circunda por completo um deserto, com a abertura de um trecho de 825 quilómetros, entre as cidades de Hotan e Ruoqiang, na região de Xinjiang.
A linha ferroviária circular, em torno do maior deserto da China, o Taklimakan, está distribuída por 2.712 quilómetros, uma vez que o trecho recém-inaugurado foi integrado noutros três já existentes, segundo a empresa estatal China Railway.
O trecho que conecta a cidade de Hotan, no sudoeste de Xinjiang, e a vila de Ruoqiang, no sudeste, leva cerca de 11 horas a ser percorrido, com uma velocidade projetada de 120 quilómetros por hora, e paragem em 22 estações.
A construção da última secção começou em 2018 e usou 434 pilares pré–fabricados, para criar cinco pontes elevadas, que compõem 49,7 quilómetros da rota.
Os construtores criaram também 50 milhões de metros quadrados de plantação de relva e plantaram 13 milhões de plantas que crescem naquele tipo de solo, como o espinheiro – mar, para proteger a ferrovia, recorrendo a uma técnica muito utilizada na região, frequentemente afetada por tempestades de areia.
A China investiu nos últimos anos na construção de infraestrutura para desenvolver Xinjiang, uma das mais voláteis regiões da China e palco de conflitos étnicos no passado.
Pequim é acusada de abusos contra a minoria étnica chinesa de origem muçulmana uigur, maioritária naquela região do extremo noroeste do país. ída por 2.712 quilómetros. 08:22, 16 jun.2022
China: primeira ferrovia do mundo em torno do deserto é concluída
Fonte: Diário do Povo Online
Um novo projeto promete revolucionar não apenas as relações comerciais, mas também a logística entre a América do Sul e a Ásia, abrindo novas rotas e oportunidades para ambos os continentes.
Em uma iniciativa ousada e visionária, o Brasil, o Peru e a China anunciaram uma parceria estratégica para o desenvolvimento da Ferrovia Transoceânica.
Entretanto, não se pode ignorar os desafios logísticos e financeiros que acompanham um projeto de tal envergadura. A complexa geografia sul-americana, que inclui a vastidão da Floresta Amazônica e a grandiosidade dos Andes, representa obstáculos significativos a serem superados.
Apesar desses desafios, a experiência da China em megaprojetos de infraestrutura sugere que esses obstáculos podem ser enfrentados com sucesso.
A relação econômica entre a China e a América do Sul tem visto um crescimento substancial nos últimos anos, com o comércio bilateral ultrapassando a marca de US$ 490 bilhões.
Nesse contexto, a Ferrovia Transoceânica surge como um passo adiante nessa parceria em expansão, oferecendo uma alternativa logística que pode reduzir custos e tempos de transporte.
A construção pretende beneficiar não só os países diretamente envolvidos, mas toda a região sul-americana ao melhorar o acesso aos mercados asiáticos.
Além disso, a presença crescente de empresas chinesas no Brasil desde 2007 demonstra o interesse e o compromisso do país asiático com o desenvolvimento econômico da região.
Empresas como, por exemplo, a State Grid e a China Three Gorges têm desempenhado papéis importantes na infraestrutura energética do Brasil.
O estabelecimento do Fundo China-Brasil em 2017, com recursos de US$ 20 bilhões destinados principalmente à infraestrutura, é um exemplo tangível desse compromisso mútuo.
A Ferrovia Transoceânica simboliza não apenas um avanço na conectividade global, mas também uma visão compartilhada entre nações, capaz de superar desafios físicos e geopolíticos.
A iniciativa ainda promove o desenvolvimento sustentável, além do crescimento econômico mútuo, em uma era marcada pela cooperação e interdependência entre as nações.
A Ferrovia Transcontinental – EF-354, também conhecida como Ferrovia Transoceânica, é uma iniciativa entre Brasil e Peru para conectar o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico, cruzando o continente Sul-americano de Leste a Oeste. A ferrovia terá uma extensão total estimada em 4.400 km no território brasileiro.
A ideia de um corredor bioceânico no Brasil data da década de 1950 com a proposta da Ferrovia Transulamericana, destinada a conectar os oceanos Atlântico e Pacífico. A proposta incluía a construção de um porto em Campinho, escolhido por suas condições oceânicas favoráveis. O percurso entre o litoral da Bahia e o oeste foi promovido por Vasco Azevedo Neto, destacado por seu trabalho como deputado federal, engenheiro civil e professor universitário. Outras iniciativas anteriores e alternativas incluem estudos de 1938 sobre a Estrada de Ferro Brasil-Bolívia e a ferrovia Paranaguá–Antofagasta, parte do Eixo Capricórnio da IIRSA.
Após décadas de estagnação, o projeto foi incluído no Plano Nacional de Viação em 2008, sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, sob a denominação de Ferrovia Transoceânica. Foi dividido principalmente em: Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) e um trecho de Campinorte até o Porto do Açu.
Designada como EF-354, a ferrovia se divide em três grandes segmentos no Brasil: Do Porto do Açu até a Ferrovia Norte-Sul;
De Campinorte até Porto Velho, às margens do Rio Madeira;
De Porto Velho a Cruzeiro do Sul, na fronteira Brasil-Peru.
A Lei 11.772 concedeu à VALEC a responsabilidade pelo trecho de Campinorte a Porto Velho, destacado como prioridade. Esse segmento tem 1.641 km de Campinorte a Vilhena, além de cerca de 770 km até Porto Velho.
Até 2009, apenas o trecho entre Campinorte e Vilhena teve seu pré-projeto finalizado, com estimativa de 1.641 km a um custo de 5,25 bilhões de reais, permitindo velocidades de até 120 km/h. A construção estava prevista para começar em abril de 2011 pela VALEC, mas as obras ainda não iniciaram.
Em 2014, um acordo foi firmado entre Dilma Rousseff e os governos do Peru e da China para financiamento e estudos da ferrovia. Em 2015, o governo chinês comprometeu-se a financiar parte do projeto, excluindo o trecho até o Porto do Açu. A construção, prevista para iniciar em 2015, atrasou.
Após reuniões do G20 em 2016, a China prometeu investimentos no Brasil, incluindo a Ferrovia Transoceânica, que já tinha estudo de viabilidade econômica concluído, visando reduzir custos de exportação para a Ásia.
O impeachment da presidente Dilma e o período de instabilidade política que se seguiu inviabilizou a continuidade de qualquer projeto de infraestrutura mais audacioso.
Com a vitória de Lula em 2022, os estrategistas de infraestrutura do Brasil, Peru e China voltaram a se mobilizar para levar adiante o projeto da ferrovia bioceânica, transcontinental ou transoceânica.
Com informações da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária.
O incrível projeto da China para transformar o Brasil.
A distância geográfica entre a América do Sul e a China é cerca de 17 mil quilômetros, mas essa distância é só física, pois em relação a parcerias econômicas, ela está mais próxima que nunca. Brasil, Peru e a China, estão de acordo para transformar a dinâmica das negociações entre os países sul-americanos e asiáticos, abrindo caminho para uma maior proximidade e cooperação.
Assim, a China está lançando um novo projeto destinado especificamente à América do Sul, que tem o potencial de impactar não apenas o Brasil e o Peru, mas todo o continente. Este é o projeto da Ferrovia Transoceânica. Neste vídeo você verá os detalhes desta mega obra.
A Revolta de Vila Rica, episódio também conhecido como Revolta de Filipe dos Santos, Revolta de Matheus Nogueira e Sedição de Vila Rica, foi uma das primeiras reações dos descendentes de portugueses no Brasil contra a metrópole portuguesa.[1][2] Aconteceu entre 28 de junho e 19 de julho de 1720, na então Vila Rica (Ouro Preto), cidade da Real Capitania das Minas de Ouro e dos Campos Gerais dos Cataguases, na Colônia do Brasil, pertencente a Portugal. É considerado tradicionalmente um movimento nativista pela historiografia brasileira, e um dos precursores da chamada Inconfidência Mineira.[3] Revisões recentes mostram que ela se inscrevia em um ciclo de contestações locais que buscavam corrigir erros da administração.[4]
Membros de tribo na Indonésia impressionam com olhos “azuis elétricos”
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DEUS, PÁTRIA E FAMÍLIA. BOLSONARISMO E EXTREMA-DIREITA É ISSO AÍ!
Fogo que se espalha pelo Brasil tem cara, nome e cheiro de enxofre
"A Vingança será com Fogo": Fazendeiros do Pará prometeram vingança contra o governo
“Eu vou incentivar para botar fogo em tudo e o governo que apague, que venha proteger a floresta deles.”
Diante das ações ambientais, promovidas pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente), através dos fiscais ambientais do ICMBio na Flona Jamanxim, onde as benfeitorias estão sendo destruídas e moradores despejados à força da lei, alguns desses criminosos já tem em mente como revidarão essas ações caso o Governo realmente os obrigue a sair das propriedades.
Com o prazo de 30 dias concedido (já vencido) para retirar os bovinos das áreas embargadas e outras, eles relatam a dificuldade do acesso para documentos, e pela falta de pastagem na região, muitos destes bovinos ainda permanecem na área de proteção ambiental. (O ICMBio não divulgou números de bovinos retirados)
O Jornal Folha do Progresso conversou com diversos moradores em torno e da Flona Jamanxim , eles relatam que já foram notificados para retirar os bovinos e saírem da reserva. A situação está complicando cada dia mais, “sabemos que os recursos são poucos, mas caso isso venha ocorrer eu vou incentivar para botar fogo em tudo”, disse morador indignado com à notificação em mãos. O Plano é este, vamos avançar com esta ideia e o governo que apague – não estão lá no Pantanal – que venha proteger a floresta deles, argumentou.
Incêndios 'fora do comum'
A Amazônia e o Pantanal, dois dos mais importantes biomas brasileiros, sofrem as piores queimadas dos últimos 20 anos.
Essa é a principal conclusão de um novo relatório publicado pelo Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus (Cams, na sigla em inglês), uma agência que integra o programa espacial da União Europeia.
De acordo com os dados, divulgados no domingo (22/9), as emissões de carbono nessas duas regiões estão "consistentemente acima da média" — e chegam até a superar os recordes observados desde o início dos registros.
Ainda segundo o estudo do Cams, os incêndios florestais são o principal fator por trás desse aumento das emissões.
O relatório do Cams ainda chama a atenção para o que acontece nos Estados do Amazonas e Mato Grosso do Sul.
Nesses dois lugares, a estimativa acumulada total de emissões de carbono é a maior nos 22 anos de registros.
Segundo os dados disponíveis, o Amazonas teve uma emissão de 28 megatoneladas de carbono.
Já no Mato Grosso do Sul, que abriga a maior parte do Pantanal, houve a liberação de 15 megatoneladas de carbono.
O Cams pontua que os incêndios florestais das últimas semanas estão "fora do comum", mesmo diante do fato de as queimadas ocorrerem normalmente nessas regiões no período que vai de julho a setembro.Obrigado Norte e Nordeste Brasileiro pelo Livramento!
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Com o prazo de 30 dias concedido (já vencido) para retirar os bovinos das áreas embargadas e outras, eles relatam a dificuldade do acesso para documentos, e pela falta de pastagem na região, muitos destes bovinos ainda permanecem na área de proteção ambiental. (O ICMBio não divulgou números de bovinos retirados)
O Jornal Folha do Progresso conversou com diversos moradores em torno e da Flona Jamanxim , eles relatam que já foram notificados para retirar os bovinos e saírem da reserva. A situação está complicando cada dia mais, “sabemos que os recursos são poucos, mas caso isso venha ocorrer eu vou incentivar para botar fogo em tudo”, disse morador indignado com à notificação em mãos. O Plano é este, vamos avançar com esta ideia e o governo que apague – não estão lá no Pantanal – que venha proteger a floresta deles, argumentou.
A Amazônia e o Pantanal, dois dos mais importantes biomas brasileiros, sofrem as piores queimadas dos últimos 20 anos.
Essa é a principal conclusão de um novo relatório publicado pelo Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus (Cams, na sigla em inglês), uma agência que integra o programa espacial da União Europeia.
De acordo com os dados, divulgados no domingo (22/9), as emissões de carbono nessas duas regiões estão "consistentemente acima da média" — e chegam até a superar os recordes observados desde o início dos registros.
Ainda segundo o estudo do Cams, os incêndios florestais são o principal fator por trás desse aumento das emissões.
O relatório do Cams ainda chama a atenção para o que acontece nos Estados do Amazonas e Mato Grosso do Sul.
Nesses dois lugares, a estimativa acumulada total de emissões de carbono é a maior nos 22 anos de registros.
Segundo os dados disponíveis, o Amazonas teve uma emissão de 28 megatoneladas de carbono.
Já no Mato Grosso do Sul, que abriga a maior parte do Pantanal, houve a liberação de 15 megatoneladas de carbono.
O Cams pontua que os incêndios florestais das últimas semanas estão "fora do
👆🏼👆🏼Ação por difamação proferida por Marçal na GloboNews, que PT é uma organização criminosa e Lula desviou R$1 trilhão de reais, pedida multa por danos morais coletivo de R$30 milhões de reais, aceita a denúncia, pois sou do Conselho de Ética do PT de Sapucaia do Sul e hoje na Promotoria de Justiça de São Paulo, declinado pelo Núcleo Criminal Extrajudicial (NUCRIMEX), PR-DF/GABPR23-GPA - GABRIEL PIMENTA ALVES.
👆🏼👆🏼Recomendo ouvirem o áudio sobre difamação contra PT ser organização criminosa e sobre calúnia contra Lula por ter desviado 1 trilhão de reais, agora na 6ª Promotoria Criminal, na Barra Funda em SP. Pedi 30 milhões de reais por Danos Morais Coletivo. Verificar também abaixo Ofício que enviei ao Ministro Lewandowski, para abrir ação contra Google, em favor do Presidente Lula.
👆🏼👆🏼Recomendo ouvirem o áudio sobre difamação contra PT ser organização criminosa e sobre calúnia contra Lula por ter desviado 1 trilhão de reais, agora na 6ª Promotoria Criminal, na Barra Funda em SP. Pedi 30 milhões de reais por Danos Morais Coletivo. Verificar também abaixo Ofício que enviei ao Ministro Lewandowski, para abrir ação contra Google, em favor do Presidente Lula.
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BOLETIM TRICOTINENTAL Nº 997 – 22 e 23 de setembro de 2024. As transformações do Sul Global terão maiores garantias com a expansão do Grupo BRICS
Destaque 5 | - |
Destaque 4 | || FSF 656 e 47ª de 2024 em 22/09/2024 - Tema: Aniversariantes da 4ª semana de setembro intervalo de 22 a 28 |
|| FSF 655 e 46ª de 2024 em 27/10/2024 Tema: Aniversariantes da 3ª semana - intervalo de 20 a 26 de outubro de 2024 | |
Destaque 2 | || FSF 654 e 45ª de 2024 em 13/10/2024 - Tema: Aniversariantes da 2ª semana de outubro intervalo de 13 a 19 de |
Destaque 1 | || Aniversariantes da 1ª semana de Outubro intervalo de 06 a 12 |
indicativo da semana: Homenageados e aniversariantes da 4ª semana de outubro de 27/10 a 02/11 ou |
3. Em 20/10/2024
Homenageados e aniversariantes da 3ª semana de outubro de 20 a 26 |
ou aos
1. Em 06/10/2024
Tema: A Revolta de Vila Rica
Ocorreu na Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar do Ouro Preto, como era então denominada a atual cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais, tendo, por um de seus líderes, o idealista Matheus Barbosa Silva Nogueira, que, muitas vezes, dá nome à revolta.[3]
Entre suas causas diretas, estavam a criação das casas de fundição, proibindo a circulação de ouro em pó, e o monopólio do comércio dos principais gêneros por reinóis (lusitanos). A revolta obteve, do governador dom Pedro Miguel de Almeida Portugal, Conde de Assumar, uma enérgica reação que culminou com a execução do principal líder, Filipe dos Santos.[2]
Contexto histórico
Vivera já a região das minas (atual estado de Minas Gerais) grandes agitações que demonstraram, como diz Pedro Calmon, um povo "aguerrido, vaidoso do seu poderio" nas montanhas, conscientes de que a lei apenas seria cumprida se houvesse a concordância de seus habitantes: foi assim que, no começo do século XVIII, começou a Guerra dos Emboabas, contrapondo o emboaba Manuel Nunes Viana a D. Fernando de Mascarenhas e aos paulistas,[5] e que resultou na separação da capitania de São Paulo e Minas de Ouro em 1709.[3]
As leis, nos sertões, eram impostas por verdadeiros "régulos" (como registrou um governante, em 1737), em que o governo era distante e não dispunha de força, ao contrário dos habitantes – solidários, organizados e armados.[5]
A produção das minas crescia, ao passo que os tributos enviados à Corte permaneciam estagnados. Em Portugal cobrava-se uma explicação; esta residia no contrabando, que enorme prejuízo causava à fazenda real.[5] Uma das medidas adotadas, em 1719,[nota 1] foi a imposição das casas de fundição segundo a qual ficava proibido a circulação de ouro em pó – devendo todo o minério ser fundido numa daquelas instituições a serem criadas em Vila Rica, Sabará, São João del-Rei e em Vila do Príncipe – lugar em que seria pago o quinto.[3][6] Por esta forma, sairia, dali, o chamado "ouro quintado", o único que poderia circular livremente – ou seja, que seria marcado com o sinete da Coroa, e sobre o qual teria sido pago tributo.[3]
A situação anterior vigente, que as Câmaras de Vereadores aceitavam, era a de uma soma certa e fixa a ser paga ao final de cada ano. O então governador, dom Brás Baltasar da Silveira, insistira em impor o chamado imposto sobre as bateias, que consistia no pagamento por cada minerador de 12 oitavas de ouro (cada oitava equivale a 3,5859 gramas). As Câmaras propuseram que pagariam o tributo nas saídas, com a condição de que o ouro circulasse livremente. Ocorre uma insurreição, que resultou no pagamento pelas Câmaras do pagamento fixo de 30 arrobas; que, entretanto, continuavam a não atender aos anseios da Coroa.[5] A esta taxa fixa de pagamento, era dado o nome de "finta".[3] Essas ordens resultaram na revolta de Pitangui, e deixaram a região em constante estado de descontentamento e de iminente sublevação.[6]
O aspecto econômico falava também aos poderosos da região, cujos interesses estavam em jogo com as mudanças pretendidas pela Coroa, dentre os quais o mais rico deles, de Vila Rica, o mestre de campo Pascoal da Silva Guimarães.[5] O próprio líder dos emboabas, Manuel Nunes Viana, incitava o povo contra a quintagem do ouro.[3]
Antecedentes
Contra aquele estado de coisas, o rei dom João V nomeou dom Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, Conde de Assumar, como governador. Sua função incluía aplicar, nas Minas, três disposições que contrariavam os interesses locais:
- Anunciar a instalação, na capitania, de um bispado, objetivando a moralização do clero, que, ali, vivia dissolutamente, praticando desde delitos a desrespeito do celibato, além de envolver-se no tráfico do ouro;[6]
- Aplicação da Carta Régia de 25 de abril de 1720, onde se extinguiam funções, aumentava-se o poder do governador e, ainda, trazia, para as Minas, um contingente de Dragões;[nota 2]
- Imposição do cumprimento da Carta de 1728, que criava as casas de fundição, e que já causara tumultos.[6]
O envio dos soldados era uma precaução contra a exorbitante cobrança imposta, antecipando a Coroa que haveria resistência. O Conde de Assumar já havia despertado a antipatia entre os mineiros e, quando os primeiros militares chegaram em Ribeirão do Carmo, Domingos Rodrigues do Prado liderava, em Pitangui, uma agitação contra o governador.[3]
O transtorno que as casas de fundição iriam provocar (o deslocamento forçado até elas, as despesas com burocracia, a hospedagem, atrasos, etc.) era mais uma dificuldade que o povo não estava disposto a tolerar. Nesse cenário, além de Pitangui, outros povoados se agitaram, e os dragões acabaram por utilizar a repressão violenta. Todavia, a crise se espalhara: estava acesa a chama que eclodiria na Revolta de Filipe dos Santos.[3][6]
Filipe dos Santos
Não há muitas informações sobre Filipe dos Santos Freire. Não se sabe onde nascera, porém a só amizade com o potentado Pascoal da Silva Guimarães faz deduzir fosse também lusitano, como registrou Diogo de Vasconcelos, acentuando ainda que algumas tradições davam-no como "homem de cor",[7] embora a moderna historiografia seja assente que fosse mesmo português.[6] Era uma pessoa pobre, contudo, a quem nada afetaria a taxação excessiva do quinto.[3] Possuía o dom da oratória, sendo muito querido pelo povo.[5]
Conspiração
Os fatos levaram os dois potentados de Vila Rica, Manoel Mosqueira Rosa e seus filhos, e Pascoal da Silva Guimarães, aos quais se juntara o humilde Filipe dos Santos, insuflando com seu verbo ao povo, a combinar uma ação violenta que intimidasse o Ouvidor Martinho Vieira e, por meio deste, demoveriam o Governador de seus intentos – tal como ocorrera ao seu antecessor.[5] Pascoal da Silva tinha outros interesses: além de sua imensa fortuna que incluía ricas lavras de ouro, duas grandes fazendas e mais de dois mil escravos, devia à Coroa cerca de 30 arrobas de ouro. Apesar disto, três dias antes de eclodir o movimento, o filho de Pascoal – João da Silva – escrevera uma carta a Assumar, denunciando a conspiração, mas a única providência então tomada foi a de levar o fato ao conhecimento do Ouvidor.[6]
E foi na noite de São Pedro, quando as fogueiras e o espoucar de fogos típicos da festa ajudariam a ocultar suas movimentações,[6] que, por volta das onze horas da noite, os conspiradores, mascarados, desceram das matas de Ouro Podre,[8] onde Pascoal Guimarães possuía suas lavras e haviam previamente se reunido, tomando as ruas de Vila Rica rumo à casa do Ouvidor aos gritos de "Viva o povo!" – mas Martinho Vieira já tinha se evadido.[5]
Dirigiram-se, então, os revoltosos ao prédio da Câmara, quando Filipe dos Santos assume o comando dos acontecimentos, através da oratória.[5] Os sediciosos, no Paço, elaboram um memorial ao Governador, então ainda em seu palácio em Ribeirão do Carmo. A redação coube ao letrado José Peixoto da Silva, e nela constavam as reivindicações dos mineiros:[6]
- Redução de vários tributos;[6]
- Diminuição das custas processuais;[nota 3][3][6]
- Abolição dos monopólios comerciais do gado, fumo, aguardente e sal;[3]
- Fim das casas de fundição.[3]
Não deporiam as armas, até terem atendidos todos os pleitos. Filipe dos Santos envia ao próprio José Peixoto como seu emissário ao Governador.[5]
As Gerais se levantam
José Peixoto dirige-se a Ribeirão do Carmo (primitivo nome da cidade de Mariana), levando ao Conde o documento dos sediciosos. Vai a galope, gritando por todo o caminho:[3]
- As Gerais estão levantadas!
O Conde, então, compreendeu que a situação chegara ao limite extremo e procurou ganhar tempo. Respondendo que faria as concessões, condicionou, entretanto, que a ordem fosse refeita. Comprometeu-se também a convocar uma Junta Geral para deslindar as questões todas – mas a manobra não foi aceita pelos rebelados.[3] No dia 2 de julho[3] os revoltados partem todos até onde estava o Conde, a passos largos e clamando que o povo tinha de ser atendido.[5] O conde, entretanto, sem prever o desenrolar dos fatos, procurou fortificar-se em sua residência, aquartelando ali os soldados, pois achara prudente não se afastar dali.[3] Pedira reforços ao Rio de Janeiro e,[5] de imediato, ao saber que a multidão partira de Vila Rica, enviou um dos seus tenentes e a Câmara da Vila do Carmo para recebê-la à entrada da cidade.[3]
A turba entra pacificamente na Vila, postando-se na praça diante do palácio do Governador onde, numa das janelas, Assumar fala a todos de modo conciliador e, para decepção dos líderes, é aclamado pela multidão. Novamente é enviado José Peixoto que, na sala de audiências, volta a apresentar as reivindicações por escrito, às quais se somaram o perdão geral, em nome do Rei e outros pedidos menores. A cada item, respondia o Conde: "deferido como pedem".[3]
Peixoto, então, numa das janelas do Paço, anuncia ao povo o alvará concedendo-lhes todos os pleitos, e novamente a multidão explode em aclamação,[3] fazendo-os voltar de onde tinham saído com a convicção de que eram vitoriosos.[5] Imaginando-se livres das interferências da Coroa, das exigências e prerrogativas impostas, partiram triunfalmente em retorno. O Governador, entretanto, agira por astúcia,[5] jamais tencionando cumprir qualquer um daqueles compromissos.[3]
A reação
Tão logo voltaram para suas casas os rebelados, Assumar cuida de organizar sua represália, fazendo reunir os Dragões e também os ricos da cidade, não afeitos aos de Vila Rica, para que pegassem em armas e fornecessem escravos para reforço das tropas,[5] que então chegaram a 1 500 homens.[6]
Ordenou o Conde aos Dragões que prendessem os cabeças do movimento: Pascoal da Silva, Manuel Mosqueira da Rosa, Sebastião da Veiga Cabral e alguns frades.[3]
Antes que a Vila reagisse contra a prisão dos líderes, Assumar penetrou na cidade com todo o seu contingente, surpreendendo-a, em 16 de julho. Filipe dos Santos pregava a revolta diante das portas da igreja de Cachoeira do Campo, quando foi aprisionado e, em Sabará, foi capturado Tomé Afonso Pereira que ali conclamava a reação.[3] Ludibriados, os partidários do levante ainda tentaram alguma represália, mas nada adiantou, com a chegada das tropas de Assumar, lideradas pelo sargento-mor Manuel Gomes da Silva.
O Conde então agiu com vingança e violência, mandando incendiar as casas dos rebelados, o incêndio alastrando-se e destruindo ruas inteiras do arraial que hoje leva o nome de "Morro da Queimada",[8][3][nota 4] que era onde ficava a residência de Pascoal da Silva.[5] Outras ruas também foram consumidas pelo fogo.[6]
Filipe dos Santos, tido por principal líder,[9] foi julgado sumariamente. Segundo a sentença, o réu deveria ser arrastado pelas vias públicas da vila e, posteriormente, esquartejado, tendo suas partes expostas em Cachoeira, onde foi preso, em São Bartolomeu, em Itaubira e em Ribeirão. Além disso, seus bens deveriam ser confiscados à Coroa.[10]
A execução de Filipe dos Santos
Algumas controvérsias existiam sobre como teria sido a execução do líder Filipe dos Santos. Clóvis Moura diz que não há consenso acerca de como lhe foi aplicada a pena capital: se enforcado e depois esquartejado, ou atado em quatro cavalos que, incitados, lhe estraçalharam o corpo.[7] Diogo de Vasconcelos, entretanto, que é usado como principal fonte por Clóvis Moura, tratou esta última versão como um mito:
Outros autores, como Carlos Mota, consignam apenas que foi enforcado e esquartejado,[9] o mesmo ocorrendo com Souto Maior. Pedro Calmon faz a seguinte descrição, sem ser específico:
Mota, contudo, complementa que, após o esquartejamento, teve a cabeça decepada pendurada num poste, e as outras partes de seu corpo expostas ao longo das estradas.[9]
As Consequências
Vencedor, o Conde de Assumar impôs todas as suas vontades: as Câmaras se calaram, o povo ficou submisso enquanto a polícia do governador passava a vigiar todo o distrito, com uma legislação pesada que a todos subjugava.[5] As casas de fundição foram, então, instaladas, passando a funcionar a partir de 1725.[6]
As estradas passaram então a ser ainda mais limitadas para o escoamento do ouro, a fim de se evitar o contrabando e a sonegação. Foi criado um sistema de salvo-conduto, erguidos postos de alfândega e de pedágio nos caminhos que levavam às regiões mineradoras.[9]
Apesar disto, o descontentamento permanecia latente; outras revoltas ocorreram em Brejo do Salgado (1736), Montes Claros (1736), a Conspiração do Curvelo (1775).[6] E, mesmo com o aumento da vigilância, novas formas de contrabando burlavam a fiscalização, incrementando o intercâmbio com a região do Prata.[9]
Ainda se pode apontar como consequência do levante a emancipação da Capitania das Minas do Ouro da de São Paulo;[6] e o fato de ter se registrado que no movimento tenha sido falado em República, fazendo com que a revolta seja considerada uma precursora da Conjuração Mineira de 1789.[3]
Documento
Após os acontecimentos, o Conde de Assumar registrou:
Análises
Segundo Lúcio dos Santos "...bem pesadas as coisas, não era de caráter genuinamente popular a revolta de 1720. Na realidade, porém, já se ia gradativamente formando e afirmando a consciência da nova nacionalidade, de modo a surgirem resistências abertas aos excessos do poder."[13]
Silva e Bastos dão-no como de amplitude meramente local, e que não buscou contestar a dominação portuguesa, mas somente contra os seus abusos, sem qualquer intenção emancipacionista.[14]
Impacto cultural
A poetisa Cecília Meireles deixou, no seu Romanceiro da Inconfidência, um canto onde lamenta a destruição e perseguição do Conde de Assumar a Filipe dos Santos e os outros revoltosos; ali seus versos retratam um algoz cruel – "Dizem que o Conde se ria! / mas quem ri, chora também", pois que abusara do poder, e traíra sua própria palavra.
Também Carlos Drummond de Andrade consignou sobre o mesmo lugar que "[As ruínas do Morro da Queimada] são ásperas, cruéis, e se não vem seguramente daquele dia de julho de 1720, em que a soldadesca de Conde de Assumar ateou fogo no arraial de Ouro Podre".[15]
Ver também
- Conjuração Baiana
- Inconfidência Mineira
- Lutas e revoluções no Brasil
- Parque Arqueológico Morro da Queimada
Notas
- ↑ Conquanto Aquino informe haver sido uma lei de 1718, Souto Maior informa com precisão que a instituição do Quinto decorreu da carta-régia de 11 de fevereiro de 1719.
- ↑ Aquino, op. cit., e também Souto Maior, id., referem-se a "Dragões de Cavalaria". Entretanto, os Dragões somente integraram, em Portugal, a cavalaria quando da reforma militar de 1742 – daí não seguir-se, aqui, ao que diziam as fontes.
- ↑ As custas processuias das chamadas regiões mineradoras eram, de ordinário, bastante superiores daquelas onde não ocorria a atividade extrativa[3][6].
- ↑ Pedro Calmon dá o nome do lugar como Morro da Queimada, op. cit. – embora Aquino consigne Morro dos Queimados. Como se poderá ver adiante sobre o Parque Arquelógico criado em 2005, seguiu-se a denominação usada pelo primeiro.
Referências
- ↑ «Revolta de Vila Rica de 1720». Historia.net. Consultado em 30 de setembro de 2014
- ↑ ab Silva, Francisco de Assis; Bastos, Pedro Ivo de Assis. «Os Principais Movimentos Nativistas». In: Editora Moderna. História do Brasil: Colônia, Império e República. 1976. São Paulo: [s.n.] pp. 240 ilustrada
- ↑ ab c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z Maior, A. Souto. «X - O sentimento nativista: a revolta de Vila Rica. Filipe dos Santos». In: Cia. Editora Nacional. História do Brasil. 1968 6ª ed. São Paulo: [s.n.] pp. 196–198
- ↑ Anastasia, Carla Maria Junho (1998). Vassalos Rebeldes: Violência Coletiva Nas Minas Na Primeira Metade Do Século Xviii. BH: Editora C/Arte. 200 páginas
- ↑ ab c d e f g h i j k l m n o p q r Calmon, Pedro. «As Agitações Nativistas: Nas Minas». In: Cia. Editora Nacional. História da Civilização Brasileira. 1939 3ª ed. São Paulo: [s.n.] pp. 164–67
- ↑ ab c d e f g h i j k l m n o p q Aquino, Rubim Santos Leão de. «Rebeliões, guerras internas e repressão». In: Editora Record. Sociedade Brasileira: Uma História Através dos Movimentos Sociais (vol.1). 1999 2ª ed. São Paulo: [s.n.] pp. 318–22. ISBN 9788501056740 599 pp.
- ↑ ab Moura, Clóvis. «verbete: Filipe dos Santos». In: EdUsp. Dicionário da Escravidão Negra no Brasil. 2004. [S.l.: s.n.] p. 373. ISBN 9788531408120 434
- ↑ ab «Histórico | Morro da Queimada». morrodaqueimada.fiocruz.br. Consultado em 18 de março de 2021
- ↑ ab c d e MOTA, Carlos Guilhere. «Na Rota das Inconfidências: A Revolta de Filipe dos Santos». História do Brasil: Uma Interpretação. [S.l.: s.n.] pp. 196–97
- ↑ «Sentença condenando à morte Filipe dos Santos, 1720 | Impressões Rebeldes». www.historia.uff.br. Consultado em 2 de fevereiro de 2021
- ↑ de Vasconcelos, Diogo. Imprensa Nacional, ed. História Antiga de Minas Gerais. 1948. Rio de Janeiro: [s.n.] pp. 201–2
- ↑ de MELLO E SOUZA, Laura. Fundação João Pinheiro, ed. Discurso histórico e político sobre a sublevação que nas Minas houve no ano de 1720. 1995. Belo Horizonte: [s.n.] pp. 84, 85
- ↑ In: História do Brasil. SILVA, Francisco de Assis; BASTOS, Pedro Ivo de Assis. op cit.
- ↑ SILVA, Francisco de Assis; BASTOS, Pedro Ivo de Assis. (1988). Editora Moderna, ed. História do Brasil: Colônia, Império e República 2ª ed. São Paulo: [s.n.] pp. 94–95
- ↑ CDA. «Memória e História». Consultado em 15 de junho de 2010
Fonte: Revolta de Vila Rica – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)
https://youtu.be/E0ur4xxA48I?si=dRAivQSGZ0MZRfFD
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